Maldita parelha

"A um mês das eleições, o espectáculo dado pelos dois partidos do regime continua a ser deplorável. PS e PSD, os grandes responsáveis pelo estado miserável da Pátria, fazem questão de mostrar que estão preparadíssimos para manter tudo como dantes, neste triste e deprimido quartel de Abrantes.

Os socialistas do senhor engenheiro relativo arranjaram um programa eleitoral feito de coisa nenhuma, arrumaram esse ritual democrático numa penada e esperam ansiosamente pela sentença de morte decretada pela troika com as facas afiadas contra aos seus parceiros de ocupação do Estado. Os sociais--democratas, liderados pelo rapazinho de Massamá, especialista em farófias, economista relativo e cada vez mais liberal nas horas vagas, insultam os indígenas que não os querem no pote e tentam desesperadamente mostrar-se como os perfeitos executantes da política de desgraça que aí vem a reboque de um avião carregado de euros.

No meio desta pobreza franciscana, moral e material, é bom ouvir alguém como Paulo Portas assumir-se como candidato a primeiro-ministro. Finalmente aparece alguém com coragem para meter na lixeira o Bloco Central, esta maldita parelha lusitana."

António Ribeiro Ferreira