domingo, abril 11, 2010

Amarras sem cais


Os dias correm, o tempo não nos é favorável,
como num sonho evoco as lembranças de infância,
quando estava com febre e sentia as dores no corpo e me cuidavam,
hoje sinto saudades e sinto que sou um ser instável,
não tenho as coisas que me davam,
daí o sonho como no início do sono,
como a queda controlada não se sabia para onde,
sabia apenas que iria despertar antes de cair e acordava do sono,
hoje não me são permitidas veleidades,
apenas tenho de aceitar as coisas como absolutas verdades,
sem mais,
apenas o que é permitido a um homem que se julga sem amarras,
só que o preço a pagar é demais,
foi o que fui construindo que me prende,
porque não há culpados nem inocentes nestas coisas sem cais,
apenas se vive, não se compra nem se vende.

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