terça-feira, novembro 20, 2007

Batota na Educação

"Já não é a primeira vez que os professores são forçados a melhorar as notas dos alunos para as estatísticas do ensino terem um ar mais agradável. A novidade é as pressões começarem tão cedo, logo nos primeiros meses do ano lectivo. Costuma dizer-se que o sucesso só vem antes do trabalho no dicionário, mas pelos vistos nas cabeças iluminadas dos (ir)responsáveis pelo sistema de ensino público português também é possível alcançar êxito sem ter o mínimo de mérito. É urgente melhorar os níveis de qualificação e ter um melhor ensino para o País ter uma economia mais competitiva e mais produtiva.

Mas em vez de melhorar o nível do ensino, as escolas parecem só estar preocupadas com as estatísticas. Se a maior parte dos alunos não sabe, o melhor é disfarçar e dar positiva. Obviamente os alunos medianos passam a ter notas excelentes.

Como é possível que estes alunos mal educados no facilitismo, na falta de rigor, sem qualquer espírito de sacrifício, tenham depois bons resultados no mundo real de uma economia globalizada. Por este caminho ainda vamos invejar o sistema escolar de Marrocos.

Não é com embustes que Portugal pode atingir o nível de vida dos países mais ricos da Europa: é com inovação, trabalho e excelência e isso é impossível obter se esses requisitos não forem ensinados e exigidos na escola. Conheço alguns professores excelentes e dedicados. Certamente haverá milhares deles. Eles também são vítimas deste sistema iníquo
."

Armando Esteves Pereira

16 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Este Armando Esteves Pereira sabe o que diz...

terça-feira, novembro 20, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Este tipo de medidas são vergonhosas para o país. Se neste momento no campo da educação nos encontramos abaixo da média da União Europeia dentro de alguns anos estaremos na cauda. A educação é um dos motores da economia sem pessoas bem formadas não podemos ser suficientemente concorrentes perante outros países. Só nos estamos a afundar.

terça-feira, novembro 20, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Com todas estas normas ridiculas, os mais prejudicados são os miudos. Neste momento já chegam à universidade sem saber a tabuada e muitos deles nem escrever sem erros sabem. Mas até se compreende.Para o Estado, quanto mais ignorantes houver, melhor...

terça-feira, novembro 20, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Professor há 22 anos. Nunca vi nada assim! Nem parecido até ao fim da década de 90! Este Ministério da Educação devia fazer muitas horas de formação para poder legislar com o mínimo de respeito e credibilidade. Enquanto a educação for apenas números, não passamos disto! A Srª Ministra pense nas pessoas: nos alunos e nos professores e deixe lá os números.Castro Daire

terça-feira, novembro 20, 2007  
Anonymous Anónimo said...

De certa forma, a escola é o reflexo do país. E como nós somos um país de mentirinha, a escola não foge à regra. Desta forma, fabricando notas a pedido, o Governo fica com o trabalho facilitado, para apresentar serviço feito. E ainda estamos longe de 2009, agora imagine-se... O que te estão a fazer,meu querido Portugal!!!

terça-feira, novembro 20, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Dito de uma forma ligeira, diria que é fomentar a mediocridade. Mas o problema é mais profundo.Não é deste governo só.É dos vários governos que,de há 33 anos para cá,com raras excepções,têm vindo a tomar "excelentes" medidas que só baixaram o nível do ensino.Em vez de um curso técnico têm uma licenciatura,mas conhecimentos reduzidos e a maioria não tem emprego adequado á formação.É a vida...

terça-feira, novembro 20, 2007  
Anonymous Anónimo said...

A ser verdade esta situação é perfeita prova de total INCOMPETENCIA dos Conselhos Directivos, com a maior expressão na Ministra. É uma total NEGAÇÃO do que deve ser o ensino....ando a pagar impostos para pagar BURROS e MORDOMIAS aos funcionários publicos (professores, ministros, etc...). SALAZAR fazes cá tanta falta....

terça-feira, novembro 20, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Absurdo e irracional forjarem uma realidade inexistente simplesmente para atender às estatísticas. Todos os Países investem na Educação SÉRIA, VERDADEIRA, enquanto este governo arrasa com a Educação, com os professores e ainda quer mascarar resultados. Nossos jovens cada vez terão menos possibilidades de competirem no mercado de trabalho, em igualdade de condições, com os demais jovens da UE.

terça-feira, novembro 20, 2007  
Anonymous Anónimo said...

