ANO NOVO?
"Na mensagem de Ano Novo, Cavaco Silva aplaudiu o prestígio da presidência da UE, percebeu que ainda não somos dos países mais avançados da Europa, recordou o desemprego preocupante, lamentou os apertos de muitas famílias, pediu estabilidade e confiança, produtividade e inovação. Nos minutos que lhe restavam, apelou à construção de um futuro melhor, recomendou rigor e transparência na aplicação dos "fundos", sublinhou o papel da educação e exigiu mais eficiência da Justiça. Não satisfeito, constatou um "reavivar do espírito de voluntariado", mas inquietou-se com as desigualdades na distribuição do rendimento, a taxa de natalidade, o despovoamento do interior e os acidentes rodoviários. Antes de soar o hino, o PR aproveitou para cantarolar o refrão dos desafios, das dificuldades e da esperança.
Este amontoado de consensos, eventualmente inerentes ao cargo e certamente de uma infinita trivialidade, não deveria suscitar elogios, críticas ou sequer comentários. Por incrível que pareça, empurrou resmas de opinadores para uma análise frenética e microscópica do tom do PR, dos pressupostos velados do PR, das sílabas do PR. A cada ano e mensagem, repetem-se as interpretações e as suas dramáticas descobertas: este ano, avisos subtilíssimos ao Governo e cedências ao populismo. Provavelmente, temos de fingir que nos levamos a sério para nos levarmos a sério. O verdadeiro desafio é esse. Não sendo fácil, há que ter esperança."
Alberto Gonçalves
Este amontoado de consensos, eventualmente inerentes ao cargo e certamente de uma infinita trivialidade, não deveria suscitar elogios, críticas ou sequer comentários. Por incrível que pareça, empurrou resmas de opinadores para uma análise frenética e microscópica do tom do PR, dos pressupostos velados do PR, das sílabas do PR. A cada ano e mensagem, repetem-se as interpretações e as suas dramáticas descobertas: este ano, avisos subtilíssimos ao Governo e cedências ao populismo. Provavelmente, temos de fingir que nos levamos a sério para nos levarmos a sério. O verdadeiro desafio é esse. Não sendo fácil, há que ter esperança."
Alberto Gonçalves
1 Comments:
Quando aqui escrevo acerca do cargo trivial desta trivial personagem fica um silêncio que me empalidece, porque sinto que estamos perto de um abismo ou de coisa pior.
Quando se chamam os bois pelos nomes não se gosta.
Afinal para que temos PR? É necessário? Assim?
Não não precisamos. Qual a diferença entre este Senhor e o Presidente Américo Tomaz quando ainda era novo?
Sempre gostei de ouvir os ignorantes a contarem anedotas deste homem simples e inteligente, oficial de Marinha com capacidades que a mioria desconhece.
A este PR que se reconhece?
O esbanjamento de um Plano tipo Marshall que distribuiu por incompetentes e por amigos quando e no oásis.
Daí o descontentamento, não vejo diferenças entre este PM e o PR.
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