quarta-feira, agosto 20, 2008

O IMPORTANTE É QUERER GANHAR, MESMO.

"Carlos Lopes foi prata em Montreal. Só nós, portugueses, nos lembramos porque foi a primeira medalha olímpica portuguesa no atletismo. Mas os desportistas de sofá de todo o mundo, desse Montreal, 1976, na prova de 10 mil m, lembram-se é de um haitiano. Chamava-se Olmeus Charles e participou na eliminatória que Lopes ganhou. O nosso campeão concluiu a prova em 27 minutos e qualquer coisa, e seguiram-se quase todos os outros, também em bons tempos. Quase, porque faltava um, Olmeus: o estádio e o mundo ficaram agarrados às seis voltas ao estádio que ele deu sozinho, demorando 420.11 para concluir! Foi muito aplaudido porque o julgaram exemplo do verdadeiro olimpismo (o importante é competir, blá-blá-blá...) Na verdade, ele era um amigo do então ditador do Haiti, Baby Doc Duvalier e só por isso competia. Os Jogos Olímpicos não são para amadores, são para amantes do querer ganhar (mesmo quando não ganham). À atenção de alguns dos nossos atletas. "

Ferreira Fernandes

7 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Creio que o que o senhor presidente do COP disse é que não se recandidatava a presidente do COP. Digamos que não é uma decisão particularmente surpreendente se atendermos à razão entre o investimento nesta participação e os resultados obtidos. De facto, a única coisa interessante é o senhor presidente do COP ter-se lembrado de anunciar a sua sapientíssima não-recandidatura mesmo a meio dos JO. Seria difícil escolher melhor momento: dada a prestação da delegação portuguesa, em qualquer outro nem seria notícia.

quarta-feira, agosto 20, 2008  
Anonymous Anónimo said...

O Espírito Olímpico sempre foi objecto da minha maior admiração. Em circunstâncias normais, ganham os melhores. Ou seja, quem salta mais alto, quem tem mais força, quem corre mais rápido. Salvo raras excepções, Portugal não tem habilitações ser o melhor, para concorrer com os outros países. Os orgãos responsáveis não apostam no desporto de uma forma coerente e a opinião pública só se lembra dele de 4 em 4 anos. E, de facto, que se salvem as raras excepções. Como Naíde Gomes, Nelson Évora, Vanessa Fernandes. Atletas com provas dadas, com títulos ganhos. Porque é de títulos que se fala. Não de "quase títulos". Infelizmente, somos um país do "quase". Não apostamos racionalmente no desporto e "quase que ganhamos". Os apoios deve estar presentes durante a preparação. Há atletas que treinam sozinhos e quando perdem, todos criticam. É fácil demais. Para estes atletas que se sacrificam diariamente, estar nos Jogos é já uma vitória. Não podem ser todos candidatos a medalhas, apesar de acreditar que esta honra deve estar acima de qualquer conformismo ou menor brio profissional que infelizmente se verifica em algumas declarações. É hora de repensar o que queremos para o desporto nacional.

quarta-feira, agosto 20, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Pelos comentários que li, admiro-me como é que, nestes e em Jogos anteriores, obtivemos medalhas. Tipicamente de portugueses, se algo corre mal, aí estão eles no bota, ainda mais, para baixo. É o mais fácil e não é preciso pensar muito,critica-se. Mas,é precisamente nestas alturas, que é necessário dar ânimo e apoio aqueles que, por razões diversas, não obtiveram os resultados que esperavam. Aqueles que aqui só sabem criticar, quem sabe, alguns coitados nunca se disponibilizaram a dar alguma coisa pelo País, esperam, isso sim, que o País faça alguma coisa por eles. As criticas sistemáticas, os assobios nos estádios a alguns atletas, etc, só lhes causa angustias quando regressam às competições. Tenho a certeza que a todos estes criticos, de meia tigela, já lhes aconteceu cometerem erros, ou viverem dias menos bons. É nesses momentos que sentimos o doce sabor de um apoio, ou um gesto de compreensão e carinho de outros. Só a falta de nível, ou o gostar de ser "Maria vai com todas todas", que alguns se prestam a comentários, alguns até nojentos, que, se pensassem duas vezes nunca os teriam feito. Aos atletas que representaram Portugal desejo os maiores sucessos no futuro. Um abraço...

