terça-feira, dezembro 22, 2009

A crise acabou...

"As direcções de muitos hotéis e aldeamentos turísticos no Algarve optaram este ano por encerrar no Inverno, apesar de o fim de ano estar à porta e de se prever que atraia mais visitantes do que em 2008. A situação de encerramento de hotéis é comum em época baixa devido à diminuição da procura, mas desta vez atingiu uma dimensão superior ao normal (mais aqui)"

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7 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Há palavras que em determinadas alturas inquinam tudo. Basta dizê-las e logo o ar fica respirável a metade, cortam o ar a meio, de um lado há ar a mais e do outro a menos. São variantes da "novilíngua" orwelliana e circulam entre a política e a comunicação social. Nos dias de hoje circulam em número muito elevado, gerando uma cortina de fumo sobre a realidade. Seguem-se alguns exemplos.

Atirar lama aos adversários políticos - Enunciar a existência de investigações judiciais em que o primeiro-ministro é referido, seja porque se passou no seu ministério, seja porque está lá a sua família, seja porque apareceu a falar com um dos suspeitos, seja por qualquer razão. Querer esclarecimentos sobre estas matérias então é absolutamente condenável.

Outra variante é:

Comportamentos antidemocráticos (ou vergonhosos, ou inadmissíveis, ou demagógicos, etc.) - É falar da "personalidade" do primeiro-ministro, ou do caso Freeport ou do caso Face Oculta.

Conversas pessoais - Conversas do primeiro-ministro em que o principal detentor do poder executivo discute com um amigo arguido numa investigação judicial, matérias em que decide como governante. Presume-se que o que lhes dá o carácter pessoal é a utilização de uma linguagem obscena, escatológica e pessoalmente insultuosa.

Crise internacional - A explicação para tudo o que corre mal. A explicação para tudo que corre bem é a qualidade da governação e a sageza e determinação do primeiro-ministro.

Crise internacional - Cataclismo internacional que Portugal defrontou "bem preparado". Cataclismo internacional em que Portugal foi o último a entrar e do qual foi o primeiro a sair.

Dívida - Preocupação dos "velhos do Restelo" que não são keynesianos.

Dizer a verdade ao Parlamento/Não dizer a verdade ao Parlamento - Comportamento em desuso. Forma de lutar contra a provocatória "política de verdade" da líder da oposição, não falando verdade.

Espero que o PSD resolva a sua crise interna - Espero que Manuela Ferreira Leite desapareça o mais rapidamente possível. A senhora é muito intransigente com as mentiras circulantes e acha que o PS e o primeiro-ministro estão a fazer mal ao país.

Espero que venha uma nova direcção do PSD "responsável" com que "se possa falar" - Espero que o PS se possa entender sem grandes ondas com o PSD numa partilha de bens e influência, em que o PS mande e o PSD ganhe alguma coisa. No fundo, queremos todos o mesmo, não é?

terça-feira, dezembro 22, 2009  
Anonymous Anónimo said...

Espionagem política - Fazerem-se escutas legais e válidas a responsáveis do PS.

Espreitar pela fechadura, coscuvilhices - O mesmo do anterior. Querer saber-se por que razão um juiz e um magistrado entenderam que podia haver conteúdo criminal numa conversa do primeiro-ministro.

Estatísticas - Quando usadas pelo primeiro-ministro, são uma forma de plasticina para adultos.

Homofobia - Ser crítico do casamento dos homossexuais.

Islamofobia - Ter dúvidas sobre a compatibilidade de certas práticas tradicionais no islão com os fundamentos do Estado de direito e das democracias. Deve ser condenada severamente em nome do multiculturalismo e do "diálogo das civilizações".

A maior do mundo, a maior da Europa, a maior da Europa do Sul, a maior do mundo em zona urbana, a maior de sempre a ser construída, a mais moderna do mundo, a mais moderna da Europa, a mais moderna da Península Ibérica, a mais avançada do mundo, a mais avançada da Europa, a mais avançada no seu género, etc., etc. - Caracterização de qualquer coisa que seja inaugurada na área da energia pelo primeiro-ministro no país mais avançado no mundo em matéria de tecnologia de inaugurações.

Maioria absoluta - Momento em que a governação era tão estável, eficaz e maviosa que, ao fim de quase cinco anos, uma parte do país estava em guerra contra outra, as escolas estavam bloqueadas e todos os indicadores estavam a cair por aí abaixo mesmo antes dos efeitos da crise internacional.

terça-feira, dezembro 22, 2009  
Anonymous Anónimo said...

