Abril em Portugal
"O eng. Sócrates acusa o PSD de ter uma "agenda escondida". Para nossa desgraça, a agenda do PS é pública. Ainda há pouco tempo, preocupávamo-nos, ou devíamos preocupar-nos, com a anedota em que o país se tornou e com o que pensariam os que viam a anedota de fora. Agora convém recear os que a vêem de dentro.
Refiro-me, claro, aos senhores da famosa troika, os quais vasculham as catacumbas do Ministério das Finanças a fim de compreender a quantidade de dinheiro que espatifámos nos últimos anos e a quantidade de dinheiro que precisamos de espatifar nos próximos. Mas os sinais de que Portugal escapa às amarras da compreensão multiplicam-se a cada dia.
Primeiro, o ministro das Finanças é enxotado para parte incerta e substituído nas negociações com o FMI (e colegas) por esse portento da ciência económica chamado Pedro Silva Pereira. Depois, decerto em nome da "credibilidade", o Governo decide acrescentar a "tolerância de ponto" a uma sucessão de fins-de- -semana, feriados e dias santos, benesse que custa poucas dezenas de milhões e em que apenas os demagogos reparam. Em seguida, durante as férias improvisadas, descobriu-se que, entre previsões falhadas, medidas calamitosas e puras falcatruas, o défice e a dívida situam-se um bocadinho acima das mais recentes garantias do Governo, já de si um bocadinho acima de inúmeras garantias anteriores. Após as férias, o primeiro-ministro acorda para dar uma entrevista televisiva rodeado por pavões, desta vez literais, e jurar à nação que as grandes obras públicas, incluindo TGV, travessia do Tejo e aeroporto de Alcochete, se mantêm prioritárias. De brinde, uma autarquia socialista compra dois estádios de futebol e a capital desaparece às primeiras chuvas. Naturalmente, o eng. Sócrates continua a responsabilizar o pobre dr. Passos Coelho pela miséria pátria e, a acreditar nas sondagens, arrisca-se a vencer as eleições de Junho.
Em teoria, os senhores da troika vieram resgatar-nos. Na prática, suspeito que hoje eles é que anseiam ser resgatados com urgência do manicómio para onde, em má hora, o ofício os lançou. À distância, os diversos estadistas europeus que regularmente emitem umas dúvidas sobre a eficácia (e a justiça) da ajuda a Portugal não sabem da missa a metade. Você emprestaria 80, 90, 100 mil milhões a esta gente? Eu não emprestava dez euros, embora eles mos tirem na mesma."
Alberto Gonçalves
Refiro-me, claro, aos senhores da famosa troika, os quais vasculham as catacumbas do Ministério das Finanças a fim de compreender a quantidade de dinheiro que espatifámos nos últimos anos e a quantidade de dinheiro que precisamos de espatifar nos próximos. Mas os sinais de que Portugal escapa às amarras da compreensão multiplicam-se a cada dia.
Primeiro, o ministro das Finanças é enxotado para parte incerta e substituído nas negociações com o FMI (e colegas) por esse portento da ciência económica chamado Pedro Silva Pereira. Depois, decerto em nome da "credibilidade", o Governo decide acrescentar a "tolerância de ponto" a uma sucessão de fins-de- -semana, feriados e dias santos, benesse que custa poucas dezenas de milhões e em que apenas os demagogos reparam. Em seguida, durante as férias improvisadas, descobriu-se que, entre previsões falhadas, medidas calamitosas e puras falcatruas, o défice e a dívida situam-se um bocadinho acima das mais recentes garantias do Governo, já de si um bocadinho acima de inúmeras garantias anteriores. Após as férias, o primeiro-ministro acorda para dar uma entrevista televisiva rodeado por pavões, desta vez literais, e jurar à nação que as grandes obras públicas, incluindo TGV, travessia do Tejo e aeroporto de Alcochete, se mantêm prioritárias. De brinde, uma autarquia socialista compra dois estádios de futebol e a capital desaparece às primeiras chuvas. Naturalmente, o eng. Sócrates continua a responsabilizar o pobre dr. Passos Coelho pela miséria pátria e, a acreditar nas sondagens, arrisca-se a vencer as eleições de Junho.
Em teoria, os senhores da troika vieram resgatar-nos. Na prática, suspeito que hoje eles é que anseiam ser resgatados com urgência do manicómio para onde, em má hora, o ofício os lançou. À distância, os diversos estadistas europeus que regularmente emitem umas dúvidas sobre a eficácia (e a justiça) da ajuda a Portugal não sabem da missa a metade. Você emprestaria 80, 90, 100 mil milhões a esta gente? Eu não emprestava dez euros, embora eles mos tirem na mesma."
Alberto Gonçalves
1 Comments:
Só quando em S. Bento, onde continuas a pavonear-te, fôr tudo regado e limpo com criolina e o povo inaugurar lá uma mais que necessária ETAR é que, tanto o Tejo, como o Paìs que "poluiste", ficam despoluidos ! É preciso ser persistente e começar as obras em 5 de Junho p.f. Reconheço no entanto que neste evento há alguma vontade de "limpar e eliminar" a muita caca que fizeste nos últimos 6 anos.Qual a primeira que usaste na inauguração!? (Escrito de acordo com o acordo ortográfico JLello"
Só quando em S. Bento, onde continuas a pavonear-te, fôr tudo regado e limpo com criolina e o povo inaugurar lá uma mais que necessária ETAR é que, tanto o Tejo, como o Paìs que "poluiste", ficam despoluidos ! É preciso ser persistente e começar as obras em 5 de Junho p.f. Reconheço no entanto que neste evento há alguma vontade de "limpar e eliminar" a muita caca que fizeste nos últimos 6 anos.Qual a primeira que usaste na inauguração!? (Escrito de acordo com o acordo ortográfico JLello"
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