O PSD
"A cabeça de Santana Lopes não é complicada. O homem observa a vitória de Berlusconi e toma-a, literalmente, a título premonitório. Berlusconi sair em desgraça? Mim sair igual. Berlusconi regressar em grande? Mim regressar na mesma. Berlusconi ter sempre má imprensa? Mim nem se fala.
Já o partido de Santana é menos linear, e chamar-lhe um circo provavelmente valeria um processo da família Cardinali. Malabaristas à parte, a vitória de Manuela Ferreira Leite é a alternativa de sobrevivência que resta ao PSD. Mas não é muito mais do que isso. Se a senhora pode devolver ao partido alguma da "credibilidade" que hoje notoriamente lhe falta, convém lembrar que a "credibilidade" não é bem o que o partido em peso procura. E que o conflito que opõe as "bases" e os "notáveis" não prescreve com a eleição interna de um (ou de uma) "notável". Santana e Menezes não aconteceram por acaso, nem apenas em consequência de movimentações das respectivas seitas, alinhadas no prosaico combate por cargos e salários. Além dos cargos, há ali um sortido de convicções crescentes e genuínas contra as "elites" e o que as "elites" talvez representem. Na perspectiva próxima do poder, estas dissidências abafam-se com relativa facilidade. Na perspectiva inversa, de longe a mais plausível, não.
Tradução: os problemas do PSD ainda estão no início. Isto se Manuela Ferreira Leite ganhar. Se perder, os problemas do PSD estão prestes a acabar. E o PSD também."
Alberto Gonçalves
Já o partido de Santana é menos linear, e chamar-lhe um circo provavelmente valeria um processo da família Cardinali. Malabaristas à parte, a vitória de Manuela Ferreira Leite é a alternativa de sobrevivência que resta ao PSD. Mas não é muito mais do que isso. Se a senhora pode devolver ao partido alguma da "credibilidade" que hoje notoriamente lhe falta, convém lembrar que a "credibilidade" não é bem o que o partido em peso procura. E que o conflito que opõe as "bases" e os "notáveis" não prescreve com a eleição interna de um (ou de uma) "notável". Santana e Menezes não aconteceram por acaso, nem apenas em consequência de movimentações das respectivas seitas, alinhadas no prosaico combate por cargos e salários. Além dos cargos, há ali um sortido de convicções crescentes e genuínas contra as "elites" e o que as "elites" talvez representem. Na perspectiva próxima do poder, estas dissidências abafam-se com relativa facilidade. Na perspectiva inversa, de longe a mais plausível, não.
Tradução: os problemas do PSD ainda estão no início. Isto se Manuela Ferreira Leite ganhar. Se perder, os problemas do PSD estão prestes a acabar. E o PSD também."
Alberto Gonçalves
25 Comments:
Mesmo que ganhe estas "eleiçoes directas" no PSD, a candidata Leite não tem futuro político. Nunca criou riqueza, nunca foi empresária e, como ministra da Educação e Finanças...foi suficiente. Portanto, duvido que mesmo no Partido Laranja se safe, quanto mais no País !
MFLeite tem o que é raro na sociedade portuga e muito menos na política que é, idóneadade e coerência politico-intelectual. Será suficiente? Merecerá pelo menos uma chance ... estou á vontade porque nem sequer é da minha área política mas que a SENHORA tem nível lá isso tem!
O problema é que aqueles barões laranjas não precisam de tachos politicos para viver.Ao contrário,quanto mais à esquerda, mais obediencia aos chefes,que o emprego politico é o melhor...
1. A ignorância é muito atrevida. 2. Em todas as épocas, em todas as organizações políticas( independemente das siglas)existem várias fracções ou tendencias ou grupos de afinidades e percursos. O que varia é o modo como se organizam , se articulam e como se exprimem no interior e no exterior das diversas organizações.
Quero uma reforma aos 48 anos como o Sr. Santana Lopes, sou mais velho, com mais descontos, e fui militar na guerra colonial porque não ?
