BRANDOS E EXPLOSIVOS COSTUMES
"Ele há frases e nenhuma será maior do que aquela, dita por um primeiro-ministro português em exercício: "Não gosto de ser sequestrado!" (almirante Pinheiro de Azevedo, Verão Quente, 1975). Dito isso, era frase, coisa volátil, e de uns dias tão extraordinários que foram definidos, assim, numa parede: "Anarquia, sim, mas não tanta..." Deixemos as frases, falemos de um facto que vem acontecendo não num momento eufórico mas ao longo de anos. Ontem, em Coimbra, o subintendente Luís Ferreira, da PSP, revelou que os portugueses gostam de coleccionar granadas. Maneira de matar saudades da tropa. Granadas simples mas também de morteiro e de artilharia... Todas as semanas, a PSP é chamada a desactivar explosivos em casas particulares e no lixo. Os mais prudentes (os mais prudentes!!!), um dia, assustam-se porque o neto pode mexer naquilo em forma de romã e, ala!, caixote do lixo... Histórias de um país que, às vezes, gosta de ser sequestrado pela tolice."
Ferreira Fernandes
Ferreira Fernandes
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