A fantasia acabou
"Na política como no sexo, a psicologia é importante. No passado domingo, a vitória do PSD nas Europeias foi sobretudo uma vitória psicológica: os portugueses perceberam que a invencibilidade do engº Sócrates era um mito urbano sem justificação racional.
Claro que as presidenciais já tinham ilustrado a fraqueza do personagem; mas a velhice de Soares e a inusitada candidatura de Alegre iludiram a realidade. Agora, não há ilusões: eleito em 2005 em circunstâncias bizarras e irrepetíveis, Sócrates é, afinal, um arrivista autoritário e vulgar, que o jornalismo de serviço e a astrologia das sondagens têm levado ao colo com particular desvergonha. Por isso a derrota não é apenas dele; mas de todos os pequenos cúmplices que, desde 2005, persistem na construção de uma fantasia. Foi essa fantasia que o país real destroçou. "
João Pereira Coutinho
Claro que as presidenciais já tinham ilustrado a fraqueza do personagem; mas a velhice de Soares e a inusitada candidatura de Alegre iludiram a realidade. Agora, não há ilusões: eleito em 2005 em circunstâncias bizarras e irrepetíveis, Sócrates é, afinal, um arrivista autoritário e vulgar, que o jornalismo de serviço e a astrologia das sondagens têm levado ao colo com particular desvergonha. Por isso a derrota não é apenas dele; mas de todos os pequenos cúmplices que, desde 2005, persistem na construção de uma fantasia. Foi essa fantasia que o país real destroçou. "
João Pereira Coutinho
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