De facto, ideias dos candidatos para o País... ZERO! Agora é tempo de conquistar o partido, porque o partido precisa de poder para poder animar (ocupar) a malta... E assim, o Sr. (Eng.º?) Sócrates vai passear pelas eleições de 2009, duvidando apenas de uma eventual maioria absouluta. Não sei dizer como (talvez devam começar por deixar de ser liderados por dirigentes académicos, sindicais e outros que nunca souberam o que é trabalhar), mas os partidos terão um dia de se reinventar. Caso contrário arriscam-se a ter apenas votos nulos/brancos e abstenção dentro de pouco tempo. Infelizmente não me parece que estes partidos se importassem muito com isso, desde que continuassem a poder distribuir "tachos"... A primeira medida do presidente do PSD podia ser propor a alteração da composição do parlamento de forma a que a abstenção represente lugares vazios no parlamento: assim, todos os dias os deputados podiam lembrar-se daquilo que o país profundo pensa do seu "trabalho"...
Já ninguém se lembra das cisões e facções do PS? Os nomes de Helena Roseta na Câmara de Lisboa e Manuel Alegre como candidato presidencial dizem-lhe alguma coisa? Soaristas, gamistas, guterristas também não lhe dizem nada? Então o melhor é não escrever sobre o que não sabe... E quanto ao que eles querem para o país: alguém sabe o que os outros partidos (excepto o PS) querem para o país? Quantos sabem por exemplo que o BE quer voltar a nacionalizar sectores inteiros da economia? E quanto ao PS, era isto (desemprego recorde e 7 impostos subidos) o que Sócrates disse que queria para o país?
Adorava que Alberto João Jardim se candidatasse. Mas duvido que tenha coragem política para isso. Só lá vai se tiver a certeza de que ganha. Que diabo de político é este, que "manda bocas" a propósito e a despropósito, mas na altura apropriada não tem coragem política para arriscar? É certo que, no "Contenente", AJJ arrisca-se a ter o mesmo peso político de um qualquer Presidente da Câmara (há concelhos com mais habitantes que a Madeira), mas ainda assim tem a obrigação de arriscar. Para Portugal, é óptimo: ou o homem apanha a maior abada da sua vida e sai com o rabo entre as pernas, ou então ganha, torna-se Primeiro Ministro, actua como um caciquezeco e mais tarde ou mais cedo vai sair pelas traseiras com uma imagem ainda pior que a de Santana Lopes. Em ambas as hipóteses Portugal, em última análise, acabará por ganhar.
O país não precisa dos populistas para nada.O país precisa de quem trabalhe bem a favor do povo potuguês, e eu pensava que o PSD tinha disso para oferecer.De fantochada populista está o mundo cheio e farto.
Quando os portugueses votaram no ENG.!!SOCRATES com a promessa de não se aumentar impostos (rsrsrs), também tinham conhecimento do que o (des)Governo queria para o país... Ah pois é
Sondagem 02-05-2008, EXPRESSO. PS recupera a maioria absoluta No barómetro Renascença/Expresso/Sic, os socialistas sobem mais de 1% face ao ultimo mês, beneficiando da grande queda do PSD nas intenções de voto. Os social-democratas descem 2,5 pontos percentuais, em relação ao mês passado. Estão agora com 26,9% nas intenções de voto. Os socialistas sobem e reconquistam a maioria absoluta, perdida no último mês. O PS tem agora 43,2% - subiu 1,1 ponto percentual. A diferença entre o PS e o PSD (a ano e meio das eleições legislativas) está agora em 16,3 pontos percentuais, a favor dos socialistas. Os social-democratas continuam assim a descer. Por exemplo, na região sul do país conquistam apenas 11% das intenções de voto. Se o PS tem 43,2% e o PSD 26,9%, a CDU, liderada pelos comunistas, atinge agora 10%, mantendo assim a tendência da subida. O CDS conquista agora 6,3% e o Bloco de Esquerda 8,8% - ambos com subidas marginais.
Houvir uma ideia para o pais, é muita ambição para os dias que correm. Se este pais fosse uma S.A., aí sim, o conselho de administradores já tinha apresentado uma qualquer ideia que levasse ao lucro, pois caso contrário os Senhores acionistas, na proxima A.G. tomariam as devidas decisões. Tal assim não é em Portugal, nem no PSD. Bom nem em qualquer outro partido, convenhamos que no PS o Sr. Socrates só após ser sufragado como 1º ministro começou a falar de certas reformas, e de certos cortes... Bom neste estado da politica o melhor é mesmo ganhar eleições sem falar muito, sem apresentar ideias, basta apresentarem-se como candidatos. Assim é, no resto das eleições por este país. Bom sorte para o PSD, que eleja um lider á altura das necessidades partidárias e das que o país a cada dia que passa vai demonstrando. Há e quanto ao autor deste artigo, é sempre bom ter a memória fresca.
