Um país na margem de erro
"Nem é preciso escutar com muita atenção políticos e comentadores para perceber que ninguém está seguro sobre o que vai acontecer nestas eleições europeias. Há seis meses, ainda se apostava que o PS ficaria em primeiro lugar, mesmo que diminuído. Muita coisa mudou desde então.
Paulo Rangel conseguiu carregar o PSD até perto do PS. O que vai sair das urnas no domingo à noite? Não se sabe. As sondagens, presas nas margens de erro e em empates técnicos, não ajudam a antecipar. O problema, porém, não é apenas adivinhar os resultados. Dar-nos-ia jeito que estas eleições revelassem para onde se inclinam os portugueses e que caminho querem seguir. Fartaram--se de Sócrates? Acham que a direita já é alternativa? Têm saudades do PREC? Nada é por enquanto claro. Sê-lo-á depois das eleições? Talvez nos devêssemos preparar para uma relativa decepção.
A verdade é que o país vai a votos no meio de demasiadas incertezas. Não sabemos o que esperar dos casos Freeport e BPN. Não fazemos ideia do preço que teremos de pagar por umas finanças novamente desequilibradas e uma economia cuja possibilidade de crescimento futuro está, segundo os estudiosos, reduzida a zero. Como poderiam eleitores que têm sobretudo dúvidas dar certezas? Provavelmente, não ficaremos a saber mais domingo à noite. Enquanto país, estamos todos na margem de erro."
Rui Ramos
Paulo Rangel conseguiu carregar o PSD até perto do PS. O que vai sair das urnas no domingo à noite? Não se sabe. As sondagens, presas nas margens de erro e em empates técnicos, não ajudam a antecipar. O problema, porém, não é apenas adivinhar os resultados. Dar-nos-ia jeito que estas eleições revelassem para onde se inclinam os portugueses e que caminho querem seguir. Fartaram--se de Sócrates? Acham que a direita já é alternativa? Têm saudades do PREC? Nada é por enquanto claro. Sê-lo-á depois das eleições? Talvez nos devêssemos preparar para uma relativa decepção.
A verdade é que o país vai a votos no meio de demasiadas incertezas. Não sabemos o que esperar dos casos Freeport e BPN. Não fazemos ideia do preço que teremos de pagar por umas finanças novamente desequilibradas e uma economia cuja possibilidade de crescimento futuro está, segundo os estudiosos, reduzida a zero. Como poderiam eleitores que têm sobretudo dúvidas dar certezas? Provavelmente, não ficaremos a saber mais domingo à noite. Enquanto país, estamos todos na margem de erro."
Rui Ramos
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