É ela! Manuela, Manuela Ferreira Leite
"Não é Marcelo porque rapidamente se pôs ao fresco. Não é Marques Mendes porque a líder não gosta. Não é Deus Pinheiro porque um ex-líder não quer.
Não é este e aquele porque o particular mata o colectivo. Não é Morais Sarmento, Rui Rio, Alexandre Relvas, que seriam interessantes. Não é Passos Coelho, que seria desinteressante. Não é Alberto João Jardim ou Fernando Nogueira, que serviram para, no vazio, despistar o vazio. Não sendo ninguém há um trunfo indiscutível. É ela! Manuela, Manuela Ferreira Leite candidata ao tirocínio para o grande combate. A líder do PSD está obrigada a ganhar as europeias se quer chegar ao confronto com Sócrates em condições de o vencer. É difícil mas é possível, se houver coragem e cabeça para alargar o caminho. Sendo protagonista de uma vitória nas primárias de Junho, Ferreira Leite consolidaria a sua liderança, unindo e motivando o partido para as legislativas. Mais: a líder da oposição teria oportunidade de, numa disputa menos dura, limar a sua prestação, adequando-a q.b. ao espaço mediático e projectando-a para o passo seguinte. Mais ainda: não teria de partilhar o palco com uma outra figura, facto que poderá ter alimentado a resistência ao nome (consensualmente tido como forte) de Marques Mendes. A opção, não sendo perfeita, comporta riscos naturais. Mas mesmos esses - e o maior seria o abandono da liderança em caso de derrota - revelam virtudes. Na eventualidade de Ferreira Leite perder para Vital Moreira - e, em primárias, para Sócrates - o resultado daria ao PSD a oportunidade de encontrar um novo líder, um discurso fresco, uma nova asa para enfrentar o desafio maior, as legislativas deste ano. É sobre estas variáveis que Manuela Ferreira Leite - pensando em si e no partido - deve reflectir quando vencer as dúvidas. Sabendo que o caminho é estreito mas, nas circunstâncias, só ela o pode alargar.
Vai um grande frenesim para a construção de um frentismo de esquerda contra Santana Lopes. Da última vez deu mau resultado. Visto da esquerda, obviamente."
Raúl Vaz
Não é este e aquele porque o particular mata o colectivo. Não é Morais Sarmento, Rui Rio, Alexandre Relvas, que seriam interessantes. Não é Passos Coelho, que seria desinteressante. Não é Alberto João Jardim ou Fernando Nogueira, que serviram para, no vazio, despistar o vazio. Não sendo ninguém há um trunfo indiscutível. É ela! Manuela, Manuela Ferreira Leite candidata ao tirocínio para o grande combate. A líder do PSD está obrigada a ganhar as europeias se quer chegar ao confronto com Sócrates em condições de o vencer. É difícil mas é possível, se houver coragem e cabeça para alargar o caminho. Sendo protagonista de uma vitória nas primárias de Junho, Ferreira Leite consolidaria a sua liderança, unindo e motivando o partido para as legislativas. Mais: a líder da oposição teria oportunidade de, numa disputa menos dura, limar a sua prestação, adequando-a q.b. ao espaço mediático e projectando-a para o passo seguinte. Mais ainda: não teria de partilhar o palco com uma outra figura, facto que poderá ter alimentado a resistência ao nome (consensualmente tido como forte) de Marques Mendes. A opção, não sendo perfeita, comporta riscos naturais. Mas mesmos esses - e o maior seria o abandono da liderança em caso de derrota - revelam virtudes. Na eventualidade de Ferreira Leite perder para Vital Moreira - e, em primárias, para Sócrates - o resultado daria ao PSD a oportunidade de encontrar um novo líder, um discurso fresco, uma nova asa para enfrentar o desafio maior, as legislativas deste ano. É sobre estas variáveis que Manuela Ferreira Leite - pensando em si e no partido - deve reflectir quando vencer as dúvidas. Sabendo que o caminho é estreito mas, nas circunstâncias, só ela o pode alargar.
Vai um grande frenesim para a construção de um frentismo de esquerda contra Santana Lopes. Da última vez deu mau resultado. Visto da esquerda, obviamente."
Raúl Vaz
1 Comments:
Artigo interessante. Raros são os que encontramos na imprensa, hoje em dia. Já agora, aqui vai a minha maneira de ver o opositor da Dra. Manuela Ferreira Leite nessas eleições europeias: Vital Moreira em 1975, já com uma idade respeitável, opôs-se ferozmente na Assembleia Constituinte ao conceito de "democracia pluralista". Apoiou o cerco a essa Assembleia, que ia lançando Portugal numa guerra civil. Justificou a nacionalização selvagem e sem indemnização de 80% das grandes empresas nacionais, a qual provocou um atraso económico de dez anos em relação à Espanha e a outros países que na altura não eram mais ricos do que Portugal. Era um grande apaniguado dos “kolkozes” alentejanos (porque não era ele que ficava condenado à miséria). De 1976 em diante opôs-se firmemente à adesão de Portugal à CEE, por esta ser "reaccionária". Quando se aproximou o fim do comunismo a nível mundial, decidiu estrategicamente anavalhar pelas costas Álvaro Cunhal, isto já em 1989 quando Moreira tinha perto de 50 anos. "Acordou" então para os encantos e confortos da tecnoburocracia burguesa bruxelense. A tal ponto que, mais recentemente, foi dos mais acérrimos opositores à organização de referendos aos tratados federalistas europeus que nos queriam e querem fazer engolir. Referendos para ele e para o "eng." Sócrates: só se a vitória das "forças do bem e do progresso" não estiver em dúvida.
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