A vida não está fácil para Trichet
"O cenário está cada vez mais nublado para a economia europeia.
Às sombras que pairam sobre o crescimento – que se vão reflectindo em cortes sucessivos das previsões de diferentes governos – junta-se a pressão cada vez maior sobre a inflação. Em tempo de recordes, ontem foi conhecido mais um: 3,5%, a inflação na zona euro, a mais alta dos últimos 16 anos. A consequência mais imediata está, claro, no adiamento de cortes nos juros – o presidente do BCE está cada vez mais preso entre a espada (a inflação que continua a subir acima do limite de 2%) e a parede (uma economia em abrandamento). Por agora, a inflação recorde e a misteriosa resistência da confiança dos empresários alemães levam o BCE a manter as taxas – o corte previsto para Abril e, depois, para Junho, já vai em Outubro, prevêem os economistas. Em Portugal, onde o nível de endividamento continua a aumentar, as consequências deste cenário – agravado pela travagem brusca espanhola em 2008 e 2009 – vão fazer-se sentir. Por enquanto, o Governo não mexe na previsão de 2,2%, uma vez que não quer agravar o sentimento económico. Contudo, parece ser certo que a aceleração esperada para este ano em Portugal não vai acontecer – cortesia do choque externo. "
Bruno Faria Lopes
Às sombras que pairam sobre o crescimento – que se vão reflectindo em cortes sucessivos das previsões de diferentes governos – junta-se a pressão cada vez maior sobre a inflação. Em tempo de recordes, ontem foi conhecido mais um: 3,5%, a inflação na zona euro, a mais alta dos últimos 16 anos. A consequência mais imediata está, claro, no adiamento de cortes nos juros – o presidente do BCE está cada vez mais preso entre a espada (a inflação que continua a subir acima do limite de 2%) e a parede (uma economia em abrandamento). Por agora, a inflação recorde e a misteriosa resistência da confiança dos empresários alemães levam o BCE a manter as taxas – o corte previsto para Abril e, depois, para Junho, já vai em Outubro, prevêem os economistas. Em Portugal, onde o nível de endividamento continua a aumentar, as consequências deste cenário – agravado pela travagem brusca espanhola em 2008 e 2009 – vão fazer-se sentir. Por enquanto, o Governo não mexe na previsão de 2,2%, uma vez que não quer agravar o sentimento económico. Contudo, parece ser certo que a aceleração esperada para este ano em Portugal não vai acontecer – cortesia do choque externo. "
Bruno Faria Lopes
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