sexta-feira, novembro 19, 2010

Só Grécia segue Portugal na recessão em 2011

"No próximo ano, Portugal vai entrar em recessão, só sendo acompanhado pela Grécia. Mais: O desemprego vai continuar a bater recordes, atingindo os 11,4% no próximo ano. "As estimativas da OCDE para este ano não coincidem com as do Governo porque são melhores", afirmou o ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira (mais aqui)"

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7 Comments:

Anonymous Atento said...

Que se saiba , não há qualquer acordo parlamentar ou de qualquer outra ordem entre o PS e a oposição. Quem quer ser sério entende que o PSD viabilizou o orçamento para não colocar o país numa crise ainda maior, e aproveitou para fazer Sócrates aceitar uma baixa nos impostos. ___ A tentativa dos comunistas e revolucionários, associar os partidos PS-PSD-CDS, tem um objectivo. Puxar os descontentes para a extrema esquerda, e começar desde já a fazer oposição a um possível próximo vencedor das Eleições Legislativas Antecipadas. ___ Como o PCP e o Bloco nunca vão colocar os pés no governo ( a menos que façam um golpe de estado ), a democracia portuguesa sairá sempre de qualquer combinação entre os partidos democráticos. ____ São os partidos que temos. Só têm de alterar o modo como têm governado o país.

sexta-feira, novembro 19, 2010  
Anonymous Anónimo said...

O desemprego em Portugal poderá ser esquematizado da seguinte forma: o aumento do desemprego conjuntural que decorre da fase do ciclo e das incertezas com a evolução da actividade económica futura, que se irá manter; o desemprego persistente, cuja evolução será função do gradualismo do ajustamento da economia portuguesa; o desemprego em grupos específicos, associado à fragmentação do mercado de trabalho em Portugal. Por último, que o processo de correcção dos desequilíbrios da economia portuguesa será severo e que os dados sugerem que este processo já corre o seu curso no sector privado.

Gonçalo Pascoal

sexta-feira, novembro 19, 2010  
Anonymous Gonçalo Pascoal said...

A pressão para as empresas se tornarem ainda mais competitivas dada a concorrência acrescida nos mercados de exportação pressiona, neste contexto de incerteza, à adopção de uma atitude prudente nas decisões de contratação. A redução, incontornável, do endividamento da economia portuguesa só será exequível se se cuidar da atractividade dos produtos e dos serviços portugueses. O que implica alterações substanciais nos factores de competitividade. Entre outros, a produtividade e o respectivo custo. Outros mais há, e que poderíamos de um modo grosseiro denominar de qualidade, mas são mais subjectivos. Tomemos atenção aos dois primeiros.

A produtividade aparente do trabalho tende a crescer nas fases iniciais da retoma económica, na medida em que as empresas recorrem aos recursos produtivos que estiveram sub-utilizados durante o período de menor crescimento económico anterior. Este comportamento verifica-se em Portugal actualmente. O incremento na produtividade aparente do trabalho tem sido dos mais elevados dos últimos dez anos. Tem vindo a moderar ao longo de 2010 mas ainda é muito significativo. Aplicando aos próximos trimestres as dinâmicas até agora verificadas, o resultado confirma a dificuldade em contrariar a tendência de aumento da taxa de desemprego a curto prazo.

Do lado dos custos do factor trabalho, os indicadores relativos ao terceiro trimestre já evidenciam uma moderação significativa em muitos sectores. Especificamente, em termos agregados, o índice de custo do trabalho (excluindo a administração pública) desceu no terceiro trimestre 0,5% em termos homólogos, com comportamentos diferenciados consoante os sectores de actividade económica. De um modo geral, a redução do índice de custo de trabalho em termos homólogos verificou-se sobretudo nos sectores cujos bens e serviços se apresentam mais próximos de uma noção de "bem/serviço não transaccionável". Significa que a competitividade preço (aqui aferida pela relação entre produtividade e custo ) está a melhorar ao longo de 2010 e que os desequilíbrios entre sectores abrigados e expostos à concorrência internacional começam a ser atenuados.

Gonçalo Pascoal

sexta-feira, novembro 19, 2010  
Anonymous Fernando said...

