E se por cá acontecesse o mesmo? Que solução?
Siegfried Naser, presidente das associações das caixas económicas bávaras -Bayerischen Sparkassenverbandes - calcula as necessidades de capital do BayernLB entre EUR 3 a 5 mil milhões/bilhões (mm/bi), noticia a edição online do diário da Baviera, Süddeutschen Zeitung.
O banqueiro forneceu a estimativa durante uma reunião entre os partidos encarregados de formar a coligação governamental no estado federado do sul da Alemanha - CSU (cristão) e FDP (liberal).
O futuro ministro-presidente da Baviera, Horst Seehofer, pediu a informação para avaliar o grau de viabilidade de uma intervenção estadual na salvação do principal banco regional.
O banco é detido em parte iguais pelo Estado e pelas Sparkassen estaduais.
Fontes do jornal informaram que os problemas do banco resultam da exposição a instrumentos derivativos relacionados com os créditos hipotecários de alto risco - subprime - norte-americanos.
A crise, porém, levanta um problema: o BayernLB, por ser um banco público, não pode legalmente candidatar-se aos apoios do multimilionário programa do governo federal para recapitalizar a banca privada.
Nem os bancos regionais nem o Estado da Baviera dispõem de recursos próprios para salvar a instituição bávara.
Neste momento, cresce a pressão sobre Berlim para alargar os apoios federais aos segmentos não privados do sistema financeiro, designadamente os controlados pelos governos e bancos regionais.
“Exigimos tratamento igual para todos”, afirmou Hans Schaidinger, presidente da câmara de Regensburg e da associação dos municípios.
MRA Dep. Data Mining
8 Comments:
Não desanime ! Daqui por 10 anos cair-nos-á outra crise em cima. São cíclicas e seguem os hábitos das andorinhas. Com o cheiro a Primavera e a música de Vivaldi, voltam sempre. Sabia que o HSBC não paga tão "bem" como os restantes concorrentes ? Que os banqueiros foram "inocentes" ? Agora o que resta disto tudo é que o PM britânico soube montar o "cavalo" e o resto da rapaziada ainda nem as rédeas agarrou !
Como é que pode acabar o capitalismo e o "liberalismo", se agora até os banqueiros estroinas têm protecção dos estados? Melhor, só a "ditadura do proletariado" chinesa, que colocou exércitos de trabalhadores mal pagos a encher o bolso dos financeiros globais.Mudanças ? Onde está o "bloco politico"para a provocar?
1. Hoje, dia 19 de Outubro de 2008 ( agora é melhor colocar datas nos comentários), ainda não se sabe bem a natureza e a extensão da "crise". 2. Mas, aparentemente, já se podem tirar algumas conclusões "provisórias" : a) apenas algumas "élites" já perceberam bem os contornos do que aí vem nas próximas semanas; b) as classes médias ainda mantêm a calma e no fundo sentem algum prazer em ver as dificuldades do andar de "cima", esquecendo-se de que os problemas serão oportunamente "transferidos" para os pisos "inferiores"; c) a economia de mercado persistirá, embora com mais controle e supervisão, quer nacional, quer comunitária quer global; d) a Globalização vai-se acelerar,com novos reajustamentos globais e com novas Instituições Globais de Controle e de Supervisão num quadro de Concertação Global, sob forte influencia da EUROASIA ; e) Esta "crise" vai mostrar as debilidades "nacionais" e vai demonstrar a necessidade de MAIS EUROPA num MUNDO MULTIPOLAR ( UE+EUA+Canadá+BRICs;) f) A resposta coerente e forte da UE-27 foi positiva, com a atempada criação duma "celula de crise financeira" e dum GRUPO DE REFLEXÃO para fazer propostas para o FUTURO DA UE nos anos 2020, sob a presidencia do Sr. Filipe Gonzalez, ladeado por grandes personalidades europeias; g) Agora importa DECLINAR a nível nacional propostas concretas para reajustar as economias e refinanciar certos subsistemas (vg,em França,o Fundo de Reserva das Pensões que garantia 20 anos de pensões estava com 31 mil milhões de euros e METADE era constituida por acções...); h) Os critérios de avaliação do risco vão ser mais rigorosos e as sanções sobre certas actividades de rating e de controle vão ser mais severas; i) Os Eleitores vão sancionar os politicos que aplicam os dinheiros publicos em projectos sem retorno. Vai aparecer por toda a parte um palavrão : ACCOUNTABILITY; j) O elogio da poupança e duma certa frugalidade vai voltar à actualidade.
