Faixa de Gaza
"No conflito israelo-árabe apoio Israel. Mil perdões se prefiro as democracias às teocracias, até porque aquelas não patrocinam terroristas nem usam os seus civis como escudos humanos.
O Hamas, embora democraticamente eleito pela população de Gaza, instaurou uma ditadura que matou e expulsou palestinianos do Fatah (este é laico e, ao contrário daquele, reconhece o direito de Israel à existência. E Israel querer sobreviver não é ‘desproporcionado’…) Nas guerras actuais, a TV exerce, até involuntariamente, um efeito pacifista: cada plano de uma criança esventrada (não importa a nacionalidade: toda a criança fala Esperanto) é uma punhalada no coração da Humanidade. Saber que a responsabilidade última é do Hamas, financiado e incitado pelo nazi Ahmadinejad (brevemente nuclear), não serve de consolo.
Confesso que, se alguém tocasse num cabelo da minha filha, eu (um doce de pessoa) degenerava num Charles Bronson. Israel proibiu o acesso de jornalistas a Gaza. Há dias, o Supremo Tribunal israelita mandou suspender a medida. Telavive autorizou a entrada de oito jornalistas, mas depois reconsiderou. Uma questão melindrosa. Tais restrições são comuns quando está em causa a segurança nacional e o desfecho de um conflito. Podem, porém, ser contraproducentes – muitos dos media ocidentais já adoram odiar Israel sem precisar de incentivo. O tom da CNN internacional – no início pró-israelita – já mudou. E, ao contrário dos media ocidentais, dos quais só o ‘NY Times’ e o ‘Independent’ têm correspondentes em Gaza (ambos palestinos), a Comunicação Social árabe dispõe de jornalistas no terreno.
Claro que a imprensa israelita é muito mais livre do que a das ditaduras árabes, embora haja censura militar (como sobre o programa nuclear). Mas o facto é que a Al-Jazeera acaba de tirar a barriga de misérias. Com quatro correspondentes no território palestino, a emissora do Qatar exibe imagens "que nunca entrariam nas TV ocidentais", como notou o ‘Guardian’. Distinguindo-se dos canais árabes estatais (que ecoam os respectivos governos – Egípcios, Jordanos e Sauditas críticos ao Hamas e a Israel, e Sírios enaltecendo a resistência palestiniana), a Al-Jazeera (com um canal em inglês) ouve todos os envolvidos. E já mostrou imagens de Siderot e outras cidades israelitas atingidas pelos foguetes dos fanáticos.
Esta semana, a emissora entrevistou em Damasco Khaled Meshal, o líder do Hamas. E ouviu em Telavive a ministra Tzipi Livni, candidata a primeiro-ministro em Fevereiro. Ao microfone da Al-Jazeera, Livni criticou severamente… a Al-Jazeera."
Paulo Nogueira
O Hamas, embora democraticamente eleito pela população de Gaza, instaurou uma ditadura que matou e expulsou palestinianos do Fatah (este é laico e, ao contrário daquele, reconhece o direito de Israel à existência. E Israel querer sobreviver não é ‘desproporcionado’…) Nas guerras actuais, a TV exerce, até involuntariamente, um efeito pacifista: cada plano de uma criança esventrada (não importa a nacionalidade: toda a criança fala Esperanto) é uma punhalada no coração da Humanidade. Saber que a responsabilidade última é do Hamas, financiado e incitado pelo nazi Ahmadinejad (brevemente nuclear), não serve de consolo.
Confesso que, se alguém tocasse num cabelo da minha filha, eu (um doce de pessoa) degenerava num Charles Bronson. Israel proibiu o acesso de jornalistas a Gaza. Há dias, o Supremo Tribunal israelita mandou suspender a medida. Telavive autorizou a entrada de oito jornalistas, mas depois reconsiderou. Uma questão melindrosa. Tais restrições são comuns quando está em causa a segurança nacional e o desfecho de um conflito. Podem, porém, ser contraproducentes – muitos dos media ocidentais já adoram odiar Israel sem precisar de incentivo. O tom da CNN internacional – no início pró-israelita – já mudou. E, ao contrário dos media ocidentais, dos quais só o ‘NY Times’ e o ‘Independent’ têm correspondentes em Gaza (ambos palestinos), a Comunicação Social árabe dispõe de jornalistas no terreno.
Claro que a imprensa israelita é muito mais livre do que a das ditaduras árabes, embora haja censura militar (como sobre o programa nuclear). Mas o facto é que a Al-Jazeera acaba de tirar a barriga de misérias. Com quatro correspondentes no território palestino, a emissora do Qatar exibe imagens "que nunca entrariam nas TV ocidentais", como notou o ‘Guardian’. Distinguindo-se dos canais árabes estatais (que ecoam os respectivos governos – Egípcios, Jordanos e Sauditas críticos ao Hamas e a Israel, e Sírios enaltecendo a resistência palestiniana), a Al-Jazeera (com um canal em inglês) ouve todos os envolvidos. E já mostrou imagens de Siderot e outras cidades israelitas atingidas pelos foguetes dos fanáticos.
Esta semana, a emissora entrevistou em Damasco Khaled Meshal, o líder do Hamas. E ouviu em Telavive a ministra Tzipi Livni, candidata a primeiro-ministro em Fevereiro. Ao microfone da Al-Jazeera, Livni criticou severamente… a Al-Jazeera."
Paulo Nogueira
1 Comments:
JUDEUS E HAMAS
«Foram organizadas eleições livres nos territórios palestinianos, reconhecidamente livres pela dita comunidade internacional. Para espanto dela, o HAMAS ganhou as eleições e logo foi considerado uma organização terrorista com quem não se podia dialogar. Com quem pode Israel dialogar afinal? (...) Deve também dizer-se que quem violou a trégua entre Israel e o HAMAS foi Israel pois não cumpriu a sua parte do acordo que era levantar o bloqueio a Gaza. E durante a trégua Israel assassinou 49 palestinianos na Faixa de Gaza sem um único rocket do HAMAS.(...)É preciso, honestamente, olhar para trás e verificar o que se passou desde 1948. Infelizmente a memória das pessoas é fraca e talvez já não se recorde de todos os atentados terroristas cometidos pelos judeus (o povo eleito) contra os ingleses durante o mandato britânico na Palestina. Só a explosão do Hotel King David, em Jerusalém provocou cerca de 100 mortos! E quem fez o Hotel ir pelos ares não foram os palestinianos, mas os judeus, para apressar a criação do Estado de Israel.»
PUBLICADA POR JOÃO GONÇALVES EM 3.1.09 9 COMENTÁRIOS HIPERLIGAÇÕES PARA ESTA MENSAGEM
ETIQUETAS: ISRAEL, PALESTINA
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