Calmaria ou efeito de maré...
Depois dos sentimentos de revolta, da vontade de fazer justiça com as próprias mãos, depois de pensar que apenas será um acto sem consequências, esse de fazer justiça pelas próprias mãos, tenho que me acalmar e ver, sentir e cheirar a brisa e os verde azuis salpicados dos tons de púrpura e amarelos ocre ou clarinhos que apenas a minha Ria Formosa me dá, mesmo quando dela afastado estou, porque é um lugar único no mundo, mas o meu mundo é um mundo pequeno de pequenas coisas, de pequenas alegrias dentro dos sofrimentos que me são impostos e que vivo também pelos outros, porque é preciso viver pelos outros, sentir pelos outros, fora da maldade e da miséria deste pântano em que transformaram a vida de muitos de nós, persistindo, sem fim à vista e sem esperança que a coisa nos largue como um cancro metastizado que não larga o moribundo, que não sabe que o é.
Seremos todos moribundos neste país que se afunda levado por políticos sem escrúpulos e sem alma, tal como bandidos sem moral e sem respeito pelas vidas dos outros?
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