A falta de solidariedade da UE é evidente.Cada um por si.A Europa sempre foi assim.A ideia peregrina de que a constituição da UE apagaria alguns séculos de lutas por materias-primas dentro e fora de portas é ridicula.Sempre o disse.A UE nunca será uma federação.Isto é pura utopia.Uma coisa é o desejo de pessoas inteligentes e bem-intencionadas(p.e. Mario Soares); outra é a realidade dos factos.Não há nada a fazer.E para quê tanta luta pela aprovação do Tratado de Lisboa? À primeira dificuldade, voltaram a predominar os interessses nacionais.E será sempre assim.A Europa vai ser um clube a 2 ou 3 velocidades.E é por perceber isto que o Reino Unido nunca quis aderir em plenitude à UE, não quebrando os seus laços atlanticos. A saida da Grecia e depois de outros paises do Euro, inclusive de Portugal será catastrofica para eles no curto prazo mas a realidade é que organizações deste tipo só funcionam com mecanismos de solidariedade muito fortes entre os paises mais ricos e mais pobres, algo que como se prova não existe. Os fundos europeus não são uma dádiva dos ricos: é a contrapartida destes aos países mais pobres para garantir a abertura dos seus mercados. Em economia ninguem dá nada a ninguem. Neste momento, os países mais ricos da UE começam a virar-se para outros mercados (America Latina, Asia), até pelo funcionamento de regimes mais democraticos em alguns desses países, e menos para a Europa do Sul. Portanto, a Europa do Sul deixou gradualmente de lhes ser interessante. Esta é a verdade indiscutivel. Concordo que Portugal tem que se virar para o Atlantico e para a Africa Lusófona. Temos grandes raizes culturais por lá. Há que aproveitar.E Já!!!!
Grécia pode ter tido um comportamento censurável relativamente à (des)governação do País. Mas a grande verdade é que está agora a ser vitima da maior cruzada de hipocrisia internacional, entenda-se europeia, a que alguma vez assistimos. Toda a gente aponta a Grécia como ovelha ronhosa e se tenta desmarcar dos helénicos, como se tivessem lepra. Que Europa afinal de contas vem a ser esta ? Uma Europa que se diz unida (União Europeia) mas que à primeira dificuldade trata assim um dos seus membros de forma tão aviltante... A hipocrisia das hipocrisias resulta mesmo do facto de, se a Grécia ainda não caiu, é porque a Alemanha tem lá "enterrado" muito. Caso tal não acontecesse, já a teria deixado ir ao tapete. Portugal não terá a mesma sorte. Em caso de aflição ou no extremo, de incumprimento, ninguém nos porá a mão por baixo como tem - interesseiramente - acontecido com a Grécia.
falso dizer que os Portugueses andaram a viver acima das suas possibilidades. Os Portugueses viviam de acordo com o País que tinham ou julgavam ter! Agora, se as empresas perderam os clientes e os trabalhadores ficaram sem emprego a culpa é de quem? Os governantes, eeses sim,andaram a gastar o dinheiro dos contribuintes acima do que podiam e deviam ( e só eles conheciam o estado das contas !) e os Bancos que andaram a especular com o dinheiro dos depositantes e até com outro, virtual, imaginário. Enquanto deu, engordaram eles. Agora que acabou, somos nós a pagar as suas fantasias, trafulhices e incompetência
Tirando situações pontuais onde de fato de cometeram exageros motivados por mágestão pessoal, e que estão identificados, aliás, já estavam antes da crise, a única parte dos "...Portugueses..." que viveu acima das possibilidades foi o ESTADO !
Exactamente, o Estado, que mais uma vez, sempre o fez.
Recomendo muito cuidado quando se usar essa expressaão dos "...Portugueses..." porque isso é uma maneira de misturar como se costuma dizer "alhos com bugalhos" e sacudir a responsabilidade do que aconteceu e do que ainda virá a acontecer.
Mais, devido às recentes politicas que estão a ser tomadas, mais uma vez, o Estado e não os Portugueses, será e não serão os futuros responsáveis pela aniquilação da recta do consumo privado.
Se aqui alguém perceber um minimo de economia, (o que é mais do que todo op Estado junto) perceberá que ao comprometermos o consumo privado estamos a comprometer as vendas e com isto a gerar um duplo efeito negativo que é: por um lado as lojas deixam de vender e fecham, essas pessoas irão todas para o Fundo de Desemprego, por outro lado, o estado vai cada vez mais receber menos receitas fiscais na proporção em que aumente este tipo de medidas.
Estou a dizer-vos isto porque sou de Gestão/Ecomia e isto é uma coisa que é de leitura obrigatória logo no primeiro ano da faculdade.
Espanta-me muito que o Estado esteja a ignorar esta lei da economia.
Volto a dizer.... cuidado com o que se quer incutir de se passar a dizer os Portugueses, esses não são os culpados mas sim as vitimas.
