As entradas em 2010
"(Onde se anota o que entrou bem e o que entrou mal neste novo ano, a saber e respectivamente, a Bolsa e o inevitável Sócrates, com uma séria referência científica para outro assunto do mais alto interesse para homens e mulheres - utilizando a figura dos pés a entrar na soleira).
Pé direito: a Bolsa - Não foi um maná, e ainda bem, porque esses almoços grátis são sempre facturados "a posteriori", mas o início de ano foi mesmo auspicioso. Claro que me não estou só a referir à bolsa portuguesa, mas à globalidade, em particular às mais marcantes, havendo a referir que, em uníssono, respiraram confiança (coisa bem melhor que exuberância), suportada em dados objectivos.
A correr, pode referir-se que, no primeiro dia útil do ano, o Dow Global marcou um impressionante ganho de 1,74%, com um notório aumento de transacções, acima do esperado, pois já é expectável que nos dias das festas (ocidentais, mas repercutindo-se no mundo) os negócios decresçam; pelo lado das mercadorias, os ganhos em máximo revelam que a expectativa é no sentido do aumento das produções, o que equivale a crescimento económico; pelo lado da volatilidade, o Vix de Chicago vai consolidando abaixo dos 20, o que é excelente para os investidores e notícia menos feliz para os especuladores bem sucedidos; pelo lado fundamental, as notícias de reflexo macroeconómico tiveram tintas rosa, desde dados sobre o consumo no Japão, ao crescimento forte e suportado nos mercados emergentes e ao desemprego nos Estados Unidos.
Não vai ser o bodo de 2009, mas após a falta de tendência marcada, com avanços e recuos dos últimos meses, pode ser que esteja desenhada uma boa época para os que querem taxar fortemente as mais-valias. Mas a ver vamos, claro (1)…
Pé esquerdo: Sócrates - Com este já estamos habituados, mas como ….e não sai de cima, temos que o referir porque o país está nas mãos do PS e o PS está nas mãos do cavalheiro. A mensagem de Natal (ou Ano Novo ou qualquer coisa da República, não sei bem) foi o habitual varrer do lixo para debaixo do tapete (até ia dizer "topete"), em que está tudo bem sem deixar perceber porque estamos mal e o que se vai fazer acerca de. Aquilo meteu a lareira que até os cegos sabem que vai estar presente, bandeira nacional , cadeirão e voz de "melaço", cena a que só faltou fundo melódico, género a "Primavera" em som de música de elevador .
O que sai a seguir é arremeter com o TGV, a fim de contribuir para o despesismo inoportuno e o aumento do insuportável défice externo; proclamar que "o País não pode ter dois orçamentos", insinuando que tal anomalia não seria de atribuir ao responsável pela passagem do mesmo, isto é, ele próprio; e desatando a fazer simulacros de inaugurações, com uma caravana de ministros, em frenesim de campanha eleitoral e com o habitual discurso da treta.
Bem sei que, depois de um péssimo arranque, Assis e outros estão na fundamental mensagem de cooperação para se chegar a um bom orçamento, mas temo que o PS se encontre na estratégia do ventríloquo, segundo a qual quem está a falar não conta, porque não é quem está a dizer.
Mas a ver vamos, claro…
Pé do meio: afinal, não há ponto G - Logo no início do ano, a Humanidade foi confrontada com uma notícia sobre investigadores ingleses, os quais , após longos anos de estudo, concluíram que o mítico ponto G das mulheres, anunciado nos anos 50 por um alemão, pura e simplesmente não existe.
Alarmado, ainda coloquei a hipótese negacionista de se tratar de uma mera rivalidade histórica anglo-alemã ou de uma simples emanação da regra "no sex, please, we are british". Mas lembrei-me, também, que, ao longo destes anos, o género masculino, numa verdadeira busca de Graal, ia para o diáfano trabalho armado de sondas, microscópios e sonares , enquanto, frustradamente, recebia censuras das inquisitivas parceiras pelo fiasco na devassa. Mas nada!
Em suma: mais uma vez, o agnosticismo triunfou, enquanto os crentes andaram a perder tempo.
Nesta, pelos vistos, estamos vistos.
