A volta da moeda má?
"O triunfo de Luís Filipe Menezes nas directas do PSD não é só o fim de um processo eleitoral penoso que deixou a imagem do partido de rastos. Ele é a continuação, mesmo o agudizar, de um ciclo em que se agravam as fracturas entre os vários alicerces do partido: aparelho contra elites; notáveis contra a multiplicação de populismos vários; bases profundamente divididas entre a matriz social-democrata e um liberalismo de navegação à vista, que tanto aposta no mercado como no investimento público para reanimar a economia.
Menezes foi ganhando espaço no partido como antes Santana Lopes o tinha feito. Um e outro são exemplos de um mal que grassa hoje nos partidos de poder. São líderes populistas, recusados pelas elites, mas que vão ocupando o vazio deixado pela acomodação, pelo conformismo, pela desistência dos notáveis, que transportam uma visão meramente senatorial e histórica mas completamente desligada da realidade partidária.
Estes líderes representam a tal moeda má aos olhos das elites mas a sua expulsão pela moeda boa é uma missão cada vez mais impossível. Esse é o drama de um PSD que espuma de raiva com a vitória de Menezes mas não sabe como o combater. Com Menezes regressa ao poder uma verdadeira galeria de horrores, figuras cuja credibilidade já não é recuperável, mas é com eles que o PSD histórico e profundo vai ter de lidar. Resta saber: até quando?"
Eduardo Dâmaso
Menezes foi ganhando espaço no partido como antes Santana Lopes o tinha feito. Um e outro são exemplos de um mal que grassa hoje nos partidos de poder. São líderes populistas, recusados pelas elites, mas que vão ocupando o vazio deixado pela acomodação, pelo conformismo, pela desistência dos notáveis, que transportam uma visão meramente senatorial e histórica mas completamente desligada da realidade partidária.
Estes líderes representam a tal moeda má aos olhos das elites mas a sua expulsão pela moeda boa é uma missão cada vez mais impossível. Esse é o drama de um PSD que espuma de raiva com a vitória de Menezes mas não sabe como o combater. Com Menezes regressa ao poder uma verdadeira galeria de horrores, figuras cuja credibilidade já não é recuperável, mas é com eles que o PSD histórico e profundo vai ter de lidar. Resta saber: até quando?"
Eduardo Dâmaso
3 Comments:
Porque a moeda boa anda desde há muito afastada de todos nós, eu diria hoje que, mais uma vez, a moeda má terá ganho à má moeda...
Avizinham-se dias difíceis para o Partido. Vai ficar ainda mais dividido. Já começou o "teatro" com o Santana a querer voltar, o que virá a seguir? Onde está o Partido com que esperávamos combater o governo PS e fazer uma oposição à altura? Como se pode fortaleçer e não fragmentar ainda mais o partido e fazer dele uma alternativa política ao descalabro que vivemos?Que pena...
A má moeda afasta a boa moeda.
Mas essa lei da economia foi citada pelo Sr PR antes de o ser.
Claro que para ele que deseja que o PS continue no poder, interessa, porque sabe se o PS não ganhar a eleições ele não será reeleito.
O resto foram excessos de confiança de acomodados.
Todos estão acomodados e só voltam ao poder quando precisarem de mais (poder ) para distribuir e mais dinheiro para ganhar.
Santana ainda tem contas a ajustar. E o resto se verá.
Afinal temos um PM de marketing.
Um mau governo e que se saiba a boa moeda de Belém deixa passar tudo e o que faz, é para parecer que faz.
O caso do novo CP e CPP é uma das maiores vergonhas feitas neste sítio para proteger amigos e grupos de amigos e empresas amigas, deles, que não do país.
Portanto Santana pode não valer, mas o que vale o PM?
A destruição do resto do Estado?
Um Estado fraco é o princípio sempre de uma ditadura pior que a que existe e a que chamam de democracia.
Isto está como na I república, só falta começarem a matar os padres e vontade não lhes falta.
Toupeira
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