sábado, agosto 15, 2009

Plano de demolição II

Os banqueiros centrais e os seus donos, são os culpados.
Um conselho onde lêem USA leiam qualquer país, mas pode ser o sítio.

O crédito não está fluindo.
De facto está contraindo.
Quer dizer que as coisas não estão a melhorar estão a piorar.
Quando há contracção do crédito numa economia baseada no consumo, acontecem coisas muito más.
Os investimentos caiem, o desemprego cresce, os lucros desaparecem e o PIB encolhe.
O Fed gastou mais de um trilião de USD tentando trazer os consumidores a se endividarem novamente, mas sem sucesso.
Os motores do crédito pararam bruscamente.
Bernanke o antigo presidente do Fed aumentou excessivamente as reservas do sistema bancário para 800 biliões de USD, mas os empréstimos não crescem.
Os bancos continuam a armazenar capital de forma a lidar com as perdas dos activos tóxicos, do crédito mal parado e com uma bolha imobiliária de 3,5 triliões de USD que mandaram para a latrina. Eia porquê o número de bancos falidos não pára de crescer e em 2010 eserá ainda pior.
Será um banho de sangue.

O desemprego sobe, os salários baixam e o crédito encolhe.
Por outras palavras, o sistema funciona conforme planificado.
Todo o dinheiro voa para os gangsters do topo, conforme um excerto de um artigo de Don Monkerud:

Durante 8 anos da administração Bush, os 400 mais ricos americanos, que detêm mais riqueza que 150 milhões dos americanos mais pobres, aumentaram as suas fortunas em 700 biliões de USD. Em 2005, 1% destes detinha 22% do PIB, enquanto 10% detinha metade (50%) do PIB, a maior fatia desde 1928.

Mais de 40% do PIB vem da fortuna de 500 empresas. De acordo com o Instituto Mundial de Pesquisa Económica para o Desenvolvimento, os 500 conglomerados de empresas nos USA controlam para cima de 2/3 dos recursos económicos, empregam 2/3 dos trabalhadores industriais, contabilizam 60% das vendas e recolhem 70% dos lucros.

Em 1995, os dados do IRS indicavam que 400 dos mais ricos (cada) americanos valiam 12,6 milhões, valor ajustado à inflação. Em 2006, os 400 mais ricos aumentaram as suas médias para 263 milhões (cada), representando uma mudança histórica da riqueza nos USA.

Os trabalhadores não foram esmagados por um acidente, mas de acordo com um plano.
É assim que o sistema funciona.

Bernanke sabe que a procura interna mantida requer salários mais altos e uma classe média vital.
Mas isso não é preocupação dele.
Ele não é um servidor público.
Trabalha para os bancos.
É por isso que a política monetária do Fed reflecte os objectivos da classe dos investidores.
A economia das bolhas não é o caminho para uma economia forte e sustentável., mas é de facto uma ferramente eficaz para mudar a riqueza de uma classe para outra.
O objectivo do Fed é facilitar esse objectivo.

O free market é uma simulação para esconder os crimes dos muito ricos ( não confundam com aquilo que esta coisa a que chamam de governo neste sítio chamam de ricos…).
Infelizmente, direi que se deve voltar a ler Marx, mas não confundam com o que depois se chamou de marxismo ou outras desgraças históricas como leninismo ou socialismo.
É economia pura, aquilo a que se refere.

A crise financeira é a consequência da política do Fed (podem ler – banqueiros centrais, o “nosso” incluído e especialmente Trichet).

Daí ser um erro crasso chamar à situação actual de “recessão”.
Não é.
É um plano de demolição.

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