A maioria silenciosa ganhou as eleições o resto é conversa...
Acerca da oliveira velha de séculos.
O que li num jornal ou agência noticiosa:
Cavaco Silva foi eleito com 2.230.104 votos, o equivalente a 52.94 % daqueles que foram às urnas.
Na prática, cerca de 25% dos portugueses elegeram o presidente de todos nós, enquanto 53,37% se demitiram de o fazer.
Sobre quem votou, vale ainda referir os 191.159 cidadãos que tiveram de se resignar com uma lei que subalterniza quem se dá ao trabalho de ir votar … em branco.
Este é um pronunciamento cristalino, mas inconveniente para o status quo da democracia.
É que a conversa sobre a abstenção, um tema clássico do dia seguinte, resolve problemas a muito boa consciência.
É que a conversa sobre a abstenção, um tema clássico do dia seguinte, resolve problemas a muito boa consciência.
Todos falam com bastante propriedade sobre os riscos para a democracia, sobre as ilações para os políticos, sobre os deveres da cidadania. E, depois passa o dia seguinte, o país regressa à sua vida dita normal, os presidentes regressam ou instalam-se em Belém (e os deputados na Assembleia, e o primeiro-ministro em São Bento, e por aí fora).
Eu digo:
Elegeram um PR, com um número miserável de votos, os problemas por resolver ficam nas mãos de um homem que não teve a coragem de resolver os problemas e que só falava quando lhe convinha ou que calava quando lhe era conveniente, pior, que apenas enviava para verificar da constitucionalidade coisas que ou eram absurdas ou então o que o políticamente correcto da sua cabeça ou o politicamente correcto da sua conveniência, mandava que enviasse ou dissesse.
Este regime está morto e a culpa é da Assembleia da República e da partidocracia instalada nos corredores dos poderes, de todos os poderes que se conhecem, no Estado e fora dele e tenho dúvidas se escreva estado com maiúscula ou minúscula, porque não existe, nos seus vários poderes.
Os que ficaram em casa foram muitos mais do que os que foram votar com ou sem cartão de cidadão, coisa que não sei o que é , Cidadão, como se do tempo da guilhotina se tratassem os entes desta minha Pátria aviltada e roubada por todos os que tomaram de assalto o dito Estado.
Depois da eleição ficamos na mesma, os partidos não querem rever a Constituição, não querem reduzir o número de deputados, (metade chegavam), reduzir ou fazer uma nova divisão administrativa do território, alguns querem ainda mais gastos e chamam regionalização a uma coisa que existe há muito, que é o municipalismo, mas atenção, temos municípios a mais, freguesias demais e regedores a mais, não são regedores são presidentes de juntas, mas temos a mais e demais.
Temos despesa a mais e uma economia destruída, uma Educação destruída, uma Justiça que não existe, em suma não existimos, estamos mortos como Nação e como país.
Basta ver os gráficos dos vencidos da vida há anos que os mostram, foram estes, que ganharam estas miseráveis eleições, porque quem não tem em quem votar fica em casa, de resto, mais ou menos inteligentes, há nos que foram e não foram votar.
Ganhou a maioria silenciosa e mais tarde ou mais cedo ela ir-se-á manifestar, é uma questão de tempo e o tempo escasseia com um PM destes, a desgraça há muito bate-nos à porta e bem podem falar em futebol ou entreter, Soares bem pode criticar, espero só que não morra antes de assistir à desgraça.
1 Comments:
Contra a Partidocracia, assinar:
http://www.gopetition.com/petition/26885.html
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