sexta-feira, julho 31, 2009

Eleições e terrorismo.

"A ETA matou ontem dois guardas civis em Maiorca. Quarta-feira, em Burgos, uma explosão provocou 64 feridos. Só por sorte não aconteceu uma matança. Obviamente que os terroristas bascos não desistem de matar a torto e a direito, sejam elementos das forças de segurança, políticos ou simples civis.

Desta feita matam para comemorar os 50 anos de existência de uma organização de assassinos que ainda resiste, apesar dos esforços dos governos espanhol e francês e das sucessivas prisões de altos-responsáveis. Mas se o terrorismo basco é essencialmente um problema de Madrid, interessava saber, aqui e agora, ou seja, em Portugal, a dois meses das eleições legislativas, o que pensam as principais forças políticas da ETA e dos seus atentados. Principalmente as forças à esquerda do PS, que nesta e em outras matérias directamente ligadas à liberdade e à democracia têm muitas vezes posições mais do que equívocas.

Recorde-se, por exemplo, o que Bernardino Soares, líder parlamentar do PCP, disse da Coreia da Norte. E, já agora, recorde-se os textos e as polémicas protagonizadas por Francisco Louçã, principal dirigente do BE, sobre a ETA. É que nesta matéria só há duas posições: ou se está com os terroristas ou se combate sem rodeios os assassinos. O resto é conversa cobarde digna de invertebrados.
"

António Ribeiro Ferreira

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