segunda-feira, fevereiro 04, 2008

O que parece não é...

Os governos da UE esforçam-se por aparentar calma e evitar o pessimismo.
Portugal procura seguir a mesma atitude. Os máximos responsáveis, limitando-se ao que acham ser “o seu papel”, não deixam de revelar alguma inquietação ao falar de “incertezas”, mas procuram desdramatizar e transmitir confiança, sublinhando que o país está “melhor preparado” que no passado para enfrentar as eventuais consequências negativas.
Referem a melhoria do défice das contas públicas, o crescimento sustentado da economia, com relevo para o aumento das exportações e as reformas em curso.
Compreende-se a postura num momento politicamente tão delicado de uma legislatura que se aproxima da recta final e que acaba de viver uma remodelação.
E com projecções da economia europeia para 2008 a serem revistas em baixa.O viajante/empresário percebe, mas considera que seria arriscado ignorar que os cidadãos, e os empresários em particular, bombardeados diariamente por notícias negativas, estão cada vez mais preocupados.
Não escapa a ninguém que as autoridades financeiras americanas, desorientadas, baixam as taxas de juro de referência a um ritmo preocupante, e que os governos do Reino Unido, Alemanha, França (e Itália), comportando-se como “donos” da UE, procuram ultrapassar divergências e alcançar um compromisso para responder à crise que já se sente.
De um artigo postado pelo Dr Assur, de Vítor Neto

Não sei se oFed está desorientado. Sei é que o Fed lê a economia americana e mundial.

O BCE lê os compromissos e tratados e a eles está vinculado e obrigado, como a mosca presa na teia que a aranha teceu.
Passo a explicar:

O BCE, não mexe nas taxas de juro porque está obrigado pela baia da inflação. No entanto a Comissão orgão como o nome diz formado por vários comissários, comporta-se como um monstro com várias cabeças.

Na economia agrícola anda sempre um passo atrás, aparentemente, e serve, apenas, interesses de alguns países e multinacionais, por vezes até estranhos à própria CEE, veja-se o caso dos cereais e dos produtos alimentares que subiram de preço, devido á política desastrosa para a grande maioria dos países e óptima por exemplo para os grandes beneficiários internos e externos.
Nas pescas a situação é idêntica, (mas é claro que a Comissão não tem culpa dos nossos interesses em Bruxelas serem interesses estranhos ao nosso país, os nossos Cristovãos de Moura…).

Na política fiscal é cada um por si.

Nas contas e no sistema contabilistico e de controlo do mesmo, que vai desaguar nas questões do défice e na sua validade, cada qual apresenta as contas que quer e o que é mais grave, quanto mais poderoso, mais cega a comissão se torna.
Aliás as directivas de Bruxelas são apenas aplicadas conforme os interesses dos mais fortes, ou as ignoram ou iludem a sua aplicação por processos administrativos.

Quando o Primeiro Ministro britânico como John Major, afirmou ao Presidente Bush o carácter muito especial das relações anglo-americanas, como Tatcher-Ronald Reagan, Wilson-Carter, Macmillan-Kennedy, não estavam a actuar em função da Europa comunitária, estavam a defender os interesses puramente britânicos.
Quando a França cultiva as suas relações especiais com o Magrebe, ou toma as suas iniciativas próprias, dentro dos interesses estritamente franceses, esquece a Europa.
Quando o P.M. de Espanha aqui há uns tempos se deslocou a Angola – a Angola e não a outro país africano – e leva no bolso uma linha de crédito de 400 milhões de USD e transporta no seu avião quarenta empresários espanhóis, não estava decerto a servir interesses comunitários mas a prosseguir uma política espanhola determinada, e bem exclusivamente espanhola.
Quando a Alemanha em conflito surdo com a França a propósito da Juguslávia, se precipita a tomar a iniciativa de reconhecer a Eslovénia e a Croácia, além de iniciativas em direcção a Leste, não está a reagir por interesses comunitários mas puramente germânicos.

