quinta-feira, novembro 08, 2007

A curta vida de um projecto de pacto

"A história do um pacto falhado conta-se em poucas linhas.

O primeiro-ministro, preocupado com a captação de investimento estrangeiro, recebeu em Junho sete construtoras e dois bancos na sua residência para pedir que captassem liquidez para o país. Passou o Verão, começou o Outono e foi a vez das construtoras lançarem um pedido aos políticos. Definam o que é estratégico o país construir nos próximos dez ou vinte anos que nós mostramos abertura para continuar a investir em Portugal (isto depois do negócio do betão ter sofrido quebras de 25% em apenas um ano). Tudo para que a mudança de um partido no poder, não provocasse o bloqueio de obras com a dimensão de um novo aeroporto. O PSD estendeu-lhes o tapete. Hoje é o ministro Mário Lino que diz que não está disponível para assinar qualquer pacto. Lino pede que seja aplicado o mesmo modelo que o país segue na política externa. A matéria é sensível (Pacheco Pereira vai mais longe e diz que abre portas à corrupção). Certo é que falta maturidade a um país político que se senta à mesa de construtores mas tem medo que o fotografem
. "

Francisco Teixeira

Divulgue o seu blog!