O que é, hoje, evidente é o aumento exponencial de milhões de pobres na Europa e nos EUA, enquanto se agravam, escandalosamente, as assimetrias de distribuição de rendimento. Vêm sempre com a lenga-lenga dos benefícios para os pobrezinhos da Ásia, quando, na verdade, os grandes beneficiários são todos os que gravitam nas grandes corporações multi-nacionais. Esses e os regimes ditatoriais, que prosperam na mais completa ausência de princípios e de respeito pelos direitos humanos, com o beneplácito dos governos ocidentais (e destes ratos de academia que lhes fazem o jeito de o justificar teoricamente). A solução, diz o iluminado, é obrigar (nem que seja à paulada) toda a população ocidental a tirar um curso superior. Acontece que (se este senhor tivesse um pingo de discernimento, bom-senso e conhecimento da natureza humana já o teria percebido) as pessoas também têm o direito de não ter as capacidades, ou a motivação, ou as condições para estudarem durante quinze ou vinte anos (dando de barato que haveria emprego para todos...). O ponto é que uma sociedade têm a obrigação de oferecer oportunidades e trabalho a todos os seus membros, e não só aos mais estudiosos ou mais ricos. Tratem de exigir à China condições de trabalho e regras sociais e ambientais semelhantes ao mundo civilizado ou reponham as barreiras alfandegárias. Se o não fizerem (o que é o mais provável) estaremos condenados a conviver com uma pobreza e desemprego crescentes, com o consequente ressurgimento dos ventos de autoritarismo e de guerra. Não deixaria de ser trágico-cómico que a civilização ocidental e o capitalismo acabassem destruídos por um regime comunista, primeiro num mar de dívida, e por fim num mar de sangue.
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O que é, hoje, evidente é o aumento exponencial de milhões de pobres na Europa e nos EUA, enquanto se agravam, escandalosamente, as assimetrias de distribuição de rendimento.
Vêm sempre com a lenga-lenga dos benefícios para os pobrezinhos da Ásia, quando, na verdade, os grandes beneficiários são todos os que gravitam nas grandes corporações multi-nacionais. Esses e os regimes ditatoriais, que prosperam na mais completa ausência de princípios e de respeito pelos direitos humanos, com o beneplácito dos governos ocidentais (e destes ratos de academia que lhes fazem o jeito de o justificar teoricamente).
A solução, diz o iluminado, é obrigar (nem que seja à paulada) toda a população ocidental a tirar um curso superior. Acontece que (se este senhor tivesse um pingo de discernimento, bom-senso e conhecimento da natureza humana já o teria percebido) as pessoas também têm o direito de não ter as capacidades, ou a motivação, ou as condições para estudarem durante quinze ou vinte anos (dando de barato que haveria emprego para todos...).
O ponto é que uma sociedade têm a obrigação de oferecer oportunidades e trabalho a todos os seus membros, e não só aos mais estudiosos ou mais ricos.
Tratem de exigir à China condições de trabalho e regras sociais e ambientais semelhantes ao mundo civilizado ou reponham as barreiras alfandegárias.
Se o não fizerem (o que é o mais provável) estaremos condenados a conviver com uma pobreza e desemprego crescentes, com o consequente ressurgimento dos ventos de autoritarismo e de guerra.
Não deixaria de ser trágico-cómico que a civilização ocidental e o capitalismo acabassem destruídos por um regime comunista, primeiro num mar de dívida, e por fim num mar de sangue.
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