sábado, junho 02, 2012

Regulação dos mercados e do poder não será? Não dominar? Ora, se compram os políticos o que é dominar? Lirismo...

O jornalista do Le Monde Marc Roche considera que a doutrina financeira anglo-saxónica liderada pelo banco norte-americano Goldman Sachs está atualmente instalada nos bastidores do poder, pondo em perigo a regulação em nome do lucro.

«Não acredito na teoria da conspiração, não há um plano do Goldman Sachs para dominar o mundo. A única missão do banco é produzir lucros nem que seja a ajudar os gregos a enganar as finanças ou os portugueses no processo de privatizações -- para eles é negócio não é política - O Goldman Sachs não é de direita nem de esquerda», disse à Lusa Marc Roche que estabelece um paralelo entre o poder da «filosofia» da instituição com as políticas que estão a ser adotadas atualmente na Europa por «veteranos» do banco norte-americano que partilham o mesmo pensamento e formas de trabalhar.
«Os italianos Mario Draghi e Mario Monti, o grego Lukas Papademus, o português António Borges, todos eles são antigos membros do Goldman Sachs. Não é uma seita, não é uma irmandade. São pessoas com carreiras brilhantes, que se conhecem e partilham os mesmos valores entre eles. Pessoas com os mesmos objetivos e que atuam da mesma forma», explica Roche autor do livro «O Banco -- Como o Goldman Sachs dirige o mundo» publicado esta semana em Portugal e que analisa a forma de trabalhar da instituição bancária e que se destaca, segundo o autor, dos outros grupos financeiros a nível mundial.
Diário Digital / Lusa

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

«...Lamentavelmente, a política económica suicidária da UE, que resultou nas tragédias que ja todos conhecem, acresce a queda do Governo Holandês (ironicamente, acérrimo defensor da austeridade) e o agravamento da recessão em Espanha. Por conseguinte, a zona euro vê oseu espaço de manobra cada vez mais reduzido e os ataques dos especuladores são cada vez mais mortíferos. Vale a pena lembrar umavez mais que o Goldman and Sachs, o Citygroup, o Wells Fargo, etc. apostaram biliões de dólares na implosão da moeda única.
Na sequência dos avultadíssimos lucros obtidos durante a crise financeira de 2008 e das suspeitas de manipulação de mercado que recaíam sobre estas entidades, o Senado norte americano levantou um inquérito que resultou na condenação dos seus gestores. Ficou também demonstrado que o Goldman and Sachs aconselhou os seus clientes a efectuarem investimentos no mercado de derivados num determinado sentido.
Todavia, esta entidade realizou apostas em sentido contrário no mesmo mercado. Deste modo, obtiveram lucros de 17 biliões de dólares (comprejuízo para os seus clientes).
Estes predadores criminosos, disfarçados de banqueiros e investidores respeitáveis, são jogadores de póquer que jogam com as cartas marcadas e, por esta via, auferem lucros avultadíssimos, tornando-se, assim, nos homens mais ricos e influentes do planeta. Entretanto, todos os dias são lançadas milhões de pessoas no desemprego e na pobreza em todo o planeta em resultado desta actividade predatória. Tudo isto, revoltantemente, acontece com a cumplicidade de governantes e das autoridades reguladoras. Desde a crise financeira de 1929 que o
Goldman and Sachs tem estado ligado a todos os escândalos financeiros que envolvem especulação e manipulação de mercado, com os quais tem sempre obtido lucros monstruosos.
Acresce que este banco tem armazenado milhares de toneladas de zinco, alumínio, petróleo, cereais, etc., com o objectivo de provocar a subida dos preços e assim obter lucros astronómicos. Desta maneira, condiciona o crescimento da economia mundial, bem como condena milhões de pessoas a fome.
No que toca a canibalização económica de um país a fórmula é simples:
o Goldman, com a cumplicidade das agências de rating, declara que um governo está insolvente, como consequência as yields sobem e obriga-o, assim, a pedir mais empréstimos com juros agiotas. Em simultâneo impõe duras medidas de austeridade que empobrecem esse pais. De seguida, em nome do aumento da competitividade e da modernização, obriga-os a abrir os seus sectores económicos estratégicos (energia, águas, saúde, banca, seguros, etc.) às corporações internacionais.
Como as empresas nacionais estão bastante fragilizadas e depauperadas pelas medidas de austeridade e da consequente recessão não conseguem competir e acabam por ser presa fácil das grandes corporações internacionais.
A estratégia predadora do Goldman and Sachs tem sido muito eficiente.
Esta passa por infiltrar os seus quadros nas grandes instituições políticas e financeiras internacionais, de forma a condicionar e manipular a evolução política e económica em seu favor e em prejuízo das populações. Desta maneira, dos cargos de CEO do Banco Mundial, do FMI, da FED, etc. fazem parte quadros oriundos do Goldman and Sachs. E na UE estão: Mário Draghi (BCE), Mário Monti e Lucas Papademos (primeiros-ministros de Itália e da Grécia, respectivamente), entre outros. Alguns eurodeputados ficaram estupefactos quando descobriram que alguns consultores da Comissão Europeia, bem como da própria Angela Merkel, tem fortes ligações ao Goldman and Sachs. Este poderoso império do mal, que se exprime através de sociedades anónimas, está a destruir não só a economia e o modelo social, como também as impotentes democracias europeias”...»

terça-feira, junho 05, 2012  

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