sexta-feira, janeiro 23, 2009

Theodor Eicke


Theodor Eicke
SS-Obergruppenführer
(1892 - 1943)


Theodor Eicke, um dos mais brutais altos oficiais das Waffen SS, nasceu em Hudingen, no dia 17 de Outubro de 1892, filho de um modesto funcionário dos caminhos-de-ferro. Ele se juntou ao Exército em 1909, e serviu na infantaria e artilharia durante a Primeira Guerra Mundial. Embora fosse um oficial não-comissionado, Eicke recebeu diversas condecorações, inclusive a Cruz de Ferro. Após o fim da guerra ele se juntou à polícia em três ocasiões, e em distritos diferentes, mas em todas as vezes foi dispensado por levar a cabo acções políticas subversivas de extrema-direita. Finalmente, em 1923, ele conseguiu um emprego na companhia química I.G. Farben, onde chegou a consultor de segurança.

Eicke juntou-se ao Partido Nazi em Dezembro de 1928, e às SS em Julho de 1930. Apenas um ano depois ele havia conseguido a patente de SS-Standartenführer, equivalente a Coronel, no comando das SS-Standarte 10. Em Junho de 1933, então promovido a SS-Oberführer, Eicke recebeu o comando do recém inaugurado campo de concentração de Dachau, e um ano depois foi designado Inspector de Campos de Concentração. É dito que esse posto foi uma recompensa por sua participação no expurgo da liderança da SA em 30 de Junho de 1934. Eicke foi eleito para o Reichstag em 1937, ocupando o posto até sua morte. Cabe aqui uma nota: enquanto é viável traçar um comparativo quantitativo entre os crimes cometidos durante a guerra nos campos de extermínio na Polônia ocupada e nos primeiros campos de concentração na Alemanha, deve ser enfatizado que o regime ao qual os prisioneiros políticos alemães eram submetidos nos últimos era igualmente brutal.


Ao iniciar a Segunda Guerra Mundial, Eicke havia sido promovido a SS-Gruppenführer. Durante a campanha da Polônia, ele serviu como Comandante Sénior da SS e Polícia nas áreas de operação do 8º e 10º Exércitos. Nessa posição os homens de Eicke se envolveram em diversos agrupamentos e assassínio de milhares de judeus e outros civis polacos. Vigorosas reclamações de comandantes do Exército foram ignoradas.

Em Novembro de 1939 Eicke recebeu o comando da Divisão SS “Totenkopf”, que estava sendo formada por membros das SS-Totenkopfverbände – as unidades da “caveira” que gerenciavam os campos de concentração comandados por Eicke. Essa tentativa de transformar em soldados milhares de guardas de idade, físico, inteligência e aptidão militar diferentes tomou forma devido à determinação de Himmler em aumentar a força armada das SS numa época em que ele foi proibido de competir com as forças armadas por recrutas de alta qualidade. A Divisão Totenkopf era mal-treinada, cronicamente mal equipada, e tinha péssimos líderes quando Eicke a liderou durante a campanha de 1940 contra o Ocidente. Embora ele mesmo tenha sido condecorado com a Cruz de Ferro de 1ª Classe, sua Divisão não funcionou bem, sofrendo pesadas baixas e por pouco evitou uma retirada em pânico. A liderança de Eicke era brutal, e ele foi acusado por generais do Exército de ser um “açougueiro” com seus próprios homens. Sua Divisão foi responsável por numerosas atrocidades contra prisioneiros de guerra Aliados, assassinando soldados norte-africanos franceses e, no dia 27 de Maio em Le Paradis, cerca de cem soldados britânicos do 2º Batalhão do Real Regimento de Norfolk.

Durante a primeira fase da campanha no sector norte da União Soviética em Junho de 1941, Eicke foi seriamente ferido quando seu carro de comando passou por sobre uma mina e seu pé direito foi destroçado. Evacuado para um hospital para tratamento, ele retornou à frente em Setembro de 1941. Embora novamente sofresse pesadas baixas, a sua Divisão mostrou-se melhor em combate do que no ano anterior, e em Dezembro de 1941 Eicke foi condecorado com a Cruz do Cavaleiro. Isolados por uma contra-ofensiva soviética em Janeiro de 1942, seus homens viram-se cercados perto de Demiansk junto com numerosas outras formações do Exército. Quando a Bolsa de Demiansk foi finalmente liberado em Abril de 1942, a Totenkopf tinha sido reduzida a uma fracção de sua força original. Naquele mês Eicke foi promovido a SS-Obergruppenführer e condecorado com as Folhas de Carvalho para a Cruz do Cavaleiro.

Seis meses depois, a Divisão de Eicke foi retirada da frente para reformulação e elevação ao nível mecanizado de Panzergrenadier. A Divisão Totenkopf voltou à Rússia em Janeiro de 1943, a tempo de tomar parte na batalha de Kharkov junto às tropas de Paul Hausser. Em 26 de Fevereiro o quartel-general da Divisão perdeu contacto com sua unidade de tanques, e Eicke descolou voo num Fieseler Storch para um voo de reconhecimento pessoal. Sobre a vila de Orelka seu frágil avião entrou numa densa barragem de fogo inimigo e foi derrubado. Eicke morreu na queda.

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