O maior drama da crise portuguesa não é descobrir onde está Wally, o nome carinhoso pelo qual é conhecido o FMI, mas o que fazer com José Sócrates. O primeiro-ministro deixou de ser a solução. É o âmago do problema. Tudo o que se está a discutir, de pretensos governos de salvação nacional, a maiorias de unidade local, têm um calcanhar de Aquiles. Aquilo é José Sócrates. Quem é que conseguirá fazer coligações com alguém que nunca tem dúvidas e que tem margens muito estreitas de abertura política? Quem é que poderá fazer acordos com quem desconhece o que é dialogar? Pior: continuando Sócrates a ser o líder do PS, como é que é possível fazer uma aliança com um partido cujo pastor só escuta a sua própria voz? Há, desde o início, um engarrafamento na velocidade de resposta concreta à crise. E o semáforo vermelho é José Sócrates. Só com a sua saída haverá ar condicionado para a política portuguesa. Sócrates é um problema português e não europeu. O drama da UE não é Portugal, a Irlanda ou a Grécia. É o euro e a sua salvação. É que sem o euro, esta Europa não serve para nada. Teria de se inventar uma outra Europa, com outra arquitectura. Tudo o resto é uma ficção científica criada para alimentar uma teia de burocratas em Bruxelas. O problema é que a teoria do dominó pode aplicar-se a esta complexa união monetária. Se algumas pedras caem, nada garante que outras não vão a seguir. Esse é o fantasma da UE. Sócrates é insignificante e não é Guterres nem Barroso. E o "jogging" não garante uma carreira diplomática no exterior. Assim, o que é que se pode fazer com ele?

sexta-feira, novembro 19, 2010  
Anonymous Anónimo said...

É por isso que há tantos dirigentes políticos a falar sem tento na língua. Julgam que é falando muito que evitam a desvalorização da sua presença. As palavras, leva-as o vento, dizia o poeta. Agora é diferente: as palavras, digerem-nas os mercados. Portugal deixou de dar valor às palavras. Utiliza-as sem rigor. Teixeira dos Santos, desde que deixou de acreditar que era ministro das Finanças e que passou a sonhar que tinha um grande futuro político, consegue a proeza notável de dizer coisas de manhã e de anunciar o contrário à tarde. Não é excesso de eloquência: é falta de ideias concretas. Podemos estar a pedir uma grande coligação, mas se ela for o repositório da dialéctica entranhada na classe política nacional, estaremos a institucionalizar um manicómio. Um governo forte, que é o que Portugal precisa, quer ideias concretas. Não quer um executivo que ao pequeno--almoço peça o TGV, ao almoço o dissolva em alka-seltzers e à noite seja um papão. A chicotada psicológica de que o País necessita tem a ver com rigor, honestidade, ética e inteligência estratégica. E com a noção das realidades. Durante o ano de 2011, Portugal vai ter de ir ao mercado financiar as suas débeis contas. Tarefa hercúlea. Ou seja, se estamos à beira do abismo, é melhor mergulhar nele já e revolver a lama que entope o País. A política salta-pocinhas deste Governo atingiu o delírio total. Julga agora que é Shakespeare a declamar se é ou não é Governo. O problema é que a única certeza que há é a de que esta situação é insustentável.

sexta-feira, novembro 19, 2010  
Anonymous Avelino said...

Os últimos dados divulgados pelo INE sobre a evolução do PIB foram, na última semana, motivo de regozijo de muitos comentadores e responsáveis políticos.
Os números foram saudados, como que a confirmar que, ao contrário do que as "cassandras" agoiram, um milagre ainda é possível, ou seja: evitar a catástrofe financeira e o declínio económico, escapando assim às dolorosas reformas estruturais que há muito aguardam adopção e aplicação pelas principais forças políticas.

Uma visão de conjunto dos últimos dados conjunturais, para toda a Zona Euro, revela a precipitação e a leviandade daqueles comentários. Os dados disponíveis revelam que, não só não existem crescimento ou recuperação relevantes na actividade, como mostram, igualmente, que a divergência face à União Europeia segue na senda do aprofundamento, confirmando-se, novamente, que - para além das perturbações de origem externa, que não podem ser ignoradas - o principal problema que defrontamos reside no campo doméstico.

sexta-feira, novembro 19, 2010  
Anonymous Anónimo said...

salvam ou deitam abaixo é errada e idiota!
O que tem feito fazer subir as taxas de juro é a nossa trajectória de endividamento enorme e crescente, e o reconhecimento de que o rumo à falencia nacional já não se pode inverter!

Diz-se; "Convinha, talvez, que quem nos governa, assim como a classe política em geral, [...] dando prioridade absoluta à gestão das expectativas dos mercados [...]."

Ora isto é uma estupidez!
O que nós temos de fazer NÂO É gerir muito bem as expectativas dos mercados financeiros!
O que nós temos de fazer É passar a viver sem consumir mais do que produzimos, ou seja, sem termos de pedir sempre mais e mais dinheiro emprestadado para alimentar habitos insustentáveis!
(É claro que isso é impossivel para a nossa desgraçada sociedade chucha, mas isso é outra questão...)

sexta-feira, novembro 19, 2010  

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