M & M
"Na sexta-feira, eu pensava que Marques Mendes voltaria a ganhar o partido. Depois de Rui Rio/Fernando Gomes, em 2001, foi a primeira ocasião em que falhei um prognóstico eleitoral. Em meu benefício, acrescento que nas outras eleições costumo ter uma noção do que se passa. Nas "directas" do PSD, eu não fazia ideia. A campanha consistiu em arregimentar militantes e afugentar os demais cidadãos. Não pertencendo ao bando, deixei-me afugentar com gosto, e nem os deveres de ofício me motivaram a olhar para trás. Ao longe, reparei vagamente num episódio com índios ou "índios" brasileiros, pagamentos de quotas por atacado, acusações de fraude, arremedos de desistências e ofensas mútuas.
Julgo que não perdi grande coisa, excepto a paciência para lutas sem propósito. Certo, Menezes venceu. E? Para um observador desinteressado, não há drama nem glória. Eventualmente com mais estardalhaço, seguramente com idêntico alcance, o PSD seguirá o redundante caminho que Mendes trilhou com esmero. Peritos insinuam que o resultado das "directas" satisfez Sócrates, mas não explicam de que modo a vitória de Mendes atiraria o primeiro-ministro para uma depressão. Peritos diferentes juram que Menezes vai arrasar o Governo, mas não especificam como é que uma retórica nebulosa e ideologicamente esquizofrénica incomoda um Executivo com sondagens folgadas.
Pela milésima vez: o destino de Sócrates não depende do PSD e de Menezes; o destino do PSD depende de Sócrates e respectivas circunstâncias. Já é duvidoso que dependa de Menezes. Apesar da anunciada debandada, os "notáveis" tentarão resistir à fúria igualitária das "bases" e esperar por 2009. Ou por 2011. A maioria até é profissional da espera."
Alberto Gonçalves
Julgo que não perdi grande coisa, excepto a paciência para lutas sem propósito. Certo, Menezes venceu. E? Para um observador desinteressado, não há drama nem glória. Eventualmente com mais estardalhaço, seguramente com idêntico alcance, o PSD seguirá o redundante caminho que Mendes trilhou com esmero. Peritos insinuam que o resultado das "directas" satisfez Sócrates, mas não explicam de que modo a vitória de Mendes atiraria o primeiro-ministro para uma depressão. Peritos diferentes juram que Menezes vai arrasar o Governo, mas não especificam como é que uma retórica nebulosa e ideologicamente esquizofrénica incomoda um Executivo com sondagens folgadas.
Pela milésima vez: o destino de Sócrates não depende do PSD e de Menezes; o destino do PSD depende de Sócrates e respectivas circunstâncias. Já é duvidoso que dependa de Menezes. Apesar da anunciada debandada, os "notáveis" tentarão resistir à fúria igualitária das "bases" e esperar por 2009. Ou por 2011. A maioria até é profissional da espera."
Alberto Gonçalves
1 Comments:
Peço desculpa por isto não ter nada que ver com o post, mas gostaria de lhe endereçar um convite para participar na divulgação da causa da retirada de benefícios fiscais aos trabalhadores portadores de deficiência. O repto foi deixado em http://opaisdoburro.blogspot.com/2007/10/uma-causa-de-todos.html
Abraço
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