quarta-feira, agosto 27, 2008

Os salários

"Segundo notícias de ontem, o Benfica oferece a Luis García um salário mensal a rondar os 284 mil euros, qualquer coisa como 57 mil contos na moeda antiga.

O negócio arrasta-se quando há negociações porque, às vezes, nem negócio existe. Apenas “circo”. Alternativas nascem como cogumelos porque há muitos jogadores, há empresários e a valorização dos “activos” através dos jornais alimenta a expectativa.

Reyes é, agora, o futebolista mais bem pago do plantel benfiquista: 220 mil euros (44 mil contos). Significa que o Benfica decidiu aumentar a sua folha salarial, independentemente da responsabilidade de exigir ao atleta espanhol rendimento compatível com o ordenado e outras compensações.

Pablo Aimar aufere 150 mil euros (30 mil contos) e Carlos Martins “quadruplicou o salário que tinha no Sporting”, ganhando agora 24 mil contos.

Se é verdade que o Benfica necessita de aumentar a qualidade do seu plantel e não sendo absolutamente certo que isso só se faz através do pagamento de salários muito altos (o inflacionamento dos passes dos jogadores não é uma realidade de hoje e poucos se preocupam com isso porque há muita gente, no futebol, a quem essa situação interessa, sob o pífio controlo de alguns Governos sobre as operações de transferência, na sua vertente fiscal e do ponto de vista da verdade em relação às verbas declaradas), a gestão de um balneário que sofre um abalo desta natureza não é fácil. Luisão e Katsouranis estão satisfeitos?

Acresce a “coincidência” do interesse (?) de vários clubes “ingleses” na contratação de Di María. Parece mais evidente que o Benfica tem jogadores a mais para os flancos. Se o argentino custou (no total) 8 milhões, como se pode recusar uma proposta (real?!) de 20?

O Benfica não pode continuar a contratar sem vender, embora me pareça que Di María pode ser o melhor flanqueador entre as soluções por ora apresentadas. Má decisão, portanto, se a atracção por Reyes e Urreta corresponder à desvinculação de Di María.

Estas contratações só podem acontecer através do financiamento dos bancos e da reestruturação do serviço da dívida. É um jogo perigoso
."

Rui Santos

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