Apagar fogos
"As dúvidas transformaram-se em certezas, através das palavras de António Costa. Rui Pereira não é um ministro. É um bombeiro. Involuntário, devido ao seu conhecido voluntarismo para tentar apagar todos os fogos que lhe surgem pela frente. Aliás, a sua garbosa presença à frente do MAI é o resultado de um incêndio: a saída do seu antecessor, António Costa, para a CML. Rui Pereira, que tinha sido eleito para o Tribunal Constitucional porque era fundamental ter lá uma pessoa com grandes conhecimentos de estratégia jurídica, não aqueceu o lugar. A sua nova missão, como soldado da paz, foi gerir as polícias. Há políticos que transformam em ouro tudo o que tocam. Mas, no Tribunal Constitucional, Rui Pereira não teve tempo para experimentar os seus dotes de alquimista. Aliás, a sua ida para o MAI foi um atestado de menoridade passado ao TC. Mas, no MAI, desde o início, Rui Pereira tem sido um militante activista na terraplanagem de tudo o que Costa tinha como estratégia para o ministério. O resultado da sua actividade é o de um aprendiz de Midas: tudo o que toca transforma em lata. Qual tem sido a actividade de Rui Pereira? Fechar esquadras, anunciar mais meios que não se vislumbram, assobiar para o ar quando acontece algum problema na área da segurança e criar horários de referência para a GNR. Como ministro Rui Pereira é um bombeiro sem autotanque: olha para o céu e deixa arder. Tanto assim é que tornou Lisboa numa fogueira que queima os votos de Costa. O seu antecessor no cargo."
Fernando Sobral
Fernando Sobral
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