terça-feira, janeiro 29, 2008

A volta das senhas de racionamento e o olhar para a frente interna (USA)


A Câmara de Representantes aprovou hoje o pacote fiscal proposto pelo presidente George W. Bush. O plano, que prevê isenções de USD 146 mil milhões/bilhões (mm/bi) , visa estimular a economia norte-americana e evitar uma recessão. O desafio, agora, é a aprovação do projecto no Senado, que tem o seu próprio projecto para reaquecer a economia dos EUA. O projeto aprovado hoje é resultado de um acordo entre a Casa Branca e líderes da Câmara - Nancy Pelosi (Democrata) e John Boehner (Republicano).
Nancy Pelosi concordou em abandonar a proposta de aumentos em duas frentes, defendidos até então pelos democratas: no programa “Food Stamp”, de distribuição de subsídios de alimentação e de desemprego. Em troca disso, serão aceites descontos de USD 300 para quem comprovar um salário mínimo de USD 3 000 em 2007.
O plano apresentado por Bush pede um pacote de isenção fiscal de cerca de 1% do PIB (Produto Interno Bruto) do país (segundo dados recentes, isso representaria cerca de US$ 145 bilhões). O objectivo é que a economia reverta a desaceleração económica e aumente o consumo privado, principal pilar da economia dos EUA, volte a crescer. O plano proposto pelo Senado estipula uma injeção maior de liquidez, com cerca de US$ 156 bilhões, que permitirá pôr US$ 500 nos bolsos de cada contribuinte solteiro, USD 1 000 para os casados, e USD 300 adicionais por criança. (pvc/agência).

A crise na Europa afinal existe

Durão Barroso, Angela Merkel, Nicolas Sarkozy, Romano Prodi e Gordon Brown, estão reunidos em Londres para discutir soluções para enfrentar a ameaça aos mercados financeiros. Durão Barroso confirmou já que a situação financeira da União poderia levar a uma revisão em baixa do cescimento da economia europeia para 2008, mas afasta para já o risco de recessão.
Depois do escândalo que abala desde há uma semana o banco Societé Generale, ou a crise dos créditos imobiliários de risco nos Estados Unidos, o presidente da Comissão e os quatro chefes de estado e de governo querem incrementar a transparência e regulação dos mercados. Segundo os analistas a cimeira a cinco, arrisca-se a inflamar divergências entre os defensores de um maior intervencionismo do estado nos mercados, como a França, e os que preconizam uma maior auto-regulação, como o Reino Unido. Na próxima semana os ministros das finanças do G7, reunem-se em Tóquio, para debater os mesmos temas. (pvc/agências)

http://www.lawrei.eu/MRA_Alliance/

“ A globalização – a disseminação das novas tecnologias, que anulam as distâncias que separam o mundo – não torna universais os valores ocidentais. Torna irreversível um mundo plural. A crescente interligação entre as economias mundiais não significa o crescimento de uma única civilização económica. Isso quer dizer que se deve encontrar um modus vivendi entre culturas económicas que permanecerão sempre diferentes.”
(…) “O desfecho prático da política americana só pode ser que outras potências ajam unilateralmente quandoa instabilidade dos mercados mundiais se tornar intolerável. Nesse momento, o edifício grosseiro do laissez-faire global começará a ruir.
Um mercado livre global é um projecto destinado a falhar. Nisto, como em muitas outras coisas, assemelha-se a outra experiência utópica de engenharia social do século XX, o socialismo marxista. Ambos partilham o convencimento de que o progresso humano deve incluir uma civilização única entre os seus objectivos. Ambos negam que uma economia moderna pode surgir sob muitas variantes. Ambos estão preparados para cobrar à humanidade um elevado preço em sofrimento a fim de impor a sua visão singular do mundo. Ambos encalharam no confronto com necessidades humanas vitais.
Se fizermos da história o nosso guia, devemos esperar que o mercado livre global em breve pertença a um passado irrecuperável. Como outras utopias do século XX, o laissez-faire global será engolido pela memória da história – juntamente com as suas vítimas.”
John Gray in False Dawn 1998

24 Comments:

Anonymous Anónimo said...

O FED deu um sinal bem negativo à economia americana e mundial.Ou sabem coisa muito graves ,ou isto só parece garantir recuperação aos bancos.Ou seja,tudo vai continuar como dantes.As perdas de Bolsa são para quem apostou ,já que o dinheiro "barato" não altera o jogo.Este é um ano de eleições e não é nada bom avançar para elas em clima deprimido

terça-feira, janeiro 29, 2008  
Anonymous Anónimo said...

