Submarinos e política
"As últimas notícias sobre o negócio dos submarinos voltam a colocar velhas questões na política portuguesa.
Em primeiro lugar, um avanço da justiça alemã, ainda que acidental, evidencia o habitual pântano da nossa justiça de cada vez que são visados interesses demasiado próximos da política ou do próprio Estado.
Há por cá um processo em investigação há demasiado tempo, que esteve parado quase um ano, que tem sido o território da habitual guerra do Ministério Público com a PJ. Depois, os grandes negócios do Estado, em particular o desastre que tem vindo a revelar-se a modernização das Forças Armadas; submarinos, blindados, arma ligeira, helicópteros.
Há demasiados fumos de suspeita que atravessam vários governos mas concentram-se, sobretudo, no de Durão Barroso e Paulo Portas. Já todos percebemos que as contrapartidas são um logro e uma vergonha mas, exceptuando Henrique Neto e um ou outro deputado, ninguém parece preocupar-se.
Por fim, uma e outra coisa, justiça lenta e ineficaz em mistura explosiva com opacidade ou verdades formais construídas na hábil manipulação de regulamentos, concursos e leis, representam uma forma inaceitável de gestão de recursos públicos. Com negociatas destas não há PEC que resista à mais que compreensível má-vontade de quem passa a vida a acertar os furos do cinto."
Eduardo Dâmaso
Em primeiro lugar, um avanço da justiça alemã, ainda que acidental, evidencia o habitual pântano da nossa justiça de cada vez que são visados interesses demasiado próximos da política ou do próprio Estado.
Há por cá um processo em investigação há demasiado tempo, que esteve parado quase um ano, que tem sido o território da habitual guerra do Ministério Público com a PJ. Depois, os grandes negócios do Estado, em particular o desastre que tem vindo a revelar-se a modernização das Forças Armadas; submarinos, blindados, arma ligeira, helicópteros.
Há demasiados fumos de suspeita que atravessam vários governos mas concentram-se, sobretudo, no de Durão Barroso e Paulo Portas. Já todos percebemos que as contrapartidas são um logro e uma vergonha mas, exceptuando Henrique Neto e um ou outro deputado, ninguém parece preocupar-se.
Por fim, uma e outra coisa, justiça lenta e ineficaz em mistura explosiva com opacidade ou verdades formais construídas na hábil manipulação de regulamentos, concursos e leis, representam uma forma inaceitável de gestão de recursos públicos. Com negociatas destas não há PEC que resista à mais que compreensível má-vontade de quem passa a vida a acertar os furos do cinto."
Eduardo Dâmaso
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