terça-feira, junho 03, 2008

A hora de Manuela

Manuela Ferreira Leite não pode adiar por mais tempo a destruição dos monstros estatais que comem tudo e não deixam nada”.

A tarefa não é fácil. Pode dizer-se mesmo que é ciclópica. Manuela Ferreira Leite tem um ano e meio para mostrar que consegue fazer do PSD uma alternativa real ao PS de Sócrates. Os resultados obtidos nas eleições de sábado valem o que valem e não vão ter qualquer relevância na forma como o partido laranja vai encarar a liderança de uma senhora séria, credível, que prometeu aos militantes do PSD e aos indígenas experimentar falar verdade, algo que anda muito arredado da política do sítio há anos e anos.

Como se viu, aliás, nas últimas eleições legislativas em que o PS e Sócrates optaram por esconderdoscidadãoso que realmente pretendiam fazer no Governo do sítio, independentementedas medidasereformas,ou pseudo-reformas, tomadas nestes três anos serem absolutamentenecessárias. Manuela Ferreira Leite prometeu mais aos militantes do PSD e aos indígenas. Recusa fazer a política espectáculo, cheia de plasticina, de falsidade e que chega a ser obscena para quem vive mal, cada vez pior, para os pobres, muitos, para os desempregados, para os jovens que são atirados das universidades para o desespero e para os que não têm qualquer perspectiva de vida neste sítio hipócrita, salazarento e cada vez mais mal frequentado.

Os comentadores, politólogos e analistas falam de uma vitória num PSDdividido. Nada disso será verdade se Manuela Ferreira Leite conseguir fazer uma oposição coerente, séria e alternativa ao PS e ao desgastado e aflito Governo de Sócrates. Nada disso será verdade se os militantes laranjas perceberem que o PSD consegue descolar nas sondagens e ameaçar não só a maioria absoluta dos socialistas como o poder arrogante e autista do secretário-geral do PS.

Se o cheiro do poder invadir o universo laranja, então a liderança de Manuela Ferreira Leite conseguirá impor-seasantanistas, menezistas, mendistas e a todos os ismos que foram crescendo no PSD em tempos de vacas magras, governações falhadas e políticas erráticas.Mas Manuela Ferreira Leite não pode cometer o suicídio de colocar o PSD à esquerda do PS. É verdade que o sítio vive um momento crítico do ponto de vista social. Mas entalar o PSD entre a esquerda retrógrada e o PS seria um erro fatal.

A posição humanista e social-democrata de Manuela Ferreira Leite não pode esquecer a economia real, o mercado e a verdadeira concorrência. E não pode adiar por mais tempo a destruição dos monstros estatais que comem tudo e não deixam nada
."

António Ribeiro Ferreira

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