quarta-feira, agosto 20, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Minha gente, não deve ser alheia a esta posição a decisão do Gustavo Lima de abandonar a carreira depois de ficar em 4º lugar. Ele deixou bem claro que depois do esforço todo que teve para estar ao melhor nível nos últimos 3 jogos olimpicos, estava farto de ouvir comentários sobre o profissionalismo dos atletas e sobre os impostos que os portugueses pagavam para os ter lá! E o comentário da Naide Gomes a dizer que "nenhum atleta foi brincar aos Jogos" também foi bastante claro. É imperdoável este tipo de comentários de um responsavel da comitiva que deve defender os atletas, e não por-lhes pressão adicional para cima. Fez muito bem em demitir-se. Tenho vergonha deste país em que ninguem defende os seus próprios atletas!

quarta-feira, agosto 20, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Os jogos ainda não acabaram, mas já se pode fazer o saldo que é globalmente... Negativo! Mas permitam-me que não fale aqui dos maus resultados, pois dos fracos não reza a História e a eles não se deve dar qualquer relevância.. Ao contrário, Vanessa Fernandes, é um exemplo. Um exemplo para os mais jovens que começam agora a praticar desporto nas mais diversas modalidades e potenciais campeões aos quais lhes foi mostrado que o trabalho e o empenho aliado ao sonho fazem um campeão.. Um exemplo para a classe politica que deveria apostar mais numa politica de desposto sólida e sustentada com benefícios para a sociedade em geral... Um exemplo para os clubes que teimam em apostar só no futebol, não por que nos traga mais glórias senão porque possibilita mais lucros para distribuir e compartir. Os atletas reflectem o actual estado do país, com muitos desejos mas pouca vontade de ganhar e de chegar mais além... Vanessa Fernandes (pelo seu resultado) e Nélson Évora (pelo seu discurso, vd na edição hoje do Público) são excepções, as quais, esperemos que num futuro a médio prazo possam contribuir para que outros atletas tragam triunfos e glórias para eles próprios e para o País...

quarta-feira, agosto 20, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Caso não saibam este cargo é serviço voluntário! O presidente do COP têm feito um trabalho extraordinário com os recursos que dispõe. É fácil criticar os atletas e o COP mas quantos de voces têm realmente a noção do que é participar nos jogos olímpicos? Ir a pequim não é jogar pelos solteiros e casados no domingo a tarde. Devemos todos demonstrar mais respeito pelos atletas e pelo esforço e dedicação demonstrada. Se calhar eles pecam pela ingenuidade se calhar ao contrário das equipes de futebol e selecções não têm todos apoio psicológico ou centros de Estágio XPTO como modalidades como o futebol dispõe! Quantos dos atletas presentes em Pequim podem se dedicar a 100% as suas modalidades? Temos infra estruturas...e já agora pq não dizer assessoria de imagem para dizer sempre o correcto na hora certa? Parabéns COP, Parabéns Vicente de Moura, parabéns atletas (obrigado por colocarem, estudo, família, namoradas, diversão, amigos, noitadas de parte para representar portugal)

quarta-feira, agosto 20, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Como Português e sabendo desde já, que não é facto de ele se demitir que alguma coisa vai mudar, outros iguais ou piores vão surgir, é este o problema dos paises atrasados economicamente, socialmente e claro desportivamente, a nossa falta de cultura desportiva juntamente com a inexistencia de uma politica desportiva de fundo, bem estruturada e apoiada, faz com que os nossos atletas fossem passar umas boas férias a Pequim, e advinhem com os euros dos contribuintes, depois acontecem coisas que só acontece a quem é mesmo, mas mesmo atrasado, o nosso atleta da equitação, o cavalo assustou-se com um painel de publicidade, e imagine-se foi o unico a acontecer tal coisa, bem até eu fico triste só de estar a escrever isto.

quarta-feira, agosto 20, 2008  

Enviar um comentário

<< Home

Divulgue o seu blog!