O fenómeno actual assemelha-se ao imediato pós 25 de Abril. Dava-se uma fracção (por vezes pequena) da matéria e passava-se os alunos. A ideia a fazer passar era que a "nova era" corria contra a "santa" ignorância dos portugueses. Com o devido respeito pelos muito honestos professores que ainda temos, esse tempo está a voltar. Começou pela paixão de Guterres e está a ter continuidade agora.

terça-feira, novembro 20, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Resultados artificiais são a solução brilhante encontrada pelo governo Sócrates, para a Educação. Quem possui condições financeiras, que coloque seus filhos a estudar no exterior. Infelizmente, poucos podem fazer isto. Enquanto isso nossos políticos criam leis que penalizam o país e o fazem agonizar diante do desenvolvimento das demais Nações. Involuímos, esta é a triste verdade.

terça-feira, novembro 20, 2007  
Anonymous Anónimo said...

VERGONHOSO! Para atirar poeira para os olhos dos pacóvios portugueses, esta medida. E os alunos são os mais prejudicados, para não falar do País que continua cada vez mais pobre,moral e materialmente falando...É demais!

terça-feira, novembro 20, 2007  
Anonymous Anónimo said...

No meu tempo de estudante não conclui o 3º Ano Geral de Comercio por uma disciplina que eu não atinava neste caso o Inglês. Tive que queimar as pestanas à noite para concluir o 9 ano fiz o 12ª ano e o superior. Agora percebo porque existe tanta incompetencia. Eu para passar tive que aprender, estudar. Agora para se ter o 12º ano não é necessario saber. Apenas ir às aulas. Pobre país de mediocres.

terça-feira, novembro 20, 2007  
Anonymous Anónimo said...

As notas as estatisticas ... é isso que interessa . Mas é desde agora ??? Ha anos que isso sucede passar um uma aluno é mais facil do que o chumbar e qualquer professor sabe disso ... avaliem os conhecimentos dos alunos que entram na universidade .. a maioria nem sabe escrever ... e avaliem as licenciatura e os mestrdos e doutourametos ... a mediocridade é regra quase comum

terça-feira, novembro 20, 2007  
Anonymous Anónimo said...

A verdade é que o ensino em Portugal teve como primeira preocupação, as estatisticas do Governo, segundo dar emprego a muitos que se dizem professorese sindicalistas e depois encher os bolsos dos empreiteiros e donos de de faculdades que de faculdade nada têm. Passar conhecimento mesmo é dificil, pois poucos o têm para passar.

terça-feira, novembro 20, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Vergonha nacional! Esta onda de facilitismo existe em todos os níveis de ensino. No ensino básico e secundário, a maioria dos alunos não sabe ler (significa interpretar), escrever e muito menos realizar operações simples de Matemática. No ensino superior é o que sabe: pressão para passar alunos por causa do financiamento, licenciados, mestres e doutores analfabetos.E ainda há os mestrados da IP5!

terça-feira, novembro 20, 2007  
Anonymous Anónimo said...

1. Esta política de educação é um falhanço e conduzirá ao caos se não for travada rapidamente. Com a fraca cultura democrática existente no país, o projecto de autonomia das escolas, por exemplo, não passa de um «quero, posso e mando» caciquista com consequências catastróficas. Um Ministério da Educação responsável tem de ter sempre o poder e o dever de inspeccionar as práticas educativas.

2. O ciclo vicioso que decorre desta política educativa traduz-se na tentativa óbvia de fragmentar a classe docente e limitar o seu poder reivindicativo. O título de «professor titular» e o poder excessivo dado aos conselhos executivos das escolas é a expressão clara dessa perversão. Sem qualquer justificação aparente os conselhos executivos tornam-se orgãos «corporativos» de pleno poder.

3. Ao esvaziar as escolas das suas funções essenciais, este governo transforma demagogicamente as escolas em arenas políticas num jogo de «vale tudo», onde até é possível mascarar com elevadas classificações o saber deficiente de muitos dos nossos alunos. O preço deste prejuízo será incontabilizável e arruinará todas as nossas hipóteses futuras de desenvolvimento.

terça-feira, novembro 20, 2007  

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