Pode ser que a senhora ponha aquela rapaziada na linha.Só que para o povinho ,a questão é a de saber se nos livra do malfadado governo de Sócrates, nos próximos anos
A grande armadilha de um líder do PSD é tentar "pôr o partido na ordem". Os militantes do PSD não são a ordeira carneirada do PCP. Têm ideias, objectivos, ambição, ego e falam, barafustam, criticam, conspiram. São assim e ponto. Tentar "domesticá-los" é gastar energia num objectivo inútil e pernicioso. O líder deve apresentar um plano para ser poder que seja credível aos olhos dos eleitores. Se conseguir isso os militantes apoiam-no, se não, correm com ele. E assim é que deve ser. Um partido deve constituir uma forte barreira de qualidade a um candidato a cargos públicos. No PSD não adianta falar para dentro do partido. Como dizia um comentador esse partido não é para meninos. Não perdoa incompetência nem se deixa conquistar com conversa para dentro. Menezes sabe bem isso: teve a sua hipótese e foi corrido por manitesta incompetência: não conseguiu apresentar-se como um líder para o país logo o PSD não o quis para seu líder. Quanto à sucessão muito disparate foi e continua a ser dito no comentário político: crise não é correr com Menezes, crise é mantê-lo! Quantos à avaliação das personalidades os avençados do contra já começaram o elogio fúnebre a Menezes, depois de o insultarem de lélé da cuca para baixo enquanto presidiu ao partido, apontando agora as armas aos candidatos: primeiro não havia, agora há demais; os mais novos são aprendizes; os mais velhos são do sistema; os que ocuparam cargos foram uma nódoa; os que não ocuparam não têm experiência. Convenhamos que a oposição à oposição vive dias de amarga falta de ideias e retórica oca.
Estas tensões são clarificadores e de qualidade selectiva. Só os mais fortes sobreviverão e isso é importante para o país. A guerra no seio dos partidos é por isso algo de positivo. Os imperadores romanos ou os ditadores é que tiveram outros instrumentos para calar a dissensão interna...
As eleições directas nos principais partidos, vão cada vez mais colocá-los nesta situação. Ganha o discurso, não ganha a competência ou a coerência. No PS irá, concerteza passar-se o mesmo. Desta vez safaram-se porque não foram "directas", foi o aparelho que elegeu José Socrates assim como foi o aparelho que candidatou Mario Soares a Belém.
Meteu dó ouvir no Prós e Contras, aquela senhora ex-PCP a falar, culpando a imprensa pela queda do Filipe Menezes. O Menezes caiu por culpa própria ( era perfeitamente surrealista ), e por culpa da elite do partido, que resolveu ( e bem ), por fim a uma direcção perfeitamente aberrante. Por a culpa na imprensa, é esquecer os constantes ataques feitos a Socrates ( esquadrinharam-lhe a vida toda), nomeadamente quando a imprensa fez "eco" de boatos sobre a sua sexualidade. Mais grave que isto...
O PSD está sem comando, sem rumo, sem leme, sem motor e sem com bustível. Este barco está à deriva desde Cavaco Silva. E isto não é um elogio ao Sr. Silva como lhe chama o AJJ, aos pés de quem na recente visita turistica de uma semana à Madeira abdicou da sua qualidade de supremo representante na Nação Portuguesa. O Sr. Silva desertificou o partido como fazem os eucaliptos e como alguém há alguns anos. À volta do Sr. Silva não nasce nem cresce nada, é o deserto. Durão viu o caso mal parado, foi-se embora, Santana/Portas (a "má moeda"), cujos malefícios andamos a pagar, tiveram de ser demitidos para não fazerem mais mal ao país. Marques Mendes que manteve o partido em bom rumo foi substituído pelo catavento LFM. Andou-se de cavalo para burro. O LFM, sentindo-se incompetente para orientar este barco, meteu o rabo entre as pernas e regressou a Gaia de onde não deveria ter saído. E agora, vem a MFL? Este já é um filme muito visto e gasto, cheio de cortes e emendas que o país não quer voltar a ver, até pelos defeitos de montagem que já se lhe conhecem. O deserto continua e avança!...
