segunda-feira, julho 07, 2008

Parbens Mestre !


José Alfredo Vilhena Rodrigues (Freixedas, Pinhel, 7 de Julho de 1927 - ), escritor, pintor, cartoonista e humorista português. Frequentou a Escola de Belas-Artes do Porto, mas não chegou a concluir o curso de arquitectura.

Filho de professora primária e de proprietário agrícola, passa a sua infância na pequena terra das Freixedas, perto da cidade de Pinhel. Aos dez anos de idade foi estudar para Lisboa, indo no meio da sua adolescência para o Porto, onde realizou um ano de tropa. Cursa arquitectura na Escola de Belas-Artes do Porto, mas fica pelo quarto ano, já que começa a desenhar para jornais.

Fixa-se em Lisboa, na zona do Bairro Alto, onde desenha cartoons para os jornais "Diário de Lisboa", "Cara Alegre" e "O Mundo Ri" durante os anos 50. Publica em 1956 Este Mundo e o Outro, a sua primeira colectânea de cartoons, e em 1959 Manual de Etiqueta, livro de textos humorísticos.

Durante os anos 60 a sua actividade de escritor desenvolve-se. Com o fim da revista "O Mundo Ri", publica uma grande quantidade de livros com textos humorísticos. Esses seus mesmos livros e desenhos, muitos deles usando a Censura como tema de paródia, provocaram-lhe problemas com a polícia, mais concretamente com a PIDE, que lhe apreendeu constantemente escritos e lhe causou três estadias na prisão, em 1962, 1964 e 1966. Isso tornou-o muito popular na época. Até ao 25 de Abril de 1974 Vilhena redigiu cerca de 70 livros.

Após a Revolução de Abril Vilhena publica os fascículos periódicos Grande Enciclopédia Vilhena e lança a 15 de Maio do mesmo ano o primeiro número de Gaiola Aberta. Esta revista de textos e cartoons humorísticos foi mantida por ele durante vários anos, satirizando a sociedade da época.

Um interregno de quatro anos ocorreu depois devido a uma fotomontagem que envolvia a princesa Carolina Grimaldi, da qual foi alvo de processo de que se defendeu com sucesso. Já não teve o mesmo sucesso com o caso que a jornalista Margarida Marante lhe moveu. Contudo, longe de se intimidar com os diversos processos de que foi alvo, publicitava-os no seu site.

Vilhena volta assim com O Fala Barato, numa primeira edição em forma de jornal e mais tarde em revista. Depois de deixar de ser publicada seguiu-se O Cavaco e mais recentemente O Moralista.

Nota do “editor” : as suas publicações cumprem na perfeição o que o seu autor pretende delas : fazer rir ! “A caneta dos amantes”, “A vaca borralheira”, “A vingança do filho da mãe” ou “O diabo e a carne”, entre tantos outros bastam como exemplos de pérolas humorísticas.




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