Bonnie and Clyde
"A Pinto Monteiro e Maria José Morgado ainda faltam criminosos na cadeia para se transformarem numa lenda da Justiça. Era uma vez na América a viver os tempos negros da Grande Depressão de 1929. Um casal de bandidos, Bonnie Parker, a mulher, loira, bonita, e Clyde Barrow, um galã moreno, fez as delícias dos jornais e do povo desempregado e esfomeado.
Criaram-se lendas, mitos, mas a verdade é que não havia assalto a bancos, a lojas ou morte de polícias que não fosse de imediato atribuído ao casal que o cinema imortalizou. Texas, Oklahoma, Missouri, Louisiana e Novo México eram os Estados preferidos de Bonnie e Clyde. Narcisistas, andavam sempre com uma máquina fotográfica Kodak para registar momentos de ternura. Acabaram como sabiam que iam acabar, isto é, mortos pela polícia.
Mortos os bandidos, ficou a lenda de um casal de Robin dos Bosques que aterrorizou banqueiros e proprietários para gáudio dos cidadãos que sofriam a bom sofrer com os efeitos da depressão. Mas as lendas e mitos não têm unicamente ladrões e assassinos como personagens. Também há histórias de bons polícias e magistrados incorruptíveis que lutaram contra tudo e contra todos e conseguiram pôr na prisão muitos Al Capones.
Vem isto a propósito de uma lenda que se está a criar neste sítio cada vez mais perigoso e cada vez mais mal frequentado. Uma lenda que ganhou força e impacto mediático com a substituição de Souto Moura na Procuradoria-Geral da República.
O ‘gato constipado’, como os seus críticos e inimigos o tentaram ridiculizar tão grande era o incómodo provocado pelo seu rigor, honestidade, competência e coragem, deu lugar a um beirão de pronúncia acentuada, sabichão em matéria de marketing e muito atento aos ventos que vão soprando pelo sítio. E tal como Clyde escolheu Bonnie para sua parceira no crime, Pinto Monteiro foi buscar Maria José Morgado para sua companheira na cruzada contra o crime.
Ele é ‘Apito Dourado’, ele é corrupção na Câmara de Lisboa, ele é novos abusos sexuais a alunos da Casa Pia. Basta que saia uma notícia com um qualquer escândalo que abale este pobre sítio deprimido e cada vez mais desgraçado e logo Pinto Monteiro saca da sua Maria José Morgado para sossegar os espíritos indígenas de que tudo vai ser investigado, até ao fim, sem olhar a quem e sem a velha e esfarrapada desculpa da falta de meios.
Para esta dupla maravilha não há cortes orçamentais que a impeça de atacar corruptos, grandes e pequenos, e abusadores, famosos ou não.
Bonnie e Clyde eram criminosos e são hoje uma lenda. A Pinto Monteiro e Maria José Morgado ainda faltam criminosos na cadeia para se transformarem numa lenda da Justiça. "
António Ribeiro Ferreira
Criaram-se lendas, mitos, mas a verdade é que não havia assalto a bancos, a lojas ou morte de polícias que não fosse de imediato atribuído ao casal que o cinema imortalizou. Texas, Oklahoma, Missouri, Louisiana e Novo México eram os Estados preferidos de Bonnie e Clyde. Narcisistas, andavam sempre com uma máquina fotográfica Kodak para registar momentos de ternura. Acabaram como sabiam que iam acabar, isto é, mortos pela polícia.
Mortos os bandidos, ficou a lenda de um casal de Robin dos Bosques que aterrorizou banqueiros e proprietários para gáudio dos cidadãos que sofriam a bom sofrer com os efeitos da depressão. Mas as lendas e mitos não têm unicamente ladrões e assassinos como personagens. Também há histórias de bons polícias e magistrados incorruptíveis que lutaram contra tudo e contra todos e conseguiram pôr na prisão muitos Al Capones.
Vem isto a propósito de uma lenda que se está a criar neste sítio cada vez mais perigoso e cada vez mais mal frequentado. Uma lenda que ganhou força e impacto mediático com a substituição de Souto Moura na Procuradoria-Geral da República.
O ‘gato constipado’, como os seus críticos e inimigos o tentaram ridiculizar tão grande era o incómodo provocado pelo seu rigor, honestidade, competência e coragem, deu lugar a um beirão de pronúncia acentuada, sabichão em matéria de marketing e muito atento aos ventos que vão soprando pelo sítio. E tal como Clyde escolheu Bonnie para sua parceira no crime, Pinto Monteiro foi buscar Maria José Morgado para sua companheira na cruzada contra o crime.
Ele é ‘Apito Dourado’, ele é corrupção na Câmara de Lisboa, ele é novos abusos sexuais a alunos da Casa Pia. Basta que saia uma notícia com um qualquer escândalo que abale este pobre sítio deprimido e cada vez mais desgraçado e logo Pinto Monteiro saca da sua Maria José Morgado para sossegar os espíritos indígenas de que tudo vai ser investigado, até ao fim, sem olhar a quem e sem a velha e esfarrapada desculpa da falta de meios.
Para esta dupla maravilha não há cortes orçamentais que a impeça de atacar corruptos, grandes e pequenos, e abusadores, famosos ou não.
Bonnie e Clyde eram criminosos e são hoje uma lenda. A Pinto Monteiro e Maria José Morgado ainda faltam criminosos na cadeia para se transformarem numa lenda da Justiça. "
António Ribeiro Ferreira
1 Comments:
Permita-me discordar de si. Eles não precisam de mais ninguém na cadeia para serem uma lenda. Já o são, precisamente por isso, por não o terem! Estamos fartos de tanta areia para os olhos, ninguém mereçe para já o mínimo de credibilidade, as lendas do nada feito vão ficar por isso mesmo, aposta?
Enviar um comentário
<< Home