Remodelação ou mudança de rótulo e já agora especular um pouco...

A rotulação…
Esta remodelação apenas tem importância no Ministério da Saúde. Nos outros foi a munutenção e mudança de gente, por incompatibilidades ou para manter e aumentar emprego político.
Na saúde a mudança é apenas de um nome, como se fosse um rótulo de uma garrafa que não vendia por uma questão de rótulo.

Vivemos num sítio em que os rótulos valem mais que os conteúdos.

Como bom apreciador de vinhos e já agora com algum conhecimento, o rótulo para mim terá alguma importância na venda, se o produto a vender for de boa qualidade, mas se for uma coisa de baixa qualidade o rótulo vende bem aos incautos e desconhecedores.
O que se aplica aos vinhos pode ser aplicado a tudo.

No fundo este governo vive do marketing.
Trata-se de um problema de equipa.
Os fundamentalistas do SNS a todo o custo e especialmente os que defendem apenas o estado como prestador, têm toda a conveniência em manter o status quo.
Porquê?
Porque há cerca de muitas centenas de pessoas que continuam a trabalhar nos seus gabinetes e sistemativcamente a mudar para o cargo A ou o cargo B, falo em todas as pessoas, que trabalham bem no arame, são equilibristas e colocam-se de bicos de pés, em qualquer governo do bloco central.

São eles os responsáveis pela execução ou não, dos projectos pensados, que entretanto serão alterados por esta ou por aquela pressão.
Como dizia há dias, em artigo aqui logo engolido, pela postagem, é a "entourage".
Esta coisa é que manda nos ministérios, no da saúde, são as associações dos administradores hospitalares, dos médicos de clínica geral e alguns sindicatos de enfermeiros e um sindicato médico ligado à CGTP, que o outro foi afastado por incompatibilidades, depois de muito elogiar o ministro cessante e durante a lua de mel.
Portanto a "entourage" é composta por uma esquerda empedernida, burocratizada e sempre com as mesmas caras e nomes.
É com ela que a nova ministra vai ter que lidar.
Se mantiver os missionários activos irá acabar por ter graves problemas.

Se não questionar o trabalho feito e não avaliar a forma como foram criadas as unidades de saúde familiares e a forma como foram constituidas as listas de utentes e a sua actualização, sem expurgo de ficheiros e não entrada de novos utentes estamos perante mais uma experiência sem futuro.
A lei orgânica criou tantos IPs que vai ser difícil gerir a teia de interesses instalada.
Espero que a fragilidade aparente seja força.
A Madeira sem grandes alardes tem um sistema de saúde excelente, com uma rede de urgências impecável, tanto móvel como nos serviços hospitalares e nos centros de saúde.
O PR não teve qualquer influência na atitude do sr Pinto de Sousa, que remodelou, tarde e em perda, como o avião que por mais potência de motor que tenha se vai despenhar, porque a física é que manda.

Uma crise anunciada e à porta?

Não auguro nada de bom para o sítio.
Com a crise internacional e com a baixa do PIB americano para níveis de recessão, a Europa será atingida.
Posso estar enganado, mas o engano pode ser sempre motivo para uma boa especulação.
Na Europa, a Alemanha está a ser empurrada para se aliar à Rússia.
Do outro lado estarão os do eixo Paris, Londres, Espanha e EUA.
Nós não contamos e já há muito deríamos ter mandado para casa as forças que cá fazem falta, de Timor, do Afeganistão e da Bósnia.
Deveríamos questionar porque estamos na NATO, quando deveríamos ser um país neutral. Afinal sempre fomos tramados pelas potências e pelos aliados.
Deveríamos questionar os investimentos militares e por que razão abandonámos os quartéis de fronteira e a aposta numa marinha garante da defesa dos nossos interesses na nossa maior fronteira.
Não tenhamos ilusões, Zapatero não concorda com os alemães na questão do Kosovo, porque tem vários Kosovos para resolver, e sendo ele catalão, sabe o que faz e o que fez em Espanha para a desintegrar.
Se acontecer o que alguns temem, Portugal estará na lista dos castelhanos e depois da conquista económica e da traição dos nossos empresários e políticos, será a ocupação militar. Basta ler os artigos de opinião dos meios militares Castelhanos.
A NATO?
A NATO apoiará o mais poderoso e nós teremos, como sempre tivemos de resolver as coisas como sempre aconteceu, por que queremos ser independentes.