quarta-feira, março 18, 2009

E.U.A. não há dinheiro para tapar buracos.

Os conglomerados hipotecários Freddie Mac e Fannie Mae estão prestes a tornar-se o próximo poço sem fundo do Tesouro dos Estados Unidos depois de, na semana passada, terem anunciado respectivamente perdas de USD 50 e 58,7 mil milhões/ biliões (mm/bi), durante o exercício de 2008.
Se este ano a crise financeira se agravar, como tudo indica, aqueles valores poderão triplicar - senão mesmo quadruplicar - devido à forte descapitalização que afecta sobretudo a Freddie Mac, a mais pequena das irmãs gémeas do crédito hipotecário norte-americano.
Em conjunto com a seguradora AIG, as duas terão escassas hipóteses de evitar a nacionalização total.
Em Setembro, foram ambas intervencionadas pelo Estado que assumiu o controlo de 80% do capital.
O valor dos restantes 20%, ainda nas mãos de accionistas privados, foi dizimado nos últimos 12 meses. A Freddie Mac desvalorizou 97,31% e a Fannie Mae 97,44%.
Em 2008, a gestão Freddie foi ruinosa com perdas de USD 13 mm/bi em seguros hipotecários.
Em derivativos de crédito e de taxas de juro, os prejuízos foram respectivamente de USD 16 e 15 mm/bi.
A estes somam-se mais mil milhões (um bilhão) em obrigações sobre empréstimos de curto prazo contratados pelo falido banco de investimento Lehman Brothers e USD 99 milhões/mês para a manutenção das 30.000 habitações que tem em carteira.
Ao cenário catastrófico é necessário adicionar mais uma série de outras realidades que a contabilidade criativa não conseguirá esconder durante muito mais tempo:
1) menos USD 65 mm/bi quando os activos em carteira forem transaccionados a preços de mercado;
2) menos USD 38 mm/bi de incontornáveis amortizações nas contas de 2009 relacionadas com a carteira de investimentos; menos USD 48 mm/bi em incidentes de crédito relativos a empréstimos ou garantias.
A administração Obama, para além de novas injecções bilionárias para impedir a falência da Freddie Mac, deverá contar com a perda de USD 15,4 mm/bi em impostos vencidos e ainda não liquidados.
Desde meados da semana passada, a bolsa de Nova Iorque protagonizou uma recuperação do índice Dow Jones que, após ter resvalado abaixo dos 7.000 pontos, voltou a cotar-se hoje acima dos 7.400 pontos. Mas deverá ser sol de pouca dura.
Quando forem divulgados os resultados do primeiro trimestre, sobretudo empresas dos sectores financeiro, imobiliário, construção, distribuição e indústria transformadora, na primeira semana de Abril, é bem provável que o Dow volte a cair.
Face aos desastrosos fundamentais da economia norte-americana, nos próximos meses, as dinâmicas deflacionistas deverão atirar o termómetro bolsista novaiorquino para a faixa dos 6.000-6.500 pontos. Até final do ano poderá cair mais 1.000 a 1.500 pontos.
Se tal acontecer, não haverá dinheiro que vede os gigantescos buracos da economia americana.
Os efeitos na Europa serão de idêntica dimensão, ou até maiores, e igualmente devastadores.
MRA Dep. Data Mining
Pedro Varanda de Castro, Consultor
As relações íntimas das economias e as intimidades não aconselháveis levam a isto.
Nunca nada foi dado à Europa, tudo foi pago e bem e com juros sem limites de pagamentos.
O BCE manteve-se fiel não à Europa mas aos causadores da crise, os donos do mundo, Clube Bilderberg, do qual Trichet é membro, como os donos dos grandes conglomerados financeiros norte americanos, ou melhor lá sedeados.
Espera-se que a Virgem Maria não desça aos infernos com o arcanjo Gabriel, porque pediria ajuda aos Santos junto de Deus para que durante uns dias parasse com o suplício pior de todos, a submersão total a que nos sujeitaram.
Deus responderia com um interregno, mas isto é apenas uma pequena história de Ivan a Aliocha do romance de Dostoievski, na Parábola do Grande Inquisidor, que não reconheceu em Jesus autoridade para descer à Terra antes do tempo...
Depois da AIG pagar os prémios merecidos que coincide com a teoria de quem de facto manda, por cá um balconista aumentou-se par o dobro do vencimento.
Seria apenas ele?
Depois do negócio com Angola e quando os activos tóxicos serem engolidos pela CGD, via acordos celebrados, seremos submergidos no Inferno, mas sem culpas.
Apenas a de sermos crentes e brancos por fora e pretos por dentro.

