sábado, fevereiro 23, 2008

Acabou o Consenso de Washington?


Os presidentes do Brasil e da Argentina, Lula da Silva e Cristina Kircher anunciaram na sexta-feira, em Buenos Aires, a construção de uma empresa mista de enriquecimento de urânio e firmaram acordos nos sectores aeronáutico e militar, durante a visita oficial do presidente brasileiro a Buenos Aires.
A empresa compromete-se a enriquecer urânio, para fins pacíficos, e a desenvolver um reactor nuclear que satisfaça as necessidades energéticas dos dois países.
Os problemas de abastecimento do gás natural boliviano ao Brasil e à Argentina serão hoje (sábado) debatidos com o presidente boliviano Evo Morales.
Lula defendeu ontem uma maior integração regional das políticas energéticas, reconhecendo que todos os países sul-americanos enfrentam problemas nesta área.
Na cooperação aeronáutica os argentinos fornecerão peças para os modelos 170/190 da Embraer e os brasileiros contribuirão com transferência de tecnologia e know-how.
Em 2009, será iniciada a produção industrial conjunta do veículo militar “Gaucho”.
A produção e lançamento conjunto de um satélite para observação dos oceanos foram também debatidos.
A parceria estratégica Brasil-Argentina visa impulsionar “projectos emblemáticos” que estimulem a entrada de outros países do Cone Sul Americano no bloco político- económico regional Mercosul. (pvc/agências)
Claro que não acabou, ainda existem alguns, que o teimam em cumprir.
Estamos nesse grupo.
Economia em contraciclo e economistas que insistem em defender publicamente o que criticam em privado.
Afinal o patrão é que lhes paga o silêncio.
A questão da evolução do número de funcionários públicos não será mais económica para o estado, será melhor para servir as clientelas das empresas que negoceiam directamente com as tutelas, na área do outsourcing.
O estado minimalista é um dos objectivos dos neo liberais aqui levados pela mão do senhor Sócrates, que diz maravilhas do sítio e dele próprio, para plateias de convivas.
A protecção das empresas e os baixos salários vão levar à insustentabilidade da segurança social, porque já sendo insustentável, ainda se aguenta devido à carga fiscal intolerável.
Espanha agradece.
Assim, quem poderá consumir? Como se desenvolverá uma economia que entrou pela rua da Betesga?
Ford o industrial americano, odiado por muitos colegas industriais, aumentava os salários e melhorava as condições dos trabalhadores e dizia a quem o criticava, de forma ácida, que se o não fizesse quem compraria os carros que produzia?
Por aqui a carga fiscal anda a reboque dos calendários eleitorais e sempre no campo das promessas, porque afinal o défice é mentira, a inflação é mentira e o estado não existe.
Um estado inexistente manifesta-se pelos princípios de não cumprimento das regras de Hobbes:
Violência e crime sem castigo, morte violenta sem investigação e justiça mole, já para não dizer inexistente.
Polícias sem força e sem liderança hierarquica, substituida por políticos sem preparação e sem princípios, com um princípio: "Uma mão lava a outra", o problema é que ambas estão sujas.
Poder legislativo inexistente, leis publicadas e não regulamentadas e grande confusão como convém, para se poder passar na rede de bitola cada vez maior, digamos que já é um rombo.
Por fim, uma classe de gente que viveu os últimos 33 anos à conta dos favores do estado, das várias reformas, do tráfico de influências, do enriquecimento sem causa legal, do nepotismo, chegando ao cúmulo de alguém acusar outros de receberem pensões ou salários milionários, esquecendo o caso pessoal de várias reformas, antes do tempo exigido a todos os outros que as pagam trabalhando cada vez mais e cada vez com menos garantias de as receber.
Portanto espero que o Brasil e a Argentina façam as suas centrais nucleares e já agora a bomba...

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