Leviatã

Acerca do artigo anterior, sobre o Estado, a autoridade e o medo.
Thomas Hobbes, citado aqui da sua obra "Leviatã", descreve os vários direitos humanos.
De facto, o Leviatã é o Estado.
Hobbes diz e bem, que o medo da morte violenta, leva a que os humanos entreguem nas mãos dos príncipes e do Estado a sua segurança colectiva.
Assim, o Estado, o Leviatã, está abaixo do temor a Deus e não está por acaso.
O Leviatã é o monstro que protege o cidadão, através das suas organizações sociais, que acabaram criando o Estado.
Mas, será que o Estado actual existe?
Será que é eficaz?
Será que é justo no tratamento de todos?
Será que se pode falar em autoridade do estado e em autoridade do estado democrático, ou como agora se usa chamar, estado de direito democrático?
Se é isto, não existe.
O medo só existe, do lado do criminoso, se este for punido de forma exemplar.
De que serve a polícia prender, para depois o CPP, (feito por gente sem o mínimo de noção da criminalidade violenta e das motivações da mesma), os libertar? Trata-se de libertar um cão raivoso, sem a devida quarentena.
A motivação da agressão violenta ou do assassínio, sem razão, apenas por gozo, é uma condição, que só os humanos sabem experimentar e usufruir, mais nenhum outro animal o faz.
Assim, Hobbes, muito criticado, volta ser lido, como Maquiavel.
Os Estados fracos são consequência de homens fracos e pouco esclarecidos, ou corrompidos. A demagogia nestes casos não é boa conselheira.
O tipo de crime a que se assiste, é realizado por gente sem noção do valor da vida.
Muitos aparecem de zonas do globo em que depois de se roubar, se mata sabendo que se vai ficar impune, e que nem sequer se é presente à justiça.
O crime é pontual, mas generalizado em todo o país, da mais pequena aldeia, às cidades.
O crime de gang, aparece junto aos bairros que os condomínios foram empurrando e que são consequência de alternativas educativas, filhos de emigrantes que serviram para as obras do regime, e que o Estado aproveitou e fechou os olhos, devido aos negócios escuros entre empreiteiros e os políticos pagos à peça, neste regime a que chamam de democracia, por que se vota.
Quando se observa, um PM depois de dizer que não necessitava de mais polícias e depois, pelo facto de, segundo diz, casos de violência pontual, abrir concurso para 2 000 GNR e PSP, revela que não enfrenta a criminalidade, age em perda.
Em Espanha, devido a expulsão de cidadãos brasileiros, aconteceram casos de retaliação da polícia federal, nos aeroportos em relação a turistas espanhóis. Assim, os seguranças privados dão lugar à polícia federal, que tem ordens para maltratar e insultar. Refiro-me a um estado em que o crime é orientado de telemóvel, da prisão, como se fosse a coisa mais natural do mundo. Só pode acontecer por conivência e convivência. Chamar estado a uma coisa como aquilo, é uma caricatura, mas não é único, podem ficar descansados, os que pensam que é descriminação.
Eu digo, só lá vai quem quer.
Por cá acontece com Angola, e a subserviência do negócio é mais importante, que o murro na mesa.
Se acontecesse o mesmo em Portugal nem a imprensa poderia publicar, daí a censura existente, só se publica o que patrão manda.
Depois de se acabar com o SMO, veio a tropa paga e profissional, que aliás já existia, no tempo da guerra. Hoje, depois de se formarem indivíduos para a guerra, altamente treinados, espera-se depois com os contratos acabados que façam o quê? Que vão embalar bebés?
É claro que todos poderemos pagar com a vida numa rua em pleno dia, o facto de estarmos no lugar errado, mas os políticos e os seus não vão estar imunes à morte violenta de que falava Hobbes.
Só há uma maneira de conter o criminoso, é utilizando o medo, é usando o Leviatã.

Infelizmente será necessária a contrareforma.

Aqui, não temos nem bascos nem catalães, que preferem dividir para reinar.

Aqui, apenas temos de afastar os políticos incompetentes e oportunistas que assaltaram o Estado de Direito.
Não existem alternativas pelos meios usuais e não se observam mudanças nas vontades dentro das forças nos poderes, o Leviatã, será novamente gerado pelo medo e os Pilatos não podem lavar daí as mãos, porque não se podem lavar as mãos sujas de sangue, como dizia Galião, irmão de Séneca, quando do julgamento de S. Paulo.