JC Trichet apontou o caminho.A "economia real" precisa de medidas anti-inflacionistas, porque a inflação é um "vírus" que ataca sobretudo os mais fracos.Este gesto "brutal" do FED,tão celebrado pelos centros da "massa", não vai alterar os "basics".Ou, ano de eleições ,ou eles sabem coisas que o cidadão normal ainda não vislumbra

terça-feira, janeiro 29, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Não é preciso que o nosso "rigoroso" Governador do BdP venha dizer que a vida está difícil. Sentimos na pele o que são as dificuldades do dia a dia. Somos cada vez mais um País de Emigrantes e Sobreviventes.

terça-feira, janeiro 29, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Há alguns portugueses a gozar com a crise: os Administradores Reformados do BCP levaram para casa os lucros de 1 ano da operação do Banco na Polónia! Será que o dinheiro vai parar ao Offshore: Reforma Dourada? Sempre se poupa o IRS!

terça-feira, janeiro 29, 2008  
Anonymous Anónimo said...

quem ouviu o primeiro Socrates, o ministro das finanças e finalmente o Presidente da Republica, ficou surpreendido, pois parecia que vivia em 3 países diferentes. Poracaso o primeiro e o ministro das finanças ( que não batem cert com o Constacio), falarem de forma credivel e deixarem os floreados. Não fizerem reformas e já não tem tempo para as fa- zer. Comprar programas de software de nivel mundial e coloca-los a correr, não são reformas.............

terça-feira, janeiro 29, 2008  
Anonymous Anónimo said...

" A derrocada nas bolsas mundiais não foi um súbito ataque de histeria provocado pelos especuladores gananciosos. Foi o sinal de que a recessão mordeu os Estados Unidos e vai provocar vítimas" A bolsa não tem racionalidade para tanto. Os neo libs é que sonham que sim. Então porquê as bolsas europeias (onde as economias estão melhor) são as que estão a descer mais? Mas concordo com a parte final do artigo. TEMOS QUE INVESTIR MAIS. O ESTADO (QREN) E AS GRANDES EMPRESAS. Mas não sei se isso é possivel com esta camada de neolibs.

terça-feira, janeiro 29, 2008  
Anonymous Anónimo said...

"O optimismo não é um teimosia de Sócrates: é uma obrigação para segurar as expectativas. Mas é preciso mais para criar emprego. As reformas têm de continuar. É tempo de convicções, não de ilusões. O momento é grave. E difícil."

terça-feira, janeiro 29, 2008  
Anonymous Anónimo said...

A macro economia mundial está pessimista, a conjuntura ecnómica portuguesa está razoável. Continuará razoável ou piorará em 2008? Com este Governo as reformas continuam. Aos pessimistas, que também têm direito à vida, sugiro que não agoirem e que não atrapalhem, porque podem sempe emigrar

terça-feira, janeiro 29, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Já desde julho de 2007 havia claros sinais e avisos de que a crise iria acontecer!«"No sé cuando la fiesta en el mercado de acciones acabará, pero no veo ninguna forma por la que podamos evitar un crash en los mercados financieros"» Fleckenstein, presidente de Fleckenstein Capital, hedge fund, Seattle.

terça-feira, janeiro 29, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Volta Karl Marx, volta! Estás perdoado! Pois não há mal que sempre dure nem bem que nunca acabe e esta política capitalista criminosa e selvagem (como se alguma vez houvesse uma política capitalista humana) de tão má que tem sido há-de um dia acabar, nem que seja mais uma vez à força, deixando apenas a recordação de outra experiência desumana que toda a Humanidade teve de sofrer neste planeta. Mas por enquanto ainda temos de “os” ouvir dizer que “é o mercado a funcionar”!

terça-feira, janeiro 29, 2008  
Anonymous Anónimo said...

O dramático é que a consolidação orçamental, que só é consolidação se for feita pelo lado da despesa, está muito longe de ser atingida e, portanto, se a crise vier mesmo (crescimento 0% ou 1% , p.ex. ), não se vê onde estão os recursos para actuar anticíclicamente. Por outro lado, é visível que a reforma da função e dos serviços públicos encalhou e não vai andar, e onde anda os tribunais se encarregam de a matar, portanto a pressão sobre o défice vai continuar.As perspectivas são más, em especial para as clases mais desfavorecidas,classe média baixa e reformados (ao todo para aí 3-3,5 milhões de tugas.Para aguentar o actual(baixo)nível de despesa social seria preciso a carga fiscal subir, como tal é difícil (embora não se entenda que se hesite em aplicar uma pequena taxa sobre as operações de bolsa para financiar despesa social ), os próximos anos vão continuar a ser pantanosos e cada vez socialmente mais injustos.

terça-feira, janeiro 29, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Quando Leio ou Oiço.....as direitas e a Esquerda "Caviar" que CRISE...BLá..BLÁ.. e que o MF é Optimista..." mas....Deus queira que a Portugal não chegue a Crise"....Pois o contrário é o que esta gente queria!!!! ««O Quanto pior melhor já não é só do PCP, toda a direita ( Partidári..Claro) o deseja.....Mas isto não é mais que evidente ????....( Patriotas....) Tomem devida nota Portugal vai ultrapassar estes "ventos" internos e externos, e garanto ..aqui e agora, que Portugal vai cumprir suas metas de crescimento!!!!!Para mal dos Marcos e das Marcas do passado!!!!!A Tanga não passará!!!!!

terça-feira, janeiro 29, 2008  
Anonymous Anónimo said...