Os portugueses sim! Uns porque conseguiram através de esquemas básicos mas permitidos, burlar o estado , as entidades patronais, os fornecedores , os clientes , o dono da mercearia , o vizinho do lado ou até a mãe a o conjuge. Os outros porque toleraram e ignoraram que bastantes portugueses, se permitissem fazê-lo através de esquemas ilegais, atingindo assim determinadas zonas de conforto , fundamentalmente financeiras, colocando-se acima de todo o mal. Fomos todos. Os que votaram e até os que não votaram por considerar que essa seria a melhor forma de reclamar o que contestavam. A tradição nacional em questões importantes como por exemplo a Economia , tem-se revestido permanentemente de relaxe e indiferença. Tal como o cliente do restaurante que perante o mau atendimento a que foi sujeito , decide não lá voltar invés de reclamar como lhe é legítimo legalmente, deixando que o mal passe para uma próxima vítima, também nós todo temos deixado para mais tarde o nosso manifesto de descontentamento. Quanto à lei do consumo, concordo com o que os livros identificam, contudo não apurei nenhum capítulo sobre Educação do consumidor . É que alguns portugueses teriam muito a aprender sobre o assunto e os outros poderiam relembrar conceitos !
Esta frase é falsa!!!! Quem viveu acima das possibilidades foram alguns portugueses, os que conseguiram crédito que foi incentivado até à exaustão pelos mamões bancos, com a complacência criminosa dos vários governos, sobretudo o do pobre Sr. Silva. Depois o estado tb viveu acima das possibilidades na medida em que levou a cabo milhares de obras desnecessárias, estradas e pontes da treta, rotundas...etc. Quem mamou? Os patos bravos e os partidos do arco do poder central e local tinham assim financiamento garntido por esses patos. Depois a belas das negiociatas nas adjudicações do estado em que o sector da saúde, por envolver biliões, é o caso mais impressionante. Já nem vale a pena falar das PPIs e de outras golpadas. Depois manda-se o onus da questão para os funcionários públicos. É uma forma de mandar um manto de nevoeiro para camuflar estas situações. É uma forma de jogar portugueses contra portugueses FP e trabalhadores do privado), é o dividir para reinar!!
Portugal precisa de mais tempo para ver os frutos das reformas estruturais que, espero, sejam implementadas. Aliás, o governo parece-me que anda muito rápido a retirar certos direitos adquiridos ao povo, mas muito lento quando toca a mexer nos direitos aquiridos dos grupos que sabemos.
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A falta de solidariedade da UE é evidente.Cada um por si.A Europa sempre foi assim.A ideia peregrina de que a constituição da UE apagaria alguns séculos de lutas por materias-primas dentro e fora de portas é ridicula.Sempre o disse.A UE nunca será uma federação.Isto é pura utopia.Uma coisa é o desejo de pessoas inteligentes e bem-intencionadas(p.e. Mario Soares); outra é a realidade dos factos.Não há nada a fazer.E para quê tanta luta pela aprovação do Tratado de Lisboa? À primeira dificuldade, voltaram a predominar os interessses nacionais.E será sempre assim.A Europa vai ser um clube a 2 ou 3 velocidades.E é por perceber isto que o Reino Unido nunca quis aderir em plenitude à UE, não quebrando os seus laços atlanticos.
A saida da Grecia e depois de outros paises do Euro, inclusive de Portugal será catastrofica para eles no curto prazo mas a realidade é que organizações deste tipo só funcionam com mecanismos de solidariedade muito fortes entre os paises mais ricos e mais pobres, algo que como se prova não existe. Os fundos europeus não são uma dádiva dos ricos: é a contrapartida destes aos países mais pobres para garantir a abertura dos seus mercados. Em economia ninguem dá nada a ninguem.
Neste momento, os países mais ricos da UE começam a virar-se para outros mercados (America Latina, Asia), até pelo funcionamento de regimes mais democraticos em alguns desses países, e menos para a Europa do Sul.
Portanto, a Europa do Sul deixou gradualmente de lhes ser interessante.
Esta é a verdade indiscutivel.
Concordo que Portugal tem que se virar para o Atlantico e para a Africa Lusófona.
Temos grandes raizes culturais por lá.
Há que aproveitar.E Já!!!!
Grécia pode ter tido um comportamento censurável relativamente à (des)governação do País.
Mas a grande verdade é que está agora a ser vitima da maior cruzada de hipocrisia internacional, entenda-se europeia, a que alguma vez assistimos.
Toda a gente aponta a Grécia como ovelha ronhosa e se tenta desmarcar dos helénicos, como se tivessem lepra.
Que Europa afinal de contas vem a ser esta ? Uma Europa que se diz unida (União Europeia) mas que à primeira dificuldade trata assim um dos seus membros de forma tão aviltante...
A hipocrisia das hipocrisias resulta mesmo do facto de, se a Grécia ainda não caiu, é porque a Alemanha tem lá "enterrado" muito. Caso tal não acontecesse, já a teria deixado ir ao tapete.