A Europa irá sofrer vários cenários possíveis: um núcleo central europeu ligado ao Leste, o que poderá dizer Germanos e Eslavos mais uma vez entendidos e colaborantes; um núcleo europeu ocidental ligado ao Atlântico, o que significa entendimento e colaboração com os EUA; ou o que não parece se estar a desenhar, um entendimento franco-russo, como forma de contera Alemanha e com apoio no Atlântico ou seja com os EUA.
Nestes procedimentos estamos perante um desenho de uma Europa de nações e não de uma Europa federalista.
Trago à conversa um exemplo, mas compreendo o medo ( dos alemães) e até a impossibilidade da integração, mas hipocrisia é sempre hipocrisia, como a de Paulo Portas, do abandalhado presidente francês e de outros:
O caso da Turquia que muitos recusam liminarmente a sua admissão. Subdesenvolvida e com cerca de 50 milhões de habitantes, constitui um abrir ao Ocidente - ( o Ocidente é uma noção conforme o sitio onde nos encontremos,mas adiante…) - , a invasão de milhões de turcos.
Mas parece politicamente embaraçoso dizer à Turquia, que não entra no grémio dos supostamente ricos, mas que se espera e esperou que os Turcos, se necessário, morram na defesa do flanco sul e oriental da NATO, de que aliás são membros valorosos.

Pode sempre se argumentar que a CEE não tem nada a ver com a NATO, o que aliás é um argumento cínico, tendo em conta que a chamada Europa das Nações é apenas um caso de semântica, porque quem de facto manda são os grandes e os alinhados nos eixos em (re)constituição..

Pode dizer-se que findaram as consequências do estalinismo e de Yalta, e que terminou verdadeiramente o rescaldo da II Guerra Miundial.
Um texto de um visionário:
E de tudo – que conclusões serão de retirar? Que, em qualquer caso, o rosto da Europa, será dentro de poucos anos muito diverso daquele que parece ser o actual. Será talvez a altura de considerar esta observaçãosingela: a humanidade nunca abandona nem renega o seu passado; quando alguns o esquecem, outros imediatamente o ocupam e se lhes substituem; e por isso se deve dizer que quando um nacionalismose desinteressa de si próprio e se deixa enfraquecer, está por esse facto a reforçar e a engrandecer outro ou outros nacionalismos. E há que repetir um simples reparo já enunciado: em matéria de relações internacionais, o que parece - não é. E por isso a sabedoria das idades tenta sempre descobrir, por detrás dos horizontes às vezes propositadamente errados a realidade que é, para não sucumbirmos em cada momento aos sortilégios sucessivos das realidades que parecem ser. Em qualquer circunstãncia, não se nos afiguram legítimas dúvidas de que a Europa no princípio do próximo século e do próximo milénio poucas semelhanças terá com a Europa que se pode observar no fim deste século e deste milénio.”
“Estamos perante uma crise de conceitos, princípios, valores, normas – e em toda a parte.
Está em jogo a autoridade, e sobretudo o seu limite e a definição da sua fonte; está em causa a liberdade, e principalmente o seu conteúdo e as ua garantia; não se identifica qualquer medida comum de justiça, e não há consenso sobre a sua legitimidade; não há acordo quanto à linha divisória entre terrorismo e acto político; crime e acto de Estado, sanção punitiva e ofensa à liberdade individual, ordem pública e repressão, violência e libertação, justiça social e iniquidade individual, distribuição de riqueza e parasitismo socioeconómico, produtividade e exploração humana, chefia política e ditadura pessoal, estratégia de governo e estratégia de poder, administração e proteccionismo político-partidário…”

De Franco Nogueira; in Juízo Final, 1992

19 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Quando bancos como a Sociétè Generale ,Citigroup , UBS e Northern Rock(e o "nosso" BCP) actuam como se viu ,alguem pode acreditar no sistema financeiro?O BCE vê a questão correctamente -a inflação em Espanha atingiu 4,4%.O Fed está a deitar gasolina para o fogo.Passar a taxa básica de 4,5% para 3% vai relançar a economia( a tal "real") nesta altura? Ou vai assustar as pessoas? Ainda se lembram quando o Japão chegou a 0%,sem sucesso ,claro?

segunda-feira, fevereiro 04, 2008  
Anonymous Anónimo said...