Algumas pessoas fazem-me lembrar aquela fábula da galinha que, quando um grão de milho lhe cai na cabeça, desata a berrar que o mundo está a acabar. Não aceito, por exemplo, que esta crise seja tão grave como a de 1929. As pessoas não têm memória ou não estudaram aquela crise (terrivel). Não, não é o fim do capitalismo (nunca poderia ser) nem mesmo do liberalismo. Mas que o mundo ocidental estava dominado por um liberalismo selvagem e que o pêndulo agora vai oscilar para o lado contrario, disso não tenho dúvidas. E ha outra coisa de que não se fala: esta crise é a machadada final na hegemonia dos EUA. A seguir vem a indústria automóvel e depois se verá. O deficit e a dívida externa são enormes. O plano Paulson, embora necessario, vem agravar.
Claro que o mundo não vai acabar, nem é agora que o Louçã vai finalmente assumir as rédeas do poder. Mas uma coisa é certa: desde 1711, ano do início de uma história rocambolesca que ficou para a história com o nome de Bolha dos Mares do Sul, que a treta das crises financeiras é sempre a mesma: ciclo em alta, dinheiro a rodos, especulação a escaldar e no final da festa: pfffff...desaparece o balão das mãos da criança reduzido a uma pelica sem préstimo!!! Leiam-se as histórias de 1907 e de 1929 mais as de 1987 e de 2001: crédito sem correspondência com a economia real, acções a valerem o triplo do seu valor contabilístico, "donas de casa" nas bolsas, etc etc etc. Sempre a mesma história, sem tirar nem pôr. Usura, ganância, falta de controle e falta de senso porque o sobe tem de descer um dia. Já se viu que o pessoal não aprende nem quer aprender. A bolha das dot.com foi ante-ontem, mas o pessoal já a tinha esquecido. Parecem cãezinhos de Pavlov cada vez que lhes cheira a dinheiro fácil. Assim, meus amigos, um dia destes esta coisa vai mesmo ao charco! Os dirigentes mundiais que se deixem de conversa fiada de uma vez por todas e que pensem a sério em acabar com as off-shores, em instituir uma Taxa Tobin que doa fundo aos especuladores e agiotas de todo o mundo e que façam com que o dinheiro em circulação não seja mais do que o necessário para o correcto funcionamento da economia. Porque se não o fizerem, daqui a nove aninhos cá terão de novo a visita da inefável senhora... até ao dia em que 1929 se repita com enorme estrondo. Dizem que será lá para 2037. Será???
Por aqui, no nosso burgo, tem realmente sido bolsado muito disparate.. Imensa gente que vertia rios de tinta a dizer uma coisa, agora gasta toneladas de papel para afirmar o contrário.. Os que são excepção são aqueles que podem ser avaliados pelas práticas.. por aquilo que sempre pugnaram e sempre fizeram, mesmo quando andava tudo ensandecido com a ganância das derivações dos derivados e afins.. Querem exemplo? Olhem para o Montepio e equipa dirigente do mesmo.. do malogrado Costa Leal, passando por Silva Lopes e acabando no actual Tomás Correia, todos de postura discreta, todos com gestão prudente das poupanças que são confiadas a tal Instituição.. Nenhum dos clientes do Montepio está em pânico, os produtos de poupança de tal Instituição merecem confiança e não fizeram perder dinheiro, o tratamento dado a quem lá entra é equitativo seja para com os milhões como com os tostões.. Mas, ninguém fala nisso, ninguém se importa.. os "banqueiros" do Montepio não são mecenas de Óperas, não andam em entrevistas a qualquer "jornalista" de qqer pasquim e não saem nas revistas cor-de-rosa.. Felizmente.. felizmente houve gente assim ao longo dos tempos de louca rapina em alto mar.. agora podem permanecer tranquilos quando todos são empurrados para as rochas nos tempos de turbulência com forte rebentação
Não houve desregulação, os Reguladores jogam golf com os Banqueiros, com os Auditores e com as Agências de Rating. Aliás, na Enron/ Arthur Anderson foi também esse o problema. Curiosamente, diz que o goveno Americano é incompetente e que o governo Britânico é fraco, mas não se refere à União Europeia. Memória selectiva, não vale. E a Islândia, não é uma social democracia bem sucedida?
A história pode-nos ser de alguma utilidade para compreendermos o que se passa actualmente: se compararmos a crise de 1929 com a crise actual, a grande diferença é que em 29 os banqueiros tiveram a decência de se atirarem pelas janelas ... sem para-quedas (dourados) e hoje é o que se vê, todos agarrados às "saias" do Estado. Em todo o caso, vamos agora assistir a um passo de gigante no processo de concentração do capital financeiro. Quem sabe, a próxima é que vai ser...
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