Não sabia oficialmente - Sabia de tudo, só que não chegou nada por ofício, pelo que a parte do cérebro que tinha a informação "não-oficial" não comunicou com a aparte do cérebro onde está o arquivo dos papéis oficiais e por isso pode dizer ao Parlamento que "não sabia de nada" sem mentir.

Orçamento redistributivo - Orçamento que não se pode chamar rectificativo porque o ministro das Finanças disse que nunca faria nenhum.

Parlamento - O actual lugar do mal, onde habita o Diabo da irresponsabilidade.

Politização da justiça - Um magistrado do Ministério Público e um juiz ousarem considerar que o primeiro-ministro podia ter cometido um crime detectado numas escutas fortuitas.

Presidente da República - Entidade que se nomeia para se dizer que está "fragilizado".

Presidente da República - Entidade a que se apela a que fale se ele falar contra o Parlamento e para "pôr na ordem" a oposição. Entidade a que se apela a que não fale se for para nos prevenir sobre a gravidade da situação económica, porque isso significa uma inaceitável intromissão na área da governação.

Responsabilidade - Responsável é votar com o Governo e o PS, irresponsável é votar com a oposição.

Velhos do Restelo - Convinha ir ler Camões e Sá de Miranda para se saber o que são, antes de se usar tal classificação.

Violar o segredo de justiça - Crime que é o supremo crime se se tratar de divulgar peças de processos que incomodam o PS, o Governo e o primeiro-ministro. Divulgar peças de processos que incomodam o PSD, o PP ou outros partidos da oposição é uma forma menor de violar o segredo de justiça, inteiramente desculpável pelo interesse público.

terça-feira, dezembro 22, 2009  
Anonymous Os resultados das eleições foram forjados... said...

Só pode... bastar ler tudo o que são jornais e revistas online... como é possível? A não ser que só os analfabetos e os ignorantes que não sabem ler tenham sido os únicos a votar em Sócrates... bem na realidade, Portugal está bem guarnecido nessa faixa...

terça-feira, dezembro 22, 2009  
Anonymous AC said...

Quem não te conhecer que te "compre"....
.. mas parece que há muita gente que não conhece. e a "agenda" é de fartar de rir: Casamento! entre pessoas do mesmo sexo, regionalização ( com o aumento dos boys que se sentam à mesa do orçamento), eutanásia, adequar os códidos jurídicos para "safar" os "amigos " ou seja uma agenda pessoal porque o país existe para os servir. As coisas menores como o desemprego, a insegurança, as más leis criadas por incompetentes/malabaristas, a saúde, a educação, o desenvovimento económico isso há muito tempo , pois o país "vota" sempre em nós.

terça-feira, dezembro 22, 2009  
Anonymous Pois é said...

Portugal está à deriva, pois o capitão pirata quer largar o navio podre, ao largo espreitam corsários de má estirpe para lhe ocuparem o lugar e continuar o saque...

terça-feira, dezembro 22, 2009  
Anonymous Manel said...

Não obstante o PM ser parte integrante de muitos dos problemas que enfrentamos e teremos de enfrentar, a responsabilidade maior é de uma boa percentagem de portugueses, ditos politicamente esclarecidos, que permitiram que tal personagem tivesse sido reeleito.Creio que infelizmente não iremos ficar por aqui. Sócrates e o PS estão a preparar o terreno para provocarem novas eleições, com o objectivo da maioria absoluta. Não obstante Deus ter dotado o ser humano de inteligência, existe ainda uma grande percentagem de portugueses com falta de clarividência. De facto tais portugueses, talvez por comodidade prefiram que pensem por eles, desperdiçando um dom que Deus lhes proporcionou. É de facto na santa ignorância que muitos dos politicos apostam, para conduzir o País ao holocausto sócio-económico a muito curto prazo. O PM e o PS aproveitam esta dádiva de muitos dos portugueses para se perpetuarem no poder.É certo que não existe muito por onde escolher. Todavia também é certo que qualquer valor maior do que zero é ganho.Batemos no fundo e com tal violência que provávelmente rompemos a barreira e estamos abaixo de zero.Como o assunto é muito sério, esperemos que os portugueses pensem no País, nos seus filhos e nos seus netos e deixem de pensar nos partidos e no voto à esquerda e à direita. Pensem em função do que querem para vós e para nós todos e não para manterem no poder quem já provou não ter qualquer capacidade para governar.

terça-feira, dezembro 22, 2009  

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