Pacífico
"Eureka! Foi publicada uma tabela internacional na qual a avaliação de Portugal é positiva. Verdade! Portugal é um dos países mais pacíficos do mundo. Mas será?
O índice de pacifismo é medido pelo Instituto australiano para a Economia e a Paz em função de 24 critérios. E a boa cotação de Portugal deve-se à classificação obtida em ‘itens’ como a contribuição do país para as missões de paz da ONU – abstraindo as contribuições do país para as missões de guerra, ocupação, destruição e saque por conta de aliados –, a ameaça terrorista e o nível de criminalidade.
O peso do nível de criminalidade na classificação de Portugal deve ter-se feito em função de dados martelados. Em Portugal, no ano de 2007, foram participados diariamente às diversas forças policiais 1073 crimes, o que não é propriamente o cenário de um país pacífico. Nestes crimes contam-se os casos de violência doméstica que configuram já um cenário de guerra civil, com mais de 22 mil crimes em 2007: violência sobre crianças e idosos e maus-tratos ao cônjuge, em particular às mulheres. Só nos primeiros três meses do corrente ano 17 mulheres foram assassinadas por maridos, namorados ou ex-companheiros e outros familiares, a tiros de pistola ou caçadeira, com facas ou machados, à vassourada, à paulada, a murro ou a pontapé.
Felizmente para o bom-nome de Portugal outros índices caíram no esquecimento para efeitos de classificação, entre os quais a taxa de atropelamentos mortais sobre passadeiras para peões, a violência nas escolas, os “seguranças” das noites, o ‘carjacking’ e outras novidades em voga. E assim, seja como for, o título de país pacífico deverá encher os portugueses de orgulho. E se alguém duvidar ou desconfiar, leva."
João Paulo Guerra
O índice de pacifismo é medido pelo Instituto australiano para a Economia e a Paz em função de 24 critérios. E a boa cotação de Portugal deve-se à classificação obtida em ‘itens’ como a contribuição do país para as missões de paz da ONU – abstraindo as contribuições do país para as missões de guerra, ocupação, destruição e saque por conta de aliados –, a ameaça terrorista e o nível de criminalidade.
O peso do nível de criminalidade na classificação de Portugal deve ter-se feito em função de dados martelados. Em Portugal, no ano de 2007, foram participados diariamente às diversas forças policiais 1073 crimes, o que não é propriamente o cenário de um país pacífico. Nestes crimes contam-se os casos de violência doméstica que configuram já um cenário de guerra civil, com mais de 22 mil crimes em 2007: violência sobre crianças e idosos e maus-tratos ao cônjuge, em particular às mulheres. Só nos primeiros três meses do corrente ano 17 mulheres foram assassinadas por maridos, namorados ou ex-companheiros e outros familiares, a tiros de pistola ou caçadeira, com facas ou machados, à vassourada, à paulada, a murro ou a pontapé.
Felizmente para o bom-nome de Portugal outros índices caíram no esquecimento para efeitos de classificação, entre os quais a taxa de atropelamentos mortais sobre passadeiras para peões, a violência nas escolas, os “seguranças” das noites, o ‘carjacking’ e outras novidades em voga. E assim, seja como for, o título de país pacífico deverá encher os portugueses de orgulho. E se alguém duvidar ou desconfiar, leva."
João Paulo Guerra
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