O mercado bolsista mais parece um casino especulativo, dependente de variáveis que já ninguém controla! Longe vão os tempos em que tudo dependia da produção e dos respectivos resultados! Hoje em dia, tudo se manipula, e os investidores não sabem bem o que andam a comprar, num mercado cada vez mais virtual! Basta ver o PSI-20, em que não existe nenhuma empresa que, de facto, produza consistentemente alguma coisa para vender e exportar! É tudo Bancos (que manipulam as cotações) e ex-empresas estatais que sobrevivem num contexto de autêntico monopólio no "mercado" nacional! Por outro lado, com a subida crescente das taxas de juro, acho que cada vez menos pessoa irão investir em mercados bolsistas, deslocando os seus investimentos para ganhos mais consistentes e credíveis, assim como se irá adquirir hábitos para maiores taxas de poupança (mas também para quem pode)!

terça-feira, janeiro 29, 2008  
Anonymous Anónimo said...

O Citigroup era o líder na banca mundial e agora é o 6º ! O Barclays estava no top 20 e agora já não está ! São os tais ciclos económicos ! Contudo após as presidenciais americanas, sem o presidente George, a "coisa" irá ao lugar. Até o BCP !

terça-feira, janeiro 29, 2008  
Anonymous Anónimo said...

A especulação poderá ser apreciada porque confere mais liquidez ao mercado. Contudo, a sua persistência e as possiveis manipulações (boatos, meis verdades, recomendações, etc.) não lhe dão credibilidade e tornam o risco incontrolável e irresponsável. Indices, derivados, futuros,gaps e outros que tais, são coisas muito indefinidas e inconsistentes. Reais, são de facto, os resultados provenientes da produção e aí, é que se deve investir ou não. O resto é ciência de cartomante

terça-feira, janeiro 29, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Quem "joga" as suas poupanças na bolsa (e aqui abro um parentesis para concordar com o Sr. Oliveira, porque se trata de investir, não de jogar), prefere fazê-lo quando as cotações estão em baixo ou em cima? Uma dica: Quem vai ao supermercado comprar arroz (ou outra coisa qualquer) prefere comprar quando o arroz está em promoção ou quando está caro? Parece evidente, não? E já agora: quando o arroz está com uma super-promoção, e atinge preços anormalmente baixos, costumam ficar contentes ou preferem dizer que o preço do arroz está a ser manipulado? Na verdade, o jornalista deveria abster-se de escrever sobre aquilo que não domina...

terça-feira, janeiro 29, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Quanto às políticas económicas de habitação, utilizadas nos designados “Países Ocidentais” ou “Países Desenvolvidos”, digo o seguinte; Há quem tente incentivar o arrendamento em vez da aquisição de habitação através do crédito, o que é muito útil para as minorias "gordas" desses países! Porque se as pessoas arrendarem, em vez de comprarem, deixarão maior área de potencial propriedade privada disponível para os "gordos". As pessoas viverão na casa dos "gordos" aos quais lhes pagarão uma renda, para que assim eles possam "engordar" ainda mais, as pessoas também terão mais dinheiro disponível, visto que não têm prestações de créditos para pagar e com esse dinheiro excedentário podem consumir mais, comprar mais coisas fúteis e gastar mais dinheiro nos produtos que os "gordos" lhes oferecem, através dos infinitos meios de publicidade/marketing que utilizam. Assim, as pessoas debilitadas e fragilizadas devido à exploração de que são vitimas, pois os “gordos” escravizam-nas nas suas fabricas, terras, minas, poços de petróleo e outros locais de escravidão, as pessoas são levadas a comprar, comprar, comprar os produtos que elas mesmo produziram, pois os “gordos” não fazem nada a não ser “engordar”!!! Conclusão: com as taxas de juro muito altas, como agora se encontram, os gordos vão “engordar” até rebentar!!!...Bummm…!!!

terça-feira, janeiro 29, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Fácilmente se conclui a má preparação técnica para escrever sobre a bolsa. «Jogar» na na Bolsa? Joga-se é futebol, à sueca, não na Bolsa. Na Bolsa investe-se e há quem queira investir de forma especulativa e outros de forma analítica. O problema é quando nesse sector tal como noutro qualquer, as entidades reguladoras não cumprem adequadamente o seu papel por incompetência ou deficiente emquadramento jurídico, seja via BCP em Portugal ou Enron nos E.U.A. Da próxima vez, quando não tiver idéias sobre o que escrever, mesmo assim escreva apenas sobre as temáticas que domina.Para dar palpites, há muitos e para tal basta ler a maioria das opiniões não devidamente sustentadas dos internautas opinadores.

terça-feira, janeiro 29, 2008  
Anonymous Anónimo said...

