Manif.

"Por um momento, as 200 pessoas concentradas ontem à tarde em frente à esquadra da PSP do Casal de São Brás, Amadora, fizeram silêncio. A manifestação contou com a presença de jovens de vários bairros da Amadora e de Sintra e ficou marcada por insultos e palavras de ordem contra a polícia. Cerca de meia hora depois do início da manifestação, um grupo começou a atirar pedras contra os cinco polícias perfilados em frente à esquadra, equipados com coletes à prova de bala. Uma agente da PSP ficou ferida (ver caixa) e os polícias retiraram para dentro da esquadra. O subintendente Pereira, comandante da PSP da Amadora, esteve sempre junto aos manifestantes. Paulo, 30 anos, que já cumpriu pena por roubo, pediu-lhe explicações: "Porque é que não levaram o ‘Kuku’ à Justiça, em vez de o matar?" O CM apurou que se criou um mal-estar entre os elementos da esquadra por não terem aparecido equipas do Corpo de Intervenção – pela falta de reforço sentiram-se "abandonados". No final da manifestação, um grupo de manifestantes que tinha estado no protesto atacou à pedrada uma loja da cadeia de supermercados Minipreço, situada a cerca de 800 metros da esquadra de São Brás. Vários residentes no Casal de São Brás contaram ao CM serem frequentes os casos de violência exercida pela PSP sobre jovens. Os agentes da PSP mantiveram-se sempre dentro do gradeamento erguido à volta da esquadra e não reagiram às pedradas de que foram alvo (mais aqui).

Breves notas:

1/ Para compreender melhor esta manifestação que, tendo em conta a publicidade que teve e número de manifestantes, foi um “sucesso”, seria interessante saber o número de condenados e indiciados pela justiça, ou melhor, quem ainda não tem cadastro criminal nos manifestantes presentes.

2/ O abandono a que foi sujeito o corpo policial daquela esquadra revela a moderna forma de actuação deste politicamente correcto.

3/ Plenamente justificada a destruição do Minipreço à pedrada. Só não foi saqueado porque a rápida intervenção da polícia não o permitiu.

Resumindo: uma notícia que exemplifica na perfeição o estado em que a “Orquestra Vermelha” deixou este país.