Agências de ‘rating’ avaliam mal o país
"O presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB), João Salgueiro, afirmou esta semana ao Diário Económico que as avaliações das agências de ‘rating’ internacionais sobre economia nacional são piores do que as dos investidores quando analisam o risco do país e das próprias instituições bancárias.
O que está em causa, fundamentalmente, é uma dualidade de critérios de agências como a Standar&Poor's e a Moody's - que estará em Lisboa na próxima semana - quando avalia pequenas economias do sul da Europa e economias do centro político europeu, como é o caso da Irlanda. ESalgueiro tem a razão do seu lado.
Em primeiro lugar, porque é que é importante a avaliação de uma agência de ‘rating': quando um país pede dinheiro a países estrangeiros - através da emissão de dívida pública - ou quando um banco tenta ter acesso a financiamento de bancos internacionais, é a avaliação destas agências que determina o preço que custa esse endividamento. Equanto pior é essa avaliação, mais dinheiro custa ao Estado e aos bancos - isto é, a todos, famílias e empresas - pedir dinheiro no mercado internacional. Epor isso é que um dos principais problemas de Portugal é o seu défice externo, o que obriga o país a pedir muito dinheiro no estrangeiro.
Ora, depois da crise financeira que mostrou a incompetência das agências de ‘rating' - que falharam em toda a linha nas avaliações que fizeram do estado das empresas e das economias internacionais - não é aceitável que continuem a determinar a forma como um país se financia, e a que preço. E Portugal não pode aceitar, sem mais, que empresas como a Moody's e a Standar&Poor's avaliem negativamente a situação actual e perspectivas futuras da economia nacional relativamente a outros Estados quando o próprio mercado, e os que se dispõem a emprestar a Portugal, não o fazem. Basta, por exemplo, ver o estado dos bancos portugueses e do sistema financeiro nacional, muito melhor, mais forte e sustentável do que muitos outros pela Europa fora. Um país pequeno como Portugal tem poucos instrumentos para combater esta dualidade de critérios - até porque corre sempre o risco de servir de exemplo -, mas, mesmo assim, tem de assumir, quase como uma bandeira nacional, que não está disponível para continuar em silêncio. E isso deve ser feito, também, nas instâncias internacionais, forçando uma discussão sobre a supervisão e accountability das agências que avaliam os países e procurando passar uma mensagem positiva de Portugal e das suas perspectivas futuras.
Aqui está um tema que justificaria um entendimento entre os principais partidos, que sustentasse uma posição de força do Governo português, a bem de todos."
O que está em causa, fundamentalmente, é uma dualidade de critérios de agências como a Standar&Poor's e a Moody's - que estará em Lisboa na próxima semana - quando avalia pequenas economias do sul da Europa e economias do centro político europeu, como é o caso da Irlanda. ESalgueiro tem a razão do seu lado.
Em primeiro lugar, porque é que é importante a avaliação de uma agência de ‘rating': quando um país pede dinheiro a países estrangeiros - através da emissão de dívida pública - ou quando um banco tenta ter acesso a financiamento de bancos internacionais, é a avaliação destas agências que determina o preço que custa esse endividamento. Equanto pior é essa avaliação, mais dinheiro custa ao Estado e aos bancos - isto é, a todos, famílias e empresas - pedir dinheiro no mercado internacional. Epor isso é que um dos principais problemas de Portugal é o seu défice externo, o que obriga o país a pedir muito dinheiro no estrangeiro.
Ora, depois da crise financeira que mostrou a incompetência das agências de ‘rating' - que falharam em toda a linha nas avaliações que fizeram do estado das empresas e das economias internacionais - não é aceitável que continuem a determinar a forma como um país se financia, e a que preço. E Portugal não pode aceitar, sem mais, que empresas como a Moody's e a Standar&Poor's avaliem negativamente a situação actual e perspectivas futuras da economia nacional relativamente a outros Estados quando o próprio mercado, e os que se dispõem a emprestar a Portugal, não o fazem. Basta, por exemplo, ver o estado dos bancos portugueses e do sistema financeiro nacional, muito melhor, mais forte e sustentável do que muitos outros pela Europa fora. Um país pequeno como Portugal tem poucos instrumentos para combater esta dualidade de critérios - até porque corre sempre o risco de servir de exemplo -, mas, mesmo assim, tem de assumir, quase como uma bandeira nacional, que não está disponível para continuar em silêncio. E isso deve ser feito, também, nas instâncias internacionais, forçando uma discussão sobre a supervisão e accountability das agências que avaliam os países e procurando passar uma mensagem positiva de Portugal e das suas perspectivas futuras.
Aqui está um tema que justificaria um entendimento entre os principais partidos, que sustentasse uma posição de força do Governo português, a bem de todos."
1 Comments:
Para acabar com esta crise e esta bandalheira bastava ser proibido dar noticias sobre economia em qualquer orgão de informação durante 3 meses no mundo inteiro. a economia rrecuperava num instante.
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