É mesmo roleta russa aliada á mafia, apenas um pequeno exemplo, uma empresa como a sonae.com é lançada para o mercado com uma subscrição a 10 euros em 2000, passado um ano a cotação é de 1,5 euros, gostaria que alguem me explicasse como isto aconteceu?!afinal não é preciso perceber muito disto, basta ter sorte e jogar na roleta russa, aliada com a mafia para viciar o jogo!

terça-feira, janeiro 29, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Tudo o que sobe desce, e vice-versa. Racionalidade é ter ovos em diversos cestos. Imobiliário - boas noticias, taxas de juro vão voltar a descer e ganhos de bolsa vão ser redireccionados. Bolsa - queda dos indices abre uma janela de oportunidades. E assim por diante. Louco é quem vende agora e compra em alta.

terça-feira, janeiro 29, 2008  
Anonymous Anónimo said...

O sr. oliveira opinou sábiamente, não é jogar é investir, o jogar é para o futebol, mas não será também investir, (uns contra outros),no futebol há um árbitro que pune, que adverte e explusa, mal ou bem, desempenha o seu papel para fazer cumprir as regras do jogo do investimento ou lá o que seja. A bolsa não é jogo é investir,(deveria ser), mas também tem regras e árbitros, que não apitam não penalizam e não explusam, então, os intervenientes podem fazer batota, porque os árbitros fazem vista grossa. Batota está associado aos jogos. Investir, esta palavra nobre, faz-me lembrar também um animal nobre ribatejano, toiro ou touro, este é que investe.

terça-feira, janeiro 29, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Aqui o Zé está a precisar de engordar... O mercado de arrendamento destina-se a conferir aos jovens em início de carreira a mobilidade e flexibilidade financeira suficiente para se lançarem na vida activa e sedimentarem as suas carreiras sem estarem amarrados a uma âncora de cimento, mal construida por um pato-bravo qualquer. Há carreiras hipotecadas ao Banco a troco de um casebre feito com meia dúzia de tijolos, uns azulejos de mau gosto e uma capacidade de climatização semelhante a uma palhota. Quanto ao assunto em discussão, é óbvio que as mais-valias acumuladas tinham que ser realizadas mais tarde ou mais cedo. À falta de melhor desculpa, o subprime serve - é puramente um movimento de antecipação, antes que seja tarde para sair. Curioso é que o pior ainda está para vir, por isso é bom que ponham o bacalhau de molho.

terça-feira, janeiro 29, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Vê-se por este conjunto de opinadores (na sua grande maioria)que o retrato desta sociedade está aqui bem expresso: queixam-se de quê? quem tem posto no poder todos os governos que por cá passaram? Quem lhes tem dado força eleição atrás de eleição? há 3 décadas que se queixam deles mas empurram-nos sempre que podem e, por vezes com mais força, para o poder!!!!! Por isso não se devem queixar. Não abona a favor dizer mal das escolhas que continuadamente (lembrem-se, há 3 décadas) se fazem. Ser racional é emendar o que de mal se faz. Por isto, penso que este país não merece mais, pois quem não luta por mudança é porque dela não precisa. Já agora, que tal dar uns minutos de atenção e de análise ao comportamento das corporações oligarquico-mafiosas e à sua responsabilidade nesta situação desesperada? Médicos, farmaceuticos(as), juizes, banqueiros, advogados......... São todos boa gente.

terça-feira, janeiro 29, 2008  
Anonymous Anónimo said...

As políticas económicas estão completamente desajustadas desta sociedade moderna e da realidade actual. Portanto é necessário e urgente que se pense e depois actue em harmonia com as necessidades reais do momento. Os paradigmas que nos assombravam no passado deixaram de ser os mesmos agora no presente, mas também não desapareceram, simplesmente sofreram mutações e alguns são mesmo novos, por isso diferentes. É urgente encontrá-los e defini-los, de maneira a poderem depois ser combatidos. De momento e entretanto é muito importante baixar as taxas de juro!!!

terça-feira, janeiro 29, 2008  

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