17 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Ontem estive a ver e ouvir o Ministro do Trabalho na televisão ao fazer e apresentar tanta conta relativo ás pensões no final da entrevista já não sabia onte estava tais foram as contas e aldrabiçes que contou aos portugueses ....safa que é demais. Valerá a pena agente trabalhar responda quem quiser e sober

quarta-feira, março 18, 2009  
Anonymous Anónimo said...

-Isto é crime e contra os direitos humanos esses americanos deveriam olhar para a justiça portuguesa onde só mesmo um está-" preso"- bem preso também é um bocado exagerado porque o sr doutor amigo do outro doutor Dias loureiro conselheiro do Estado a que isto chegou anda sempre a passear e as custas do erário publico como já vinha sendo costume ... agente aqui é muito democrática e respeitadora de costumes muotooooooooooooo antigos.
Rouba que pode!

quarta-feira, março 18, 2009  
Anonymous Anónimo said...

É um verdadeiro exemplo do paraiso que é a CE, (para alguns). Este senhor Trichet e a sua vasta equipa de economistas formados nas melhores uiniversidades, considerados os melhores dos melhores em economia e gestão, SÃO COMO OS POMBOS, SÓ FAZEM MER...
Este famoso dream team, Trichet e associados, é responsvel por um aumento de mais de 100% da euribor em três anos, logo, responsável também pelo aumento desmesurado do incumprimento bancário. As contas são simples um cidadão Português em 2004 com um vencimento de 550 €/Mês contrata uma prestação de 290€ com uma TAE de 3.086%. Em 2007 paga 400€ com muito sacrificio, em 2008 recebe a actualização de renda para mais de 500€/mês com uma TAE acima dos 6%. É UM CRIME DE ROUBO SEM RECURSO À
VIOLENCIA. Este cidadão teve de optar entre pagar ao banco ou comer, é de recordar que este individuo teve o seu salario congelado pelo governo PS durante o referido periodo. Este caso representa uma maioria do incumprimento em Portugal.
EM RESUMO: Este senhor Trichet derveria ser responsabilizado severamente e de forma exemplar pelos actos injustificados, sim, porque alegar a subida da inflação para a subida dos juros, criando um aumento generalizado das prestações ao banco, logo menos rendimento disponivel, faz-me acreditar que este senhor desconhece o verdadeiro conceito de inflação.

Hà seis meses atrás a euribor atingia recordes de subidas, hoje representa recordes de descidas abruptas e o amanhã o que nos reserva....

quarta-feira, março 18, 2009  
Anonymous Anónimo said...

Dê ouvidos ao Greenspan... não ponham o estado americano à venda porque não há dinheiro disponível para o comprar.
Sigam a linha do presidente Bush e partam as grandes empresas em empresas mais pequenas e onde será muito mais fácil separar as que estão a mais e precisam de fechar.
A verdade é que o plano obama entrega 60% do estado americano a todos os banqueiros e conselhos de admnistração e não tem nenhum limite para o que eles fazem... protegem os accionistas fortemente como na compra dos 27% do Citigroup e assumem todos os riscos.
Quem compra as acções tem de pagar com os lucros que teve delas... pena que o obama não quer isso.

quarta-feira, março 18, 2009  
Anonymous Anónimo said...

Uma coisa ganhou Bernanke: a caneca de café do clube dos jornalistas! Esteve também muito forte a rsponder directamente a perguntas bem dificeis. Deu para entender muito melhor até que ponto o Fed, na qualidade de regulador, estava limitado por um exército de regulação burocrática (estadual) por um lado, e estva limitado pela ausência total de regulação por outro. A publicação das previsões de longo prazo, tal como a nova regulamentação sobre abusos dos bancos nos cartões de crédito e nas taxas para a habitação fazem parte dum esforço de aumento de transparência e dum esforço em que a defesa do consumidor aparece finalmente como politica principal do Banco Central. A previsões de longo prazo nasceram aliás da pressão das associações de consumidores para desembaraçar as previsões das pressões de curto prazo da bolsa, bem patentes na forma como as notícias das minutas e da conferência de Bernanke nos é dada. Qunato aod comentários, eles são fruto da democratização dos soundbites da Economia. Mas se os senhores estão tão indignados com uma das muitas das ferramentas da Economia, então dediquem-se à revista de caça e pesca.

quarta-feira, março 18, 2009  
Anonymous Anónimo said...

eu digo que esta mau se vamos saber pq , o probelmas e os chineses que neste anos trabalharam para não exportar para fora ,agora lixaram tudo enchendo o pais até aos limites e veio lixar aos outros , então era os paises mais rico cortar relações com a china ,eles nao dão nada a ninguem , eu com o jardim da madeira achei correcto que mandou embora ,pq eles e para receber e nao dar . então os americanos deve fazer fazer isso .

quarta-feira, março 18, 2009  
Anonymous Anónimo said...