A "armadilha japonesa" está bem mais perto de ser o próximo cenário para as economias americanas e europeias. Após quase 5 bons anos nos mercados accionistas começa-se a assistir a um frenético movimento de venda, obviamente influenciado pelos maus dados económicos e pelos consecutivos desaires dos bancos de investimento.Espera-se que a taxa de referência norte-americana desca até aos 2.5%. Nessa altura certamente que o dólar valerá muito menos de que 1.5 Eur e que a economia europeia já estará em recessão. Tradiconalmente o BCE é muito mais lento a reagir do que o FED e resta-nos,a nós europeus, esperar que a intervenção dos bancos centraris seja mais rápida. Em Portugal as pessoas são pouco informadas do que realmente se passa lá fora e talvez fosse bom alguém do Banco de Portugal fazer um aviso sério do que se passa.

segunda-feira, fevereiro 04, 2008  
Anonymous Anónimo said...

A descida das taxas de juro é uma medida acertada como é óbvio. Tal como é óbvio que apenas surtirá efeitos na dita economia real dentro de vários meses (mais de 6 ou 8 certamente). Isto de transmitir confiança aos agentes económicos é muito relativo. Tanto se assustam com subidas como com descidas. De facto a economia tem muito pouco de racional, por isso os economistas só acertam no final do jogo. Por outro lado alterações na regulamentação não me parece uma ideia acertada. Uma maior vigilância sobre os operadores financeiros isso sim. Se foram eles que despoletaram a crise então terão que ser chamados a prestar esclarecimento a quem de direito, porque caso contrário a tão falada confiança nunca poderá ser restaurada e o sector produtivo da economia, aquele que cria empregos e riqueza, não tomará as decisões que tem e deve de tomar.

segunda-feira, fevereiro 04, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Se a FED não reduzisse a taxa de juro drásticamente, poderia resolver o problema a longo prazo, mas causava crash's nas bolsas, de 20% a 30%, no curto prazo. Provavelmente, seria pior. Evidentemente, que a redução das taxas de juro não chega. É necessário acabar com os mitos dos "hedge funds" e dos "génios da matemática", que existem nas instituições financeiras. É que brincar com o dinheiro dos outros, só deve dar direito a cadeia, tal como aconteceu na Enron ou na Worldcom.

segunda-feira, fevereiro 04, 2008  
Anonymous Anónimo said...

1.No ponto 6 do meu texto acima devia ter escrito "deflação" em vez de "estagflação". 2.Em cada período de indefinição, surgem logo muitos teóricos reclamando novas vagas de regulamentação.Esquecem que em muitos Estados as normas "prudenciais" são pouco respeitadas,nomeadamente, nos países asiáticos emergentes. E, já agora, de que serviu a regulação FR e os sistemas de controle do BF no recente caso da Société générale ?

segunda-feira, fevereiro 04, 2008  
Anonymous Anónimo said...

As economias deviam regressar aos anos 30 ,40 50 e 60 para ver o que estes senhores comentavam aqui na nete todos comentamos porque todos em gerál uns máis outros menos mas felizmente hoje os que tem estomago grande comem só de uma vêz 12 sardinnhas depois correm para as urgencias , com dor de barriga e querem logo ser atendidos á 50 anos a dor de barriga era causada pela meia sardinha não havia urgencias e a dor permanecia sempre no estomago .Fico por aqui não vou comentar máis para quê? não existe crise nenhuma ela só está na cabeça de alguns economistas

segunda-feira, fevereiro 04, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Muitos dos que dizem que portugal è o país àrabe da Europa, em vez de valorizar o que temos de positivo, preferiria com toda a certeza que passasse-mos de um dia para o outro a ser nórdicos, onde tudo supostamente é perfeito. Só não vejo é muitos cabelos loiros a escrever artigos. Além do mais, não tapemos o sol com a peneira, pois os EUA são dos países que mais negócios fazem ( armamento, petrólio,“You name it”), com esses países, sem qualquer tipo de escrúpulos. Não vamos agora em Portugal querer dar um ar de anjinhos. Os mais espertos como os EUA ficam com a fama e o proveito.

segunda-feira, fevereiro 04, 2008  
Anonymous Anónimo said...