Pois é! Só que dantes não havia a comunicação social de hoje...Os jornalistas deviam saber (e sabem, só que querem fazer de nós parvos)que as circunstâncias mudaram. Só um demente persistiria em lutar contra os que no partido têm acesso à comunicação e que, na maioria, lhe são adversos e contra a própria comunicação social. Isto, independentemenete, de qualquer juízo que se pudesse vir a fazer sobre os projectos e capacidades do Dr. Luís Filipe Menezes que, obviamente, só pudémos conhecer pela constante busca de incoerências nas suas afirmações feita pela comunicação social. Para um jornalista poder dizer que o rei vai nú tem que trabalhar para o Público e mesmo aí tem que ter cuidado...
O PSD é um partido de oportunistas. Nenhum dos actuais candidatos, e parece que Santana Lopes se volta a recandidatar, inspira confiança. A Drª Ferreira Leite já esta fora da validade. O PSD, tal como o país, precisa de um lider que tenha um projecto para os próximos 10 anos. Apesar de Alberto João Jardim dizer as vezes alguns disparates, ele tem obra feita.Só é pena que no Continente não recolha apoios suficientes para se candidatar a líder do PSD. Arrumava a casa, acabava com os barõezinhos e punha alguma dinâmica num partido moribundo.Enquanto isso Sócrates deve-se agarrar à barriga todos os dias a pensar quem irá ser o novo líder da oposição.
Só quem não quer ou quem não pensa é que não vê. Toda esta campanha contra Menezes tem o dedo invizível de Cavaco. O lançamento da Ferreira Leite é ideia dele. Se esta vier a ganhar as eleições, primewiro do PSD e depois as legislativas, Cavaco, o maquiavélico, vaidoso e ambicioso que sempre foi e que todos conhecemos, será, simultaneamente, Primeiro Ministro e Presidente da Republica uma vez que M. Ferreira Leite não tem luz própria. Sempre foi, e continuará a ser, uma simples marionete dos interesses e das ambições cavaquistas. Teremos, então, um presidencialismo de facto, embora não de Direito.Deus nos livre de tal desgraça.
Haverá alguma desgraça maior do que esta em que vivemos? Qualquer coisa que venha, é sempre melhor do que esta que nos trouxe o Sampaio!Ainda bem que há este alarido no PSD, porque senão os pobretas dos socialistas não tinham com que amolar os dentes nem podiam disfarçar o que de mal têm feito ao povo português. É que os socialistas querem-se fixar eternamente no Governo, para ver se conseguem arranjar tacho para todos! O melhor que eles fazem é mandar matar todos os que têm ideias diferentes das deles! Eles querem comer tudo e não deixar nada para os outros. Estão para aí a falar de divergências no PSD, por acaso lembram-se porque surgiu o PRD? Ou ainda não tinham nascido? Cambada de lavandeiras!
Antes Cavaquismo que socreti(ni)smo! É isso que está em causa no PSD - de se ter uma alternativa que vá para além dos correntes 'zeligs' que nos governam. O problema do PSD é que a contrapor a este governo malabarista tinha uns pantomineiros sustentado por uma trupe de candidatos a tachos futuros (neste último caso, pouco se distingue do PS...). Espera-se só que apareça alguém que diga que a politica não tem de ser feita em moldes de circo. Do acima dito, será obvio em qual opção se deve colocar o Dr. Meneses
Já que falam tanto de ideologia do PSD, qual é a ideologia do PS ? Um partido da "Esquerda Moderna" como o Dr. José Sócrates gosta de afirmar mas que governa como Centro-Direita para agradar a Gregos e Troianos. Isto é que é ideologia política ? É que nem o fundador do partido Socialista, o Dr. Mário Soares se revê nesta politíca e ideologia. Deixem-se de tretas ...
Embora haja de reconhecer a necessidade de um enorme esforço de concentração para sair de um ambiente ataviado de ligas e decotes e nos intervalos, suponho, entrar a discorrer sobre concepções das políticas liberais e dos fenómenos das fúrias das ventanias, Domingos Amaral despertou curiosos comentários. Do ponto de visto didáctico, isto é, para quem iniciou os primeiros passos e ao cabo de 34 anos ainda não passou do mesmo sítio, são um primor de elucidação por um lado, uma tristeza permanente e bolorenta por outro e ainda, a constatação de que a mentira incessantemente repetida, acaba por ter-se como verdade. Faz parte filosófica das cartilhas que já implodiram em estilhaços e imergiram nos subsolos da vergonha por força pezo da negação e do asco. Aqui neste rectângulo assaltado ainda continuam todavia, certamente com a esquisita e inacreditável missão de nos manterem indeterminadamente no Cu da Europa. Eu acho que não vão conseguir...
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