A primeira medida é dar a reforma aos deputados apenas depois de eles completarem 65 anos e o valor da reforma calculado pelos mesmos criterios de qualquer outro funcionario publico, ou seja, trabalhaste 8 anos, ficas com uma reforma de miseria, e já levas demais, pela despesa que causaste enquanto deputado.

quarta-feira, março 18, 2009  
Anonymous Anónimo said...

O que fazer para manter intacta a sua pensão.
Em Portugal é muito fácil é ter sido deputado.

quarta-feira, março 18, 2009  
Anonymous Anónimo said...

E quanto tem de poupar um trabalhador com salario de 600 euros?
E com um salario desses, quem consegue poupar alguma coisa?
As regras da seguranca social deviam mudar, e passar a dar mais protecionismo aqueles que auferem salarios mais baixos. Afinal, os individuos que tem melhores salarios, sempre tem a possibilidade de fazer planos privados. Por alguma coisa se chama Seguranca Social, ou estou errado?

quarta-feira, março 18, 2009  
Anonymous Anónimo said...

Fazer contas todos nos sabemos o problema são 2, um 1500 de salario é irreal para a maioria, mesmo para engenheiros aqui no Algarve, e dois neste momento com a subida de custo de vida era necessário mais 1/4 do salario e não o contrário.
A verdade é esta o fundo de desemprego está a queimar as reservas das reformas, que com tanto custo as familias que trabalham pagam e que as empresas com tanto sacrificio pagam. Resultado por este andar quando estas familias atinguirem a reforma não vão receber os miseros 80% do salário liquido mas sim uns 60 ou talvez 50%, e mais uma vez Portugal continua a patrocionar um Pais pobre em que o contribuinte pagante tem o mesmo ou menos que aqueles que nem um tostão pagam de contribuições e ainda reclamam por casa novas em bairros seguros a sua vontade! vergonha

quarta-feira, março 18, 2009  
Anonymous Anónimo said...

Como solução temporária enquanto perdurar a crise .Proibir reformados com reformas acima dos 700 € de ter outro emprego. atribuir só uma reforma da média das que tiver e não 2,3 ou 4 como tem o presidente da República Portuguesa e outros? O exemplo vem da hierarquia do Estado Português.Haja moralidade.Veja-se os novos vencimentos dos Eurodeputados.Eu vou votar nas Europeias no partido "NIM" uma cruz em todos eles,para que ninguém fique triste.

quarta-feira, março 18, 2009  
Anonymous Anónimo said...

Os políticos, os governadores, os administradores, os gestores e todos os outros doutores , podem poupar até mais de 1/4. Aqueles que ganham o oedenado mínimo só se morrerem à fome. O que se precisa é de vergonha na cara e de seriedade!

quarta-feira, março 18, 2009  
Anonymous Anónimo said...

E é para isto que somos governados pelo PS desde 1995, com a pequena interrupção de Durão Barroso, que fugiu ao fim de dois anos?

quarta-feira, março 18, 2009  
Anonymous Anónimo said...

É deprimente estar anos a trabalhar e descontar para receber tão pouco. Morrecão, aquela metade a que se refere a notícia não é dos vencimentos dos outros europeus, é do vencimento dos portugueses, é esse o problema. Porque é que nãos e segue o exemplo de outros países europeus (que souberam adaptar o seu sistema de providência social ao desenvolvimento económico)?

quarta-feira, março 18, 2009  
Anonymous Anónimo said...

Isso é o que a OCDE diz na perspectiva de continuarnos a ter um Governo PS. Tal não se passará e pro isso as reformas passarão a velerem o justo e necessário. Quanto às reformas dos políticos, aí tenho dúvidas. Parece que irão ter de trabalhar muitos anitos.

quarta-feira, março 18, 2009  
Anonymous Anónimo said...

Não restam dúvidas que a única opção é imigrar, para onde o dinheiro dos impostos seja convenientemente gerido e não conduzido para mega infraestruturas que não precisamos.
Como o dinheiro irá todo para a divida publica, nem reformas, nem educação nem saúde.
Pagar e não receber nada em troca chama-se escravatura e os carrascos são PS+PSD.

quarta-feira, março 18, 2009  
Anonymous Anónimo said...

Mas disto ele (Sócrates) não falou no "comício" do PS. Gostava de saber se também a reforma dele e a dos seus "boys", vão cair para metade. Tanta modernice, tanta reforma, e tanto simplex para isto. Basta!

quarta-feira, março 18, 2009  

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