Seis anos de esvaziamento das expectativas dos portugueses
"A maior consequência do modesto crescimento previsto para a economia portuguesa em 2008 e 2009 – bem abaixo do esperado há um ano – será no emprego.
Vários economistas alertam para o facto de este enfraquecimento da actividade colocar em causa a previsão de descida do desemprego defendida na semana passada pelo ministro das Finanças – a criação de emprego será menor (também na Europa, avisou ontem Bruxelas) e o desemprego continuará alto. Este agravamento das condições de vida de muitos portugueses não faria seguramente parte dos planos do Governo, que está a menos de um ano e meio das eleições. O défice das contas públicas está controlado, mas isso diz pouco a muitas pessoas – é certo que a oposição do PSD, por agora em escombros, irá pegar neste ponto (Ferreira Leite e Passos Coelho já deram sinais claros). Do ponto de vista político Sócrates tem, contudo, um ponto favor: desde o célebre discurso da tanga de Durão Barroso, em 2002, a política económica tem esvaziado por completo as expectativas dos portugueses. Quando já ninguém acredita, a desilusão com a realidade é menor. "
Bruno Faria Lopes
Vários economistas alertam para o facto de este enfraquecimento da actividade colocar em causa a previsão de descida do desemprego defendida na semana passada pelo ministro das Finanças – a criação de emprego será menor (também na Europa, avisou ontem Bruxelas) e o desemprego continuará alto. Este agravamento das condições de vida de muitos portugueses não faria seguramente parte dos planos do Governo, que está a menos de um ano e meio das eleições. O défice das contas públicas está controlado, mas isso diz pouco a muitas pessoas – é certo que a oposição do PSD, por agora em escombros, irá pegar neste ponto (Ferreira Leite e Passos Coelho já deram sinais claros). Do ponto de vista político Sócrates tem, contudo, um ponto favor: desde o célebre discurso da tanga de Durão Barroso, em 2002, a política económica tem esvaziado por completo as expectativas dos portugueses. Quando já ninguém acredita, a desilusão com a realidade é menor. "
Bruno Faria Lopes
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