(1) Por falar nisso, não se esqueça, leitor, de ficar atento aos resultados nos Estados Unidos, onde está a começar a "earnings season". Para já, ver o resultado da Intel , ontem, e da J. P. Morgan, hoje. "
Fernando Braga de Matos
Pé direito: a Bolsa - Não foi um maná, e ainda bem, porque esses almoços grátis são sempre facturados "a posteriori", mas o início de ano foi mesmo auspicioso. Claro que me não estou só a referir à bolsa portuguesa, mas à globalidade, em particular às mais marcantes, havendo a referir que, em uníssono, respiraram confiança (coisa bem melhor que exuberância), suportada em dados objectivos.
A correr, pode referir-se que, no primeiro dia útil do ano, o Dow Global marcou um impressionante ganho de 1,74%, com um notório aumento de transacções, acima do esperado, pois já é expectável que nos dias das festas (ocidentais, mas repercutindo-se no mundo) os negócios decresçam; pelo lado das mercadorias, os ganhos em máximo revelam que a expectativa é no sentido do aumento das produções, o que equivale a crescimento económico; pelo lado da volatilidade, o Vix de Chicago vai consolidando abaixo dos 20, o que é excelente para os investidores e notícia menos feliz para os especuladores bem sucedidos; pelo lado fundamental, as notícias de reflexo macroeconómico tiveram tintas rosa, desde dados sobre o consumo no Japão, ao crescimento forte e suportado nos mercados emergentes e ao desemprego nos Estados Unidos.
Não vai ser o bodo de 2009, mas após a falta de tendência marcada, com avanços e recuos dos últimos meses, pode ser que esteja desenhada uma boa época para os que querem taxar fortemente as mais-valias. Mas a ver vamos, claro (1)…
Pé esquerdo: Sócrates - Com este já estamos habituados, mas como ….e não sai de cima, temos que o referir porque o país está nas mãos do PS e o PS está nas mãos do cavalheiro. A mensagem de Natal (ou Ano Novo ou qualquer coisa da República, não sei bem) foi o habitual varrer do lixo para debaixo do tapete (até ia dizer "topete"), em que está tudo bem sem deixar perceber porque estamos mal e o que se vai fazer acerca de. Aquilo meteu a lareira que até os cegos sabem que vai estar presente, bandeira nacional , cadeirão e voz de "melaço", cena a que só faltou fundo melódico, género a "Primavera" em som de música de elevador .
O que sai a seguir é arremeter com o TGV, a fim de contribuir para o despesismo inoportuno e o aumento do insuportável défice externo; proclamar que "o País não pode ter dois orçamentos", insinuando que tal anomalia não seria de atribuir ao responsável pela passagem do mesmo, isto é, ele próprio; e desatando a fazer simulacros de inaugurações, com uma caravana de ministros, em frenesim de campanha eleitoral e com o habitual discurso da treta.
Bem sei que, depois de um péssimo arranque, Assis e outros estão na fundamental mensagem de cooperação para se chegar a um bom orçamento, mas temo que o PS se encontre na estratégia do ventríloquo, segundo a qual quem está a falar não conta, porque não é quem está a dizer.
Mas a ver vamos, claro…
Pé do meio: afinal, não há ponto G - Logo no início do ano, a Humanidade foi confrontada com uma notícia sobre investigadores ingleses, os quais , após longos anos de estudo, concluíram que o mítico ponto G das mulheres, anunciado nos anos 50 por um alemão, pura e simplesmente não existe.
Alarmado, ainda coloquei a hipótese negacionista de se tratar de uma mera rivalidade histórica anglo-alemã ou de uma simples emanação da regra "no sex, please, we are british". Mas lembrei-me, também, que, ao longo destes anos, o género masculino, numa verdadeira busca de Graal, ia para o diáfano trabalho armado de sondas, microscópios e sonares , enquanto, frustradamente, recebia censuras das inquisitivas parceiras pelo fiasco na devassa. Mas nada!
Em suma: mais uma vez, o agnosticismo triunfou, enquanto os crentes andaram a perder tempo.
Nesta, pelos vistos, estamos vistos.
(1) Por falar nisso, não se esqueça, leitor, de ficar atento aos resultados nos Estados Unidos, onde está a começar a "earnings season". Para já, ver o resultado da Intel , ontem, e da J. P. Morgan, hoje. "
Fernando Braga de Matos
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