sábado, novembro 22, 2008

A vergonha e a nausea numa nova forma de estado...

Hoje e amanhã Portugal e os Portugueses, estão a sofrer pelo simples facto de acreditarem que as promessa são para cumprir.
Um miserável golpe de estado feito por um Presidente da República em exercício, não abalou nem fez eco, e, a anormalidade desse acto, onde um governo legítimo, todos os dias vilipendiado pela comunicação social, a soldo de grupos económicos e interesses partidários e pessoais, em conluio, achou normalíssimo, substituir um homem, todos os dias e em todos os actos, perseguido por esse mesmo Presidente da República e pelos seus aliados de conveniência, muitas vezes em matérias que hoje seriam ridículas, e eram-no na altura, fazendo hoje, parecer ainda mais grotesco, manter em funções um Governo e vários órgãos de soberania, incluso o próprio e actual Presidente desta República.
Falo na actuação da justiça tardia, na justiça emendada pela mão do bloco central para acudir aos crimes de lesa Pátria a que os Portugueses com letra grande, assistem com espanto e estupefacção, tal a voragem dos factos e a velocidade a que se desenrolam.
O caso BPN é um exemplo de uma “coisa” que muita gente conhecia, incluso, quem deveria investigar e levar à justiça, em tempo, e que a entidade reguladora deveria e não poderia dizer que não conhecia.
Os figurões envolvidos devem ser de facto muitos, de tal forma que poder-se-ia pensar se existe aqui, neste sítio mal frequentado, uma democracia ou uma daquelas coisas a que dificilmente se pode chamar de democracia.
Diria que Portugal é um narcoestado.
Não!... Não fiquem assustados os que pensam que me refiro apenas àquilo que estão a pensar, refiro-me ao total estado de dormência dos órgãos de estado manietados por um governo, liderado por um indivíduo mentiroso, manipulador e sobretudo com uma desmedida arrogância e ambição e por uma forma de governar que manietou por completo as instituições, porque estas deixaram; porque estas, já não vão poder alterar, sem actos, fora daquilo a que chamam de democracia.
Desde a manipulação das contas públicas que nem Bruxelas contesta, tal a crise em que está também mergulhada, apenas preocupada em servir interesses alheios aos seus objectivos, ou interesses de pequenos grupos de pressão de países mais poderosos.
Este narcoestado, é um sítio de lavagem de dinheiro de países de independência duvidosa que servem de porta aviões ao narcotráfico vindo de oeste, passando por África e entrando não apenas em bens deste negócio, como em dinheiro que pode e tem sido lavado. Não é segredo de estado afirmar o que toda a gente diz em surdina.
Não se vislumbra das investigações, com nomes pomposos resultados, apenas o arrastar de processos com gasto de dinheiros públicos que qualquer indivíduo aqui caído, como um anjo, oucomo Jesus Cristo na parábola do Grande Inquisidor do livro de Dostoievski, nos Irmãos Karamazov, seria logo expulso, sob pena de morte na fogueira, como um intruso que nunca poderia criticar ou fazer qualquer milagre, tal o poder da argumentação e a força da organização.
Pode ser uma má comparação, mas a verdade é que mesmo um grupo de homens bons, hoje pouco poderia fazer por este pobre país, ridicularizado, por um homem que fala de uma maquineta junto de um grupo de chefes de estado e de governo, parecendo sofrer de delírio de vaidade, tão pouco existindo naquele espírito um pouco de autocensura ou de noção do ridículo, tornando-o um caso de patologia, tanto dele, como dos que não foram capazes de o segurar.
Pergunto-me hoje, que país é este onde um homem que por muito pouco ou por nada, foi sempre espezinhado, por não ter "pedigree" e melhor para ele, falo de Santana e como continua a ser possível, este projecto de ensaio fracassado de político, falo do PM, conseguuir manietar a aversão, o ódio gerado, a náusea, cada vez que fala, ou actua o seu governo, alterando, por exemplo, ultimamente, quase todos os dias, as metas propostas, (como no caso do envenenamento por arsénico), e, como será possível o Presidente da República aprovar um monstro que é o Orçamento de Estado e assistir ao monstro de miséria em que este país se transformou, sem justiça e sem agentes dignos de tal, sem órgãos de soberania dignos de tal nome e sem o mínimo cumprimento das leis.
As forças armadas manietadas, os juízes manietados por um Código vergonhoso e todos os sectores da vida económica manietados por uma máquina infernal, fazem os agentes da PIDE parecer meninos de coro. É claro que este tipo de terrorismo de estado existe há muito e é autorizado pelo sinete do bloco central.
Este país é um imenso simulacro, como o triste espectáculo do simulacro hoje ensaiado, onde se verifica que as comunicações que todos pagámos não existem, que o INEM não existe, porque não funciona, sendo perigoso ou mais perigoso que uma ambulância de socorro que chegue a tempo de levar uma vítima muito mais rapidamente a um sítio com um mínimo de condições, sem que ninguém seja politicamente responsabilizado, como aconteceu em Entre os Rios, depois do desastre do Metro no Terreiro do Paço.
Somos de facto um narcoestado, os cidadãos estão dormentes como se tivessem tomado drogas não permitidas, onde alguns destes matam os progenitores, ou o contrário, onde os casais se maltratam ou acabam por se matar antes ou depois de terem vivido em conjunto, onde crianças e velhos são todos os dias abusadas sob todas as formas, desde o abandono puro e simples, seja de forma mais ou menos humana, coisa que só o animal humano pode fazer, depois do cio, e coisa que nem os animais a que gostam tanto de chamar irracionais, nunca fariam.
Narcoestado dominado por grupos que compram e vendem privilégios e onde quem os devia vigiar, prender e julgar, só pode estar manietado por uma forma qualquer de gás paralisante do espírito e do corpo.
Não vão ser eleições que vão redimir este grande pecado, porque nem as homílias são ouvidas pelos secularistas e iluministas do politicamente correcto, nem a comunhão inventada pelos secularistas das democracias de faz de conta, irão retirar o pecado do pântano em se transformou e em que transformaram Portugal, chamando de eleições, à comunhão sem confissão em voz alta, porque de facto, não são agnósticos estes regimes, são fervorosamente religiosos.
A náusea e a vergonha andam por aí, na alma de poucos…

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