Os bons samaritanos das farmácias
As empresas de genéricos recorrem cada vez mais a descontos nos preços às farmácias para se manterem no mercado numa altura de crise.
A troca de medicamentos de marca pelos genéricos também obriga os laboratórios a querer ganhar espaço nas farmácias.
Mas os descontos não estão a reflectir-se no valor pago pelo utente, uma opção que já está prevista na lei.
Cada vez mais empresas de genéricos estão a desenvolver mega-campanhas de descontos às farmácias de forma a ganhar espaço no mercado.
No entanto, só uma minoria das farmácias reflecte os descontos no valor pago pelo utente, o que está previsto na lei, mesmo não sendo obrigatório, afirmam vários farmacêuticos.
A MER, por exemplo, oferece embalagens e anunciou aos estabelecimentos que "chegaram novos low cost".
De acordo com um folheto a que o DN teve acesso, a MER (marca da Generis), anunciou um conjunto de promoções.
De acordo com um folheto a que o DN teve acesso, a MER (marca da Generis), anunciou um conjunto de promoções.
E quanto maior a quantidade, maior o 'bónus': "ao adquirir 50 embalagens, a MER oferece 100", lê-se.
Os descontos estão previstos por lei desde Março de 2007 e em toda a cadeia do medicamento, desde o fabricante, ao retalhista e até ao utente.
Os descontos estão previstos por lei desde Março de 2007 e em toda a cadeia do medicamento, desde o fabricante, ao retalhista e até ao utente.
No entanto, poucas farmácias canalizam estes descontos para os compradores. Isto numa altura em que o presidente da Associação Nacional das Farmácias (ANF), João Cordeiro, insiste na troca de medicamentos prescritos por genéricos, por proporcionar "poupanças significativas aos utentes" (ver texto em baixo).
Paulo Lilaia, da Associação Portuguesa de Medicamentos Genéricos (Apogen), refere que "faria sentido aumentar estes descontos para os utentes".
Paulo Lilaia, da Associação Portuguesa de Medicamentos Genéricos (Apogen), refere que "faria sentido aumentar estes descontos para os utentes".
E reforça que a substituição de medicamentos prescritos sem autorização do médico é ilegal.
O farmacêutico João Ferro Baptista refere que não há obrigatoriedade de fazer descontos aos utentes.
O farmacêutico João Ferro Baptista refere que não há obrigatoriedade de fazer descontos aos utentes.
"Não há regulamentação nesse sentido e as farmácias fazem o que querem".
Apesar de não haver números sobre os estabelecimentos que o fazem, afixando estas promoções nas instalações, garante que "apenas uma minoria o faz. Mas há tendência para aumentar devido à crise, com o objectivo de aumentar a clientela".
Estes descontos são entre 5% e 15% da parcela não comparticipada do preço.
Graça Lopes, presidente da Associação de Farmácias de Portugal diz que "há cada vez mais empresas com descontos. E comprar em grandes quantidades é um risco".
Graça Lopes, presidente da Associação de Farmácias de Portugal diz que "há cada vez mais empresas com descontos. E comprar em grandes quantidades é um risco".
Por isso, diz ser natural que "sendo possível a troca por genéricos, as farmácias optem pelos que têm em mais quantidade". E garante que são os laboratórios pequenos que têm maiores promoções, "para sobreviverem".
No meio desta guerra que já é velha, o Infarmed faz como deve a verificação aleatória, da substância activa e da biodisponibilidade e bioequivalência?
Ou apenas faz fé no que terceiros apresentam?
Porque não baixam as farmácias a percentagem de lucro e só os laboratórios, afinal os produtores, o já fizeram, provocando já situações de desemprego?
A mais importante das perguntas:
O Senhor Cordeiro é um chico esperto porque tem poder (% sobre o que recebe directamente das farmácias), e o monopólio, que é proibido por lei, mas pergunta-se, porque mudam as farmácias um genérico para outro genérico, confundindo os doentes?
São estes os bos da fita?
Se há médicos que receitam um genérico de uma determinada marca alemã, ou Portuguesa porque razão mudam para outro?
Esta situação ocorre muito mais vezes que o pedido de substituição de um medicamento de marca original para um genérico. Sabiam?
É um negócio como os dos supermercados, nas águas e onde for.
Será facturado?
A judiciária , a Inspecção de Saúde(facturas) em conjunto com as Finanças (IRC) já teriam calado estes falsos samaritanos, que nem fiam, e estão todos carregados de dinheiro sem arriscar, nada...
O Pelicano

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