Eles riem-se
"Será a ‘troika’ simpática ou antipática? Eis a pergunta do momento, que consome os jornalistas nativos. Todos os dias, lá estão eles, com as lentes apontadas para os ‘senhores da ajuda externa’, tudo com o propósito de saber se eles riem ou fazem caretas. Seis anos de propaganda socrática tinham que dar nisto: a redução do mundo a questões de imagem e personalidade.
Eu, por mim, não tenho dúvidas: a ‘troika’ é simpaticíssima. Basta imaginá-la no dia de ontem, a sair para uma Lisboa a meio gás, com o funcionalismo público sabe Deus onde – e eles, ‘os homens sem rosto’, para usar a feliz expressão da esquerda marciana, a perguntarem para onde terá ido o país falido que eles supostamente vão resgatar. Então um jornalista aproxima-se da temível ‘troika’ e comunica aos ‘homens sem rosto’ que o governo mandou fechar a pátria mais cedo para as festividades. ‘Tolerância de ponto’, essa gloriosa instituição nacional.
O facto de nenhum dos três ter apanhado de imediato um avião para casa, encerrando os relatórios com um carimbo de ‘insanidade’, é a prova definitiva de que eles riem e não fazem caretas."
João Pereira Coutinho
Eu, por mim, não tenho dúvidas: a ‘troika’ é simpaticíssima. Basta imaginá-la no dia de ontem, a sair para uma Lisboa a meio gás, com o funcionalismo público sabe Deus onde – e eles, ‘os homens sem rosto’, para usar a feliz expressão da esquerda marciana, a perguntarem para onde terá ido o país falido que eles supostamente vão resgatar. Então um jornalista aproxima-se da temível ‘troika’ e comunica aos ‘homens sem rosto’ que o governo mandou fechar a pátria mais cedo para as festividades. ‘Tolerância de ponto’, essa gloriosa instituição nacional.
O facto de nenhum dos três ter apanhado de imediato um avião para casa, encerrando os relatórios com um carimbo de ‘insanidade’, é a prova definitiva de que eles riem e não fazem caretas."
João Pereira Coutinho
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