O ano do pessimismo
"O Governo regressa hoje ao ritual das quintas-feiras com o primeiro conselho de ministros do ano e um país que, no essencial, não mudou as perspectivas que já tinha para 2008.
Preços mais altos, salários magros, desemprego que não pára, juros asfixiantes e um mercado imobiliário estagnado a não ser para quem tem muito dinheiro e pode dar-se ao luxo de especular com os preços. Numa palavra: pessimismo. Um pessimismo, aliás, que parece ser a tónica dominante mesmo entre ministros, como o da Saúde, que admite ter uma mensagem que não passa. A história da ‘mensagem que não passa’ costuma ser uma das mais habituais encruzilhadas nos governos quando as soluções começam a faltar e o desgaste é já dificilmente aplacável.
A ideia da ‘mensagem que não passa’ deixada por Correia de Campos acaba por ser o primeiro facto político do ano, e das duas uma: ou é uma simples ‘boca’ de quem quer comprar um bilhete só de ida, ou transformar-se-á na metáfora que representa um Governo que já caminha com dificuldade. Esse será o primeiro desafio de José Sócrates para os próximos dias.
Ou distribui bilhetes de saída para que entrem passageiros novos, ou deixa a coisa andar, a cair aos bocados, sem energia e capacidade de marcar a agenda política com outros factos que não sejam as suspeições – fortes e instaladas na opinião pública – de que os socialistas já só se importam em estender a sua influência do maior banco público para o maior banco privado. "
Eduardo Dâmaso
Preços mais altos, salários magros, desemprego que não pára, juros asfixiantes e um mercado imobiliário estagnado a não ser para quem tem muito dinheiro e pode dar-se ao luxo de especular com os preços. Numa palavra: pessimismo. Um pessimismo, aliás, que parece ser a tónica dominante mesmo entre ministros, como o da Saúde, que admite ter uma mensagem que não passa. A história da ‘mensagem que não passa’ costuma ser uma das mais habituais encruzilhadas nos governos quando as soluções começam a faltar e o desgaste é já dificilmente aplacável.
A ideia da ‘mensagem que não passa’ deixada por Correia de Campos acaba por ser o primeiro facto político do ano, e das duas uma: ou é uma simples ‘boca’ de quem quer comprar um bilhete só de ida, ou transformar-se-á na metáfora que representa um Governo que já caminha com dificuldade. Esse será o primeiro desafio de José Sócrates para os próximos dias.
Ou distribui bilhetes de saída para que entrem passageiros novos, ou deixa a coisa andar, a cair aos bocados, sem energia e capacidade de marcar a agenda política com outros factos que não sejam as suspeições – fortes e instaladas na opinião pública – de que os socialistas já só se importam em estender a sua influência do maior banco público para o maior banco privado. "
Eduardo Dâmaso
1 Comments:
O tempo não perdoa.
Espero que o Kosovo não se torne independente.
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