Portugal não terá a mesma sorte. Em caso de aflição ou no extremo, de incumprimento, ninguém nos porá a mão por baixo como tem - interesseiramente - acontecido com a Grécia.
falso dizer que os Portugueses andaram a viver acima das suas possibilidades. Os Portugueses viviam de acordo com o País que tinham ou julgavam ter! Agora, se as empresas perderam os clientes e os trabalhadores ficaram sem emprego a culpa é de quem? Os governantes, eeses sim,andaram a gastar o dinheiro dos contribuintes acima do que podiam e deviam ( e só eles conheciam o estado das contas !) e os Bancos que andaram a especular com o dinheiro dos depositantes e até com outro, virtual, imaginário. Enquanto deu, engordaram eles. Agora que acabou, somos nós a pagar as suas fantasias, trafulhices e incompetência
Tirando situações pontuais onde de fato de cometeram exageros motivados por mágestão pessoal, e que estão identificados, aliás, já estavam antes da crise, a única parte dos "...Portugueses..." que viveu acima das possibilidades foi o ESTADO !
Exactamente, o Estado, que mais uma vez, sempre o fez.
Recomendo muito cuidado quando se usar essa expressaão dos "...Portugueses..." porque isso é uma maneira de misturar como se costuma dizer "alhos com bugalhos" e sacudir a responsabilidade do que aconteceu e do que ainda virá a acontecer.
Mais, devido às recentes politicas que estão a ser tomadas, mais uma vez, o Estado e não os Portugueses, será e não serão os futuros responsáveis pela aniquilação da recta do consumo privado.
Se aqui alguém perceber um minimo de economia, (o que é mais do que todo op Estado junto) perceberá que ao comprometermos o consumo privado estamos a comprometer as vendas e com isto a gerar um duplo efeito negativo que é: por um lado as lojas deixam de vender e fecham, essas pessoas irão todas para o Fundo de Desemprego, por outro lado, o estado vai cada vez mais receber menos receitas fiscais na proporção em que aumente este tipo de medidas.
Estou a dizer-vos isto porque sou de Gestão/Ecomia e isto é uma coisa que é de leitura obrigatória logo no primeiro ano da faculdade.
Espanta-me muito que o Estado esteja a ignorar esta lei da economia.
Volto a dizer.... cuidado com o que se quer incutir de se passar a dizer os Portugueses, esses não são os culpados mas sim as vitimas.
Os portugueses sim! Uns porque conseguiram através de esquemas básicos mas permitidos, burlar o estado , as entidades patronais, os fornecedores , os clientes , o dono da mercearia , o vizinho do lado ou até a mãe a o conjuge. Os outros porque toleraram e ignoraram que bastantes portugueses, se permitissem fazê-lo através de esquemas ilegais, atingindo assim determinadas zonas de conforto , fundamentalmente financeiras, colocando-se acima de todo o mal.
Fomos todos. Os que votaram e até os que não votaram por considerar que essa seria a melhor forma de reclamar o que contestavam.
A tradição nacional em questões importantes como por exemplo a Economia , tem-se revestido permanentemente de relaxe e indiferença. Tal como o cliente do restaurante que perante o mau atendimento a que foi sujeito , decide não lá voltar invés de reclamar como lhe é legítimo legalmente, deixando que o mal passe para uma próxima vítima, também nós todo temos deixado para mais tarde o nosso manifesto de descontentamento.
Quanto à lei do consumo, concordo com o que os livros identificam, contudo não apurei nenhum capítulo sobre Educação do consumidor . É que alguns portugueses teriam muito a aprender sobre o assunto e os outros poderiam relembrar conceitos !
Esta frase é falsa!!!! Quem viveu acima das possibilidades foram alguns portugueses, os que conseguiram crédito que foi incentivado até à exaustão pelos mamões bancos, com a complacência criminosa dos vários governos, sobretudo o do pobre Sr. Silva. Depois o estado tb viveu acima das possibilidades na medida em que levou a cabo milhares de obras desnecessárias, estradas e pontes da treta, rotundas...etc. Quem mamou? Os patos bravos e os partidos do arco do poder central e local tinham assim financiamento garntido por esses patos.
Depois a belas das negiociatas nas adjudicações do estado em que o sector da saúde, por envolver biliões, é o caso mais impressionante. Já nem vale a pena falar das PPIs e de outras golpadas. Depois manda-se o onus da questão para os funcionários públicos. É uma forma de mandar um manto de nevoeiro para camuflar estas situações. É uma forma de jogar portugueses contra portugueses FP e trabalhadores do privado), é o dividir para reinar!!
Portugal precisa de mais tempo para ver os frutos das reformas estruturais que, espero, sejam implementadas. Aliás, o governo parece-me que anda muito rápido a retirar certos direitos adquiridos ao povo, mas muito lento quando toca a mexer nos direitos aquiridos dos grupos que sabemos.
Há que manter a pressão alta sobre o governo.
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