sábado, março 22, 2008

A vidinha

"Está em curso na Galiza uma perseguição aos portugueses que trabalham nas obras públicas naquela região espanhola. A coisa tem passado mais ou menos despercebida. O Governo, que tanto gosta de proclamar o sucesso quando acorda com os espanhóis novas - e pelos vistos inúteis - regras laborais para o mercado transfronteiriço, faz de conta. As autoridades galegas não mostram sinais de incómodo. E os sindicatos dos dois lados da fronteira trocam acusações sibilinas.

O que se passa? A crise está chegar, e em força, ao sector da construção em Espanha. E por isso os portugueses que ali trabalham (cerca de 100 mil) passaram a ser vistos como concorrentes desleais. Porquê? Porque ganham menos (seis a sete euros e meio por hora, contra 12 pagos aos espanhóis), trabalham mais (fazem jornas de 12 a 14 horas) e não têm direito a férias nem a outro tipo de regalias de que gozam os espanhóis. Isto, que até hoje não mereceu nenhum comentário dos sindicalistas galegos, é agora qualificado de "dumping laboral". Tradução a vidinha está a ficar difícil para os espanhóis em geral e para os galegos em particular. Logo, é preciso atirar os portugueses borda fora, porque os empregos não chegam para todos.

É preciso ler com atenção o que diz, por exemplo, o secretário nacional da Confederação Intersindical Galega, Xoan Melón, para perceber o que aí vem. "Os portugueses estão a fazer um autêntico dumping laboral, aceitando trabalhar em condições muito precárias, o que configura uma situação de concorrência desleal. E os grandes prejudicados são, naturalmente, os trabalhadores galegos, que se vêem preteridos".

O cinismo de Xoan Melón é insuportável. E serve apenas para acirrar os ânimos dos galegos a cujas casas chegou uma ameaça até há pouco inimaginável numa Espanha com uma economia pujante - a ameaça do desemprego. Quando, um destes dias, houver notícias de confrontos entre portugueses e galegos numa qualquer obra pública, talvez os governos dos dois lados da fronteira acordem para o problema. Que já existe e já é grave. Sobretudo para os portugueses, o elo mais fraco desta delicada cadeia onde se luta por uma vida uma bocadinho melhor
. "

Paulo ferreira

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Cara Direcção do Jornal de Noticias SA



Tem sido constatado que frequentemente os comentários enviados para a secção "Desabafe Connosco" por parte de emigrantes portugueses residentes nos EUA tem sido bloqueados.

Embora não possa responder pelo conteudo das mensagens dos restantes participantes que se têm queixado, posso afirmar que nenhuma das mensagens que tentei enviar iriam contra as normas presentes no referido forum.

Aliás as mensagens enviadas e não publicadas podem ser observadas no seguinte local: http://luso-americano.blogs.sapo.pt/



Como podem verificar não são mensagens que contenham insultos ou palavões susceptiveis de ferir susceptibilidades.



Em contra partida vê-se constantemente a publicação de mensagens que promovem um outro local que esse sim é useiro e abuseiro no insulto, difamação de parte dos participantes. E muitas de outras são igualmente insultuosas para certos participantes, mas mesmo assim publicadas.



As perguntas que coloco são as seguintes.



1º - Que conceito editorial e de publicação têm os elementos que controlam as publicações no referido espaço?

2ª - Que poderão achar todos os elementos que vêem os seus comentarios negados, sem justificação para tal?

3ª - Será o JN um orgão de comunicação Social que baseia a sua conducta na censura dos seus participantes?

4º - Será que o JN vê os emigrantes portugueses como direitos inferiores aos restantes portugueses?

5º - Porque razão é acentuadamente mais dificil durante o Fim de Semana que os emigrantes portugueses vejam os seus textos publicados.

6º - É ou não o JN um orgão de comunicação Social isento e que fornece igualdade de tratamente a todos os que o visitam desde que não vão contra as normas publicadas no referido espaço?



Aguardo o mais breve possivel um esclarecimento,

entretanto este texto será publicado na integra em outros locais, incluindo o acima referido de forma a que seja do conhecimento geral o tratamento diferenciado que o JN fornece aos seus leitores e participantes.

Sábado, Março 22, 2008


Anónimo disse...
Cara Direcção do Jornal de Noticias SA



Tem sido constatado que frequentemente os comentários enviados para a secção "Desabafe Connosco" por parte de emigrantes portugueses residentes nos EUA tem sido bloqueados.

Embora não possa responder pelo conteudo das mensagens dos restantes participantes que se têm queixado, posso afirmar que nenhuma das mensagens que tentei enviar iriam contra as normas presentes no referido forum.

Aliás as mensagens enviadas e não publicadas podem ser observadas no seguinte local: http://luso-americano.blogs.sapo.pt/



Como podem verificar não são mensagens que contenham insultos ou palavões susceptiveis de ferir susceptibilidades.



Em contra partida vê-se constantemente a publicação de mensagens que promovem um outro local que esse sim é useiro e abuseiro no insulto, difamação de parte dos participantes. E muitas de outras são igualmente insultuosas para certos participantes, mas mesmo assim publicadas.



As perguntas que coloco são as seguintes.



1º - Que conceito editorial e de publicação têm os elementos que controlam as publicações no referido espaço?

2ª - Que poderão achar todos os elementos que vêem os seus comentarios negados, sem justificação para tal?

3ª - Será o JN um orgão de comunicação Social que baseia a sua conducta na censura dos seus participantes?

4º - Será que o JN vê os emigrantes portugueses como direitos inferiores aos restantes portugueses?

5º - Porque razão é acentuadamente mais dificil durante o Fim de Semana que os emigrantes portugueses vejam os seus textos publicados.

6º - É ou não o JN um orgão de comunicação Social isento e que fornece igualdade de tratamente a todos os que o visitam desde que não vão contra as normas publicadas no referido espaço?



Aguardo o mais breve possivel um esclarecimento,

entretanto este texto será publicado na integra em outros locais, incluindo o acima referido de forma a que seja do conhecimento geral o tratamento diferenciado que o JN fornece aos seus leitores e participantes.

domingo, março 23, 2008  

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