O Japão é a única superpotência económica asiática que manterá a sua posião num futuro previsível.. Foi o primeiro país asiático que se industrializou e é o maior credor mundial, talvez agora, depois da China, mas mantenhamos a ideia...
Isto é uma grande vantagem.
Os níveis de educação são um equipamento excelente para enfrentar qualquer crise.
Em 2000 estaria em deflação, penso que beneficiou com a crise americana.
Outro facto interessante: os "conselhos" do FMI, foram sempre incongruentes, esqueçam o que quer dizer incongruente.
Os americanos ou o FMI queriam que os japoneses deixassem de ser japoneses.
Os neocons, que têm tanto de arrogantes como alguma dose de estúpidos, reparem que disse alguma, notavam:
" A América tem o FMI para fazer o trabalho do comodoro Perry".
O consenso ocidental recomendava que o Japão baixasse os impostos, aumentasse a despesa pública e incorresse em défices orçamentais e caso único nas economias industriais avançadas, adoptasse as políticas keynesianas.
Esqueceram que os japoneses, são japoneses. Os japoneses em tempos de incerteza têm a excelente propensão para as poupanças e não para o consumo.
Outra coisa sobre o Japão, não aceitam a desregulamentação do mercado de trabalho.
O capitalismo japonês obtém a sua legitimidade social e política do emprego que gera, e neste capitalismo os interesses dos accionistas são primordiais.
O estoicismo dos japoneses é uma das suas grandes qualidades como povo. Quero dizer que as regras dos consensos que quiseram ser aplicadas por igual, o não podem ser.Lembram-se da Argentina?
Sabem da Nova Zelândia, essa infâmia provocada pelo FMI e pelos políticos da nova vaga?
Recomendo um livro de Noel Perrin:
Giving up the guns: Japan reversion to the sward.
Portanto aguentaram cerca de 10 anos a recessão imposta por todo o tipo de trampolinices dos senhores das organizações supranacionais.
Posso recomendar um pequeno texto de Franco Nogueira quando em 45 foi encarregado de negócios de Portugal no Japão. Pode, por aí se perceber o quão diferentes eles são de nós.
Como são os eslavos, os brasileiros, os chineses, os do BRIC.
Meus amigos aguardo as vossas reacções, se não estiver já a dormir porque idade desta velha toupeira não perdoa.
50 e poucos anos e muita desilusão nos humanos fazem o resto. Mas vejo aqui excelentes comentadores. Deus os ajude nas guerras que se avizinham.

segunda-feira, fevereiro 04, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Mais duas grandes confederações ou devo charmar-lhes duas grandes porcarias de confederações ao serviço dos chupistas e dos chulos deste miserável País, um diz mata o outro diz esfola.Identifico-me inteiramente com o comentário do anónimo de Luanda, isto qualquer dia vai dar molho meus senhores, e quando der só espero que seja bem vermelho para não se voltar a repetir a história do antigamente, pois hoje isto está bem pior, a pobreza envergonhada que grassa neste País de mamistas, politicos que fazem vista grossa á realidade, pois o que é importante é que eles e os seus estejam bem (...)

terça-feira, fevereiro 05, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Estes senhores não se lembram que em 1975 tiveram que ir todos embora porque a miséria afectava a maioria da população portuguesa e esta reagiu correndo com eles? Não se lembram já que nesse tempo o fachismo dava sopa, broa, sardinha, vinho, fado, fátima, touradas e futebol? Já não se lembram que nessa altura os patrões ganhavam uma média de 8 vezes o que ganhava um operário e que faz 5 anos... os patrões ganhavam 40 vezes mais? Já não se lembram que nessa altura tratavam os portugueses como se fossem uns coitados que não tinham acesso à riqueza e ao bem-estar? Cuidado amigos... o tiro pode sair pela culatra. Hoje não existe a guerra colonial para provocar reacções dos capitães... mas existem camionistas... existem professores... existem agentes de saúde... existem agricultores... existem vários grupos sociais... existem emigrantes... existem guetos... os etc's. Lembrem também que cá se faz, cá se paga! Cuidado... lembrem a história dos que arrogantemente desprezaram o povo e exigiram aquilo que era do povo! A história diz... que não é possivel... aguentar muito tempo esta opressão! Tirem-nos o direito ao trabalho! Tirem-nos o direito a educação! Tirem-nos o direito à saúde! Tirem-nos o direito à liberdade! Tirem-nos o direito à existencia! Quando menos esperarem, verão o que vai acontecer! Exijam... tirem... roubem... usem e deitem fora... e verão o povo mais cedo ou mais tarde vos oferecerá na taça da ira! Porque não fazem a meia culpa... falam positivamente do povo e o estimulam com incentivos positivos... criam formação para todos... deixam de roubar nos impostos... deixam tanta ganância...??? Querem que o povo trabalhe mais e melhor? Ganhem menos, paguem o que devem, falem bem do povo, reequilibrem os salários e verão que o trabalhador português é dos melhores do mundo!

terça-feira, fevereiro 05, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Deste modo até se podia por isso despedir tudo e todos. Mas a CIP com este raciocinio reacionario e caceteiro não é capaz de deduzir que é na formação continua, que pode ter pessoal qualificado e estimulado para rentabilizar e acompanhar a inovação. Mas como as empresas portuguesas não conhecem esta ultima palavra e preferem o seguidismo ultra liberal, também aplicam a taxa maxima do desprezo a quem produz, preferindo o lucro rapido sem pensar no futuro e atirando os desesperados sem perspectivas para a habitual emigração e ja somos 5 milhões de expatriados. E o governo deixa andar e fazer de conta ignorando o que de melhor se faz em legislação de trabalho, que são os paises nordicos. Estes não abriram mão da regulamentação e continuam de pedra e cal como modelo de sociedade e não menos competitivos que na Europa do Sul. O problema são os nossos gestores e patrões que são incapazes de organizar a produção e distribuir tarefas, tanto publicos como privados - todos tem falta de formação, o nivel é baixo, mas estes senhores pensam que sabem tudo, pois são os senhores doutores ou engenheiros, no pais mais pobre da UE dos 15 e brevemente dos 27. Continuem meus senhores sabichões do 3° mundo.

terça-feira, fevereiro 05, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Mais uma vez temos uma prova do dinamismo das empresas portuguesas. é muito raro ouvir nos nossos empresários as palavras formação dos trabalhadores, melhoria das condições de trabalho, restructuração de processos administrativos ou de produção, formação dos empresários, novas técnicas de gestão, control de gestão, isto é a modernização da empresa e dos seus membros, políticas de crescimento de longo prazo. Ao contrário pensa-se em despedir mais facilmente trabalhadores para depois contratar outros para o mesmo lugar mais baratos, chorar junto aos fornecedores a pedir descontos, pagar depois dos prazos estabelecidos e assim aumentamos a produtividadee financiamos a empresa á custa dos outros ( de uma forma desonesta). Meus senhores será que ainda não se deram conta do que é necessário é de uma mudança de mentalidades, tanto de empresarios como dos trabalhadores. As empresas obrigam os trabalhadores a serem mercenários, por isso sou a favor da alta rotatividade no trabalho, pois mudas para onde te pagam mais e te dão melhores condições. As empresas com o comportamento que têm não vão poder pedir fidelidade aos trabalhadores e portanto também não vão poder ser productivos.

terça-feira, fevereiro 05, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Pois mandam embora quem não lhes interessa porque ganham mais que os novos que vão empregar e passam a estar a contrato que sempre é mais fácil despedir no futuro.

terça-feira, fevereiro 05, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Lembrei-me agora que muitos milhares de portugueses que acreditaram em Sócrates e no PS, gostariam de oferecer ao 1º ministro dos socialistas esta quadra do nosso Aleixo:«Não digas que me enganaste, por ter confiado em ti; muito mais do que levaste, ganhei eu no que aprendi». Nas próximas eleições talvez o PM dos socialistas, antes de aprender a governar um país, comece por ser merceeiro para aprender alguma coisa de gestão já que não conseguiu levar à prática a aprendizagem de engenharia tirada pelo correio!

terça-feira, fevereiro 05, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Custa a querer , mas parece que é verdade,que até há bem pouco tempo , o governo de Portugal , cobrava mal os impostos , ou que só cobrava alguns impostos!!!!!!Os outros impostos não cobrados ficavam por aí?Será vício de gente rica?Será vício de gente mal acabada?Ou será questão mafiosa?Será que os cobradores de impostos (entre aspas)estavam comprados?Parece que desde que este país é país , com população e tudo ,só em 2007 é que os impostos foram bem cobrados e o país deu um salto enorme nas contas públicas? E para acabar, tudo isto veio a surpreender todos , desde o Presidente da Républica até ao mais humilde dos humildes portugueses , que é o meu caso.O meu recado é que é preciso muita cautéla para quem vive neste país , onde acontecem coisas mirabolantes.

terça-feira, fevereiro 05, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Ao ver os comentarios feitos,fico com a impressão que quem acredita nos n°s deste governo ou é cego por natureza ou então come do tacho dos socialistas.Ja disse mais de uma vez que o defice apresentado por Bagão Felix estava correcto dentro dos 3% e que este governo com a cumplicidade de Vitor Constancio,sim quem havia de ser?,fez uma rectificação das contas manipulando os n°s de forma a aumentar o defice para justificar as medidas que queria impor de forma a justificar essas medidas que nada produziram.As despesas do estado não diminuiram e até aumentaram.A Unica coisa que fizeram foi aumentar as receitas com aumentos dos impostos e a cobrança fiscais de devedores antigos (aqui concordo plenamente).Existe manipulação de valores,cujas despesas foram transferidas para pseudo empresas publicas,saindo assim do n°para apurar o defice e são milhares de milhões de euros.

terça-feira, fevereiro 05, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Eu dou um conselho gratis ao sr ministro: ponho o defice a (zero)ou menos. existe uma fatia do bolo ainda por explorar, e onde de facto está o grande problema do defice deste País ....se conseguirem arrecadar 25% de impostos dos 40% que todos anos (AINDA) NÃO ENTRAM NOS COFRES DO ESTADO então não se fala mais em dèfice. mas ainda se quiserem dar uma lição ao mundo para darem o exemplo ponham esses "gestores" administradores patrões, ou que lhes quiserem chamar em vez de ganharem 30 VEZES MAIS QUE OS SEUS COLEGAS DE TRABALHO GANHAREM METADE OQUE POR SINAL NÃO SERIA MAL DE TODO NA MEDIDA EM FICARIAM COM UMA COMPARAÇÃO IDENTICA À DA ALEMANHA ...QUE É SÓ UMA DAS POTENCIAS DO MUNDO. MAS PORTUGAL TEM A MANIA DE SER DOS PRIMEIROS MAS É DOS ULTIMOS ....PORQUE QUEM MANDA ASSIM QUER.

terça-feira, fevereiro 05, 2008  
Anonymous Anónimo said...

É tão difícil aceitar que o sector privado da economia cresceu 2.4% em 2007 (segundo o BAnco de Portugal) e que o investimento recupera desde 2005? Tomara que o país entre em recessão, que os leitores desempregados deixem de comprar jornais e que, aí sim, possamos passar o tempo a dizer (e não a escrever) tanto mal do país que demonstrou afinal conseguir viver sem o apoio do Estado! deixemos de nos preocupar nas previsões do Governo, FMI ou de quem quer que seja - são previsões com hipóteses de base e aplicáveis a pessoas, que não são modelizáveis (Economics 101) e façamos o nosso trabalho... eu pelo menos faço

terça-feira, fevereiro 05, 2008  
Anonymous Anónimo said...

O aumento de despesa corrente continua,e o aumento da cobrança dos impostos que se lhe sobrepõe,é o grande responsável pela diminuição do défice.Pode guardar o artigo pois para o ano será,mais do mesmo,aumento de despesa contida pelo aumento da cobrança de impostos.Até quando?Acontece que agora se antevê a crise, já há muito prevista pelos editorialistas deste jornal.O mercado interno continua estagnado,e a pergunta que se põe,é se as exportações continuarão a evitar a estagnação da economia.Penso que desta vez,tal não será possível pois os mercados importadores estarão em crise,e não há diversificação dos destinos das nossas exportações.Depois de tantos sacrifícios,mais dificuldades esperam os Portugueses.O ministro das Finanças tem oportunidade de provar que não é um Ministro tipo Salazar,que só sabia cobrar impostos e do equilíbrio das Finanças Públicas,e não se preocupava nem com o desenvolvimento nem com o bem estar dos governados,ou se pelo contrário tem engenho e arte para evitar a recessão.Não é só cobrar impostos,isso é o mais fácil,o difícil é saber aplicar o dinheiro daqueles

terça-feira, fevereiro 05, 2008  

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