Chorar de inveja
"Portugal termina as suas participações futebolísticas em grande. Quando não desatamos a esmurrar o árbitro, rumamos para o aeroporto para tentar esmurrar o seleccionador. Ou então temos o próprio seleccionador a esmurrar (verbalmente) a Federação, um gesto que o próprio desmente esmurrando os jornalistas.
Não havia necessidade. Até porque a eliminação prometia devolver alguma da sanidade que o país começou a alienar quando a rapaziada se juntou na província para ‘estágio’. Foram milhares de horas televisivas a dissecar a equipa e a sua táctica – e não havia lá pelo meio uma criatura que dissesse a evidência: o futebol é um jogo e o país é um manicómio.
Nem ontem, nem hoje: depois da derrota, procuram-se ainda ‘causas’ para o fracasso, como se o fracasso precisasse de uma. Verdade que ainda não chegámos a França, onde há inquéritos parlamentares para apurar ‘responsabilidades’. Mas lamenta-se que Portugal não siga, pelo menos, o exemplo da Nigéria, que tenciona enviar a equipa nacional para férias durante os próximos dois anos. Quase choro de inveja."
João Pereira Coutinho
Não havia necessidade. Até porque a eliminação prometia devolver alguma da sanidade que o país começou a alienar quando a rapaziada se juntou na província para ‘estágio’. Foram milhares de horas televisivas a dissecar a equipa e a sua táctica – e não havia lá pelo meio uma criatura que dissesse a evidência: o futebol é um jogo e o país é um manicómio.
Nem ontem, nem hoje: depois da derrota, procuram-se ainda ‘causas’ para o fracasso, como se o fracasso precisasse de uma. Verdade que ainda não chegámos a França, onde há inquéritos parlamentares para apurar ‘responsabilidades’. Mas lamenta-se que Portugal não siga, pelo menos, o exemplo da Nigéria, que tenciona enviar a equipa nacional para férias durante os próximos dois anos. Quase choro de inveja